Ela (Jenlisa)

~Capítulo 51~

Seul, Corea do Sul

"Pov Lisa"

Lisa- Isso é de sua escolha Nini, é o nosso casamento e eu quero que a Chaeyoung esteja presente... Mas se você não quiser eu entendo...

Jennie- Tudo bem Lisa, acho que está na hora de ter uma conversa cara a cara com Jisoo...

Lisa- Vou estar lá com você, pra qualquer coisa, ah, você sabe disso!

Estávamos deita na cama, já havia amanhecido, não completamente, mas o sol já reinava um pouco. Graças a Deus aquele inverno havia passado, dando espaço ao melhor verão de todos, me deixando animada, pois queria mostrar a Ella cada pedacinho do nosso jardim. A garota deitada em meu peito, acariciava a minha clavícula, as vezes depositando leves beijos ali. Enquanto minha mão entrava por debaixo de sua blusa, acariciando sua cintura subindo algumas vezes.

Jennie- E sobre a nossa viagem?

Lisa- Bom, Ella acaba a quimioterapia essa semana, então, preciso resolver algumas coisas com o meu pai e podemos ir quando você quiser, meu amor!

Jennie- Estou um pouco receosa sobre levar a Ella, não sei, é outro país Lisa, vai que acontece alguma coisa com ela?

Lisa- Vai dar tudo certo Jennie, Yeji falou que ela já está curada cem porcento, só precisamos levá-la essa semana para os exames e para a finalização de tudo. Fica tranquila...

Jennie- Tudo bem... Nunca percebi o quão bom é te ter aqui de manhã!

Lisa- Você gosta?

Jennie- Acho que não só eu...

Segui o olhar de Jennie e vi Ella e Kuma parados na porta como duas crianças que esperam o Natal. Sorri ao vê-la e corri a pegando no colo. A joguei, com cuidado, em cima de Jennie me jogando em cima das duas, Kuma logo subiu na cama latindo e pulando em cima de nós. Aquela era a minha família, eu finalmente estava feliz, realmente e verdadeiramente feliz

Seguindo a rotina. Todas nós levantamos, era uma sexta-feira, que por sinal estava bem quente, demos uma grande arrumada na casa e principalmente no quarto de Ella, que finalmente, havia se transformado em um quarto de criança, com uma cama menor e papéis de parede cinza com listras rosas.

Naquele dia em questão, resolvemos almoçar na frente do lago, sendo a primeira vez de Ella ali. A menina corria entre as árvores, mostrava a nós joaninhas que pagava entre as folhas e borboletas que pousavam em sua mão. Ella nunca foi de dar trabalho algum, sempre foi bem quieta e compreensiva, bom, até aquele dia em questão.

Jennie- Vem almoçar Ella!- Servi os nossos pratos enquanto Jennie arrumava Ella na toalha

Ella- Eu quero sorvete!

Lisa- Uh, podemos tomar de sobremesa!

Ella- Não, eu quero agora.

Jennie- Depois do almoço Ella.

Ella- EU QUERO AGORA!

A pequena garota se jogou no chão batendo seus braços e pernas gordinhas. Jennie logo se levantou, porém eu apenas fiz um gesto com a mão para ela ficar parada. Mikaella percebendo que não conseguiria o que queria, jogou o prato de comida longe, chorando e gritando mais alto. Tão pequena mas com tanto pulmão. Apenas levantei uma das sombrancelhas e esperei o mini show da criança acabar. Que acabou quando ela percebeu que não iríamos fazer nada a respeito. Me levantei a pegando no colo, que de início se debateu para sair. Me dirigi até o quarto dela a sentando na cama.

Lisa- Você já está calma Mikaella?- A menina não respondeu- Olha, o que você fez não foi nada bonito, quando eu ou a sua mãe falamos não, é não. Escândalos e birras não vão te dar nada, pelo contrário, só iram tirar. Eu espero não ver você fazendo isso tão cedo, não quero castigar a minha filha de dois anos, você tem que entender que quando eu e a Jennie falamos uma coisa que você não goste, é para o seu bem. Se eu falei que iríamos tomar sorvete depois, iríamos tomar sorvete depois e ponto. Agora você vai lá pedir desculpas para a sua mãe.

Ella- Desculpa mamãe...- A menina me abraçou choramingando um pouco

Voltamos para o jardim aonde Jennie se distraia com Kuma, jogando sua bolinha, Ella desceu dos meus braços e correu ao encontro de Jennie enchendo seu rosto de beijinhos e pedindo desculpas. Jennie por sua vez, deu uma rápida conversa com a garota, mas logo cedeu a servindo outra vez

Eu sabia que aquilo não seria fácil, nada fácil, e era só o começo, o começo de algo intenso e desfiador.