Capítulo 20

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     Emma pensou que ia desmaiar quando viu Fael na pista de dança acompanhado de Cecília. As mãos dela tremiam quando tentou mover um vaso de flores alguns centímetros para a esquerda na mesa principal.
     Oh, Céus. Estaria Fael deliberadamente tentando tortura-la? Ele sabia que Emma reconheceria qualquer mulher com quem ele decidisse dançar, então por que escolhera logo a Cecília? O estômago de Emma apertou com náuseas e ela se sentiu uma idiota. Por que se permitira envolver emocionalmente com ele? Não havia resposta para sua pergunta, havia se envolvido e ponto. Agora o que precisava fazer era, de alguma forma, se manter no controle até a recepção terminar. Mas sabia que não era apenas a recepção que tinha que sobreviver, era ao resto de sua vida, porque aquela não seria a única vez que veria Fael com outra mulher.
     Emma engoliu em seco. Um daqueles dias ele encontraria uma mulher com quem quiser se casar e até mesmo o pensamento fazia ela se sentir doente. Como poderia suportar? Aquela cidade era pequena e seu círculo social era ainda menor. Não ia aguentar, teria que ir embora.
   - Emma você parece totalmente exausta. - Reed tinha a expressão muito preocupada. - Por que não se serve de uma bebida e se senta um pouco? Tudo está ocorrendo bem. Pode relaxar e se divertir um pouco.
   - Sei que algumas de suas amigas estão aqui, acabei de ver Lily numa mesa e Janine dançando. - acrescentou Eva.
   - Mamãe, Reed. Estou bem.
   - Por que tem que ser tão teimosa? Você não está bem, qualquer um pode ver.
   - Está bem, vou me sentar. - como discutir com a mãe e Reed existia mais energia do que ela tinha, cedeu.
     Emma pegou uma taça de champanhe da bandeja de um garçom que passava e olhou ao redor à procura de Lily. Acabará de ver ela perto de uma das portas abertas do terraço, quando alguém lhe tocou o ombro. Virou-se esperando ver Eva ou Reed de novo e se encontrou diante do olhar de Fael.
   - Venha dançar comigo.
   - Eu estou trabalhando.
   - É mesmo? - ele olhou para taça de champanhe na mão dela.
   - Tenho permissão para tomar uma bebida. - decidindo que atacar era melhor defesa, ela ergueu o queixo.
   - É claro que tem. Exatamente como tem permissão para dançar.
Emma balançou a cabeça, mas mesmo enquanto dizia "não", colocava a taça sobre uma mesa próxima.
   - Boa garota. - Fael sorriu, então lhe tomou a mão e a levou para a pista.
      Emma disse a si mesma que não podia fazer uma cena, portanto, não tinha escolha. Mas quando Fael passou o braço em torno do corpo dela e a puxou para junto dele, soube que deveria ter feito a cena. Ou feito qualquer coisa para ficar longe dele, porque aquele homem podia fazer o que queria com ela e ela não tinha força de vontade para resistir.
   - Você está linda essa noite. - a boca de Fael estava encostada nos cabelos dela. - Fiquei observando você por algum tempo, admirando a forma como faz seu trabalho com tanta eficiência.
   - Ob... Obrigada, Fael.
   - Olhe para mim, Emma. - o braço dele a apertou. - Há uma coisa que preciso saber.
   - O que? - lentamente ela ergueu os olhos.
     A canção terminou e o maestro avisou que a banda faria um intervalo de alguns minutos. As pessoas começaram a sair da pista de dança, mas Fael não se moveu ou a soltou. Apenas olhou dentro dos olhos dela.
   - Preciso saber se você sente algo por mim. Paixão. Atração. Amor. Porque eu sinto tudo isso por você.
     O coração de Emma pareceu parar. Teria mesmo ouvindo aquelas palavras? Ou apenas desejava tanto ouvir que as imaginara? Mas, então num momento que permaneceria para sempre em sua lembrança e que um dia descreveria para seus filhos e netos, Fael se deixou cair sobre um dos joelhos, ignorando as pessoas em torno dele.
   - Amo você, Emma Alencar. - disse numa voz que tinha a intenção de ser ouvida por todos. - Amo você mais do que jamais pensei poder amar alguém e quero passar com você o resto da minha vida.
     Mais uma vez os olhos de Emma se encheram de lágrimas. As pessoas pararam de falar e agora estavam em pé observando eles dois.
   - Emma, casa-se comigo?
   - Ah, Fael. - foi tudo que ela conseguiu dizer.
   - Isso é um "sim"? - ele sorriu aquele sorriso torto que ela amava tanto.
   - Sim. - disse ela. - Sim, sim, sim.
    E logo ele estava de pé e a beijando.
   Os convidados na recepção começaram a bater palmas. E quando o beijo terminou, ele tirou uma pequena caixa de veludo do bolso do paletó. Dentro estava o mais lindo diamante cor-de-rosa que Emma já vira. Os convidados se aproximaram ainda mais para examinar. Então, ele tirou o anel da caixa e colocou no dedo dela. Emma olhou para o anel e depois para Fael com o coração cheio de encantamento.
   - Você ainda não disse que me ama. - provocou Fael.
   - Eu te amo, seu bobo. - Emma sabia que estava sorrindo como uma idiota, mas não conseguia evitar.
     Laçou os braços em torno do pescoço dele e deixou que seu beijo falasse tudo que havia em seu coração.

Final ❤️

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Então foi isso,
espero que você que leu
tenha gostado e se envolvido plenamente com esse amado casal. Mas em breve estarei publicando "Por dez milhões de dólares" e ficaria feliz de ter você me acompanhando por lá 😘💖

Ana Beatriz Lima.
20 de Março de 2020.

Por um milhão de dólaresOnde histórias criam vida. Descubra agora