~Capítulo 13~

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Seul, Corea do Sul

"Pov Lisa"

Sete dias que eu não a via, ela não saia do quarto, a sete dias, eu estava a ponto de arrombar aquela porta, eu não sabia se ela estava bem, obviamente que não, mas, se ela estava viva. Eu não ouvia mais choros nem gritos, só ouvia seus passos, todos os dias a noite eu me encostava na porta com alguma esperança dela ser aberta. Até que um dia eu cansei de esperar, eu precisava ver se ela estava bem. 

Eram 21:32, eu já havia feito a janta, pra nós duas, e eu entraria lá, de qualquer jeito. Segui pelo o corredor até o quarto dela, com um pouco de medo, bati três vezes na porta

Lisa- Jennie, pelo amor de Deus... Eu preciso saber se você está bem... Abre a porta...- Ela não respondeu- Jennie, faz uma semana que você está aí... Porfavor, abra essa porta... Eu juro Jennie, se você não abrir eu vou derrubar!- Lembrei que aquele quarto não tinha tranca, oh mais eu sou burra de lembrar isso só agora- Jennie, eu vou entrar...- Falei já abrindo a porta. A menina estava deitada, pálida, sua boca estava sem cor, seus olhos estavam fundos e sem brilho, meu coração se despedaçou ao vê-la daquele jeito- Meu Deus, Nini...- Meus olhos se encheram de lágrimas e eu corri até ela- Desculpa Jennie... Me desculpa porfavor... Eu juro que não foi por querer...- Ela me interrompeu tapando a minha boca com sua mão, ela chorava silenciosamente, seus olhos permaneciam nos meus, eu não sabia mais o que fazer a partir daquele momento.

Jennie- Desculpa Lisa...- Sua voz saiu falha- Não se culpe... A culpa não foi sua... Foi... Foi um acidente... Só um acidente...- Ela retirou sua mão me permitindo falar

Lisa- Eu sou culpada sim Jennie

Jennie- Se você falar isso mais uma vez, coloco uma fita na sua boca Lalisa...

Lisa- Você precisa comer Nini...

Jennie- Eu não quero...

Lisa- Não estou perguntando se você quer ou não! Você vai comer

Ajudei Jennie se sentar na cama, ela emagreceu, eu percebi isso. Coloquei a bandeja em seu colo, testando se a menina conseguiria comer, mas ela não conseguiu. Nas primeiras duas colheradas da sopa ela jogou tudo pra fora. Tirei a bandeja dali, limpei o chão e me sentei ao seu lado.

Lisa- Eu vou cuidar de você Nini...- Acariciei seus cabelos- Mas eu preciso que você me ajude... Vamos tentar... Só mais uma vez?- Me direcionei a sopa e ela acentiu- Tudo bem...

Peguei a bandeja novamente e dessa vez eu dei a sopa para ela, que aceitou não jogando nada para fora. Fiz um suco de laranja e ofereci, aquilo ajudaria muito em sua recuperação. Eu ainda me sentia culpada por tudo aquilo, dês da morte dos pais dela até o estado em que ela se encontrava. Me deitei ao seu lado a trazendo para mais perto de mim, cantei uma canção qualquer até sentir sua respiração pesada. Tirei ela do meu colo e a cobri, observei aquela doce garota dormindo, parecia uma anjo, e antes de sair dexei um selinho em seus lábios, um pouco molhando por conta das lágrimas que caiam dos meus olhos

Lisa- Eu te amo... Me perdoe por tudo...

...

Acordei mais cedo que o normal naquele dia. A primeira coisa que eu fiz quando levantei, foi ir ao quarto de Jennie ver se estava bem, e ela estava, linda, dormindo, sorri boba ao vê-la. Me direcionei até a cozinha, para preparar o café, fiz tudo o que Jennie gostava, com um pouco de receio, não sabia se ela comeria. Mais uma vez coloquei tudo em uma bandeja e fui até seu quarto. A menina já se encontrava acordada e sentada na cama.

Lisa- Bom dia... Olha eu fiz o café...

Jennie- Lisa... Eu não vou comer tudo isso.

Lisa- Tudo bem... Mas coma o necessário pra ficar bem! Fiz panquecas, ovos, tem uvas e torradas...- Falei entregando a ela 

Jennie- Lisa, eu não estou com fome...

Lisa- Porfavor Jennie, só uma torrada pelo menos...

Aquela manhã foi a mais desafiadora pra mim, Jennie não queria comer nada, e o que comia, colocava pra fora. Sabia que os próximos dias seriam mais ou menos assim, mas eu estava feliz, por estar cuidando dela, estar ali com ela, e eu faria de tudo, novamente, pra nunca mais sair de perto dela.

Ela (Jenlisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora