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Há muito tempo meu pai têm pequenas desavenças com a família Moormeier e depois que sua única filha começou a namorar um deles, a coisa só piorou.
Depois de perder a cabeça ele me proibiu de ver Payton, todos os dias que o via na escola era uma dor enorme, sabia que uma hora ou outra teria que me afastar. Não queria contar o motivo, apenas dizer que não o amo... Acho que assim seria mais fácil para nós dois.
Hoje... Hoje meus olhos estão fundos, meu cabelo está horrível, passei a noite em claro pensando em formas de terminar com o amor da minha vida. Irônico né? Nós lutamos tanto para estarmos juntos, eu desejei tanto ter uma pessoa como ele ao meu lado, e agora tem que simplesmente acabar.
© Na escola...
Eu fechei a porta do armário e vi o moreno com um grande sorriso no rosto se aproximando.
Payton — Bom dia meu amor! Tudo bem? Não atendeu minha ligação ontem...
S/N — Bom Dia Pay! Estou na medida do possível, ãn é eu vi sua ligação, mas estava ocupada ajudando minha mãe.
Payton — Sem problemas, eu entendo.
S/N — E o que aconteceu para você estar com esse sorriso tão grande logo de manhã?
Payton — Não posso estar feliz por ver minha namorada?
Droga Payton! Por que tão perfeito?
S/N — Humm assim eu fico me achando!
Payton — Pois pode se achar! Você é maravilhosa e está mais do que certa.
Com o coração extremamente pesado me aproximo o abraçando, ele retribui dizendo que me ama. Me afasto lentamente, por mais que não quisesse o soltar.
S/N — Eu e você, cinema as 8:00! — Digo me virando indo em direção a sala.
Payton — Estarei te esperando!
QUEBRA DE
T-E-M-P-O
S/N — Estou indo! — Digo para minha mãe.
Sinto mãos firmes seguraram meu braço.
Pai — Hoje é o último dia... Já chega, esperei de mais!
S/N — Eu já entendi! — Respondo com o maxilar travado, tiro meus braços brutalmente de suas grandes mãos.
Pai — Sabe que estou fazendo isso por que te amo...
S/N — Me amar? Não! Seu orgulho é grande o suficiente para deixar seu amor de lado e fazer isso por um problema que não é meu!! Eu não sou você e Payton não são os pais.
Saio batendo a porta, não aguentaria ficar um segundo á mais naquele lugar. Vejo o carro do meu namorado do outro lado da rua, vou correndo até lá e sento no banco do passageiro. Deveria estar com uma feição nada boa.
Payton — Oi meu amor! — Ele me beijou e eu tive de retribuir, naquele momento era só o que eu queria, só o que precisava.
S/N — Oi amor...
Payton — Seu pai?
S/N — Como de costume...
Payton — O que foi dessa vez? — Ele ligou o carro e colocou a mão na minha coxa como sempre fazia.
S/N — Nada de mais, só reclamou da roupa. Falou que estava feia e curta!
Payton — Exagero dele! Aliás está linda como sempre então, relaxe.
Nós estávamos a caminho do cinema escutando música, um silêncio se instalou no carro porém era super agradável e não estava um clima estanho.
Quando chegamos, resolvemos assistir Homem Aranha - Longe de casa, compramos pipoca e chocolate. Ficamos grudados o filme inteiro e me peguei beijando ele algumas vezes.
O filme acabou e era agora, antes mesmo de lhe dizer qualquer coisa já estava com vontade de chorar. Nós estávamos comentando sobre o filme e fomos para o banco da pracinha que ficava logo em frente.
Payton — Gostou do filme?
S/N — Sim, gostei.
Payton — Olha meu amor, se você não estiver bem e querer dormir em casa, a gente vai. Nós ainda podemos aproveitar e você não tem que ver seu pai.
S/N — Esse não é o problema.
Payton — Então qual é?
S/N — Você! Você é o problema e eu quero te dizer isso a algum tempo mas eu não consigo. Payton, eu quero terminar!
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