Perdida no Dono do Morro

Capítulo 36 (REVISADO)

Paloma

Abro meus olhos lentamente, e sinto a presença de alguém.

Quando olho para o lado, dou de cara com uma médica, deduzi que estava no postinho aqui do morro.

- Como está se sentindo?!- Ah Doutora pergunta.

Ela era bem bonita, tinha os cabelos loiros até metade das costas, e seus olhos eram azuis.

- Um pouco de dor no pé da barriga, mais tô bem.- digo e automaticamente lembro do meu bebê.- E o meu bebê?! Como ele está?!- me sento com tudo na cama, sentindo uma dor forte no braço que tomava medicação.
Mais não me importei, só precisava saber como estava o meu bebê.

-Calma mãezinha, você não pode se estressar.- diz fazendo eu deitar novamente, ela ajeita o soro no meu braço e volta a falar.- Por um milagre ele está bem, podemos dizer que é um feto bem forte em.- avisa e eu sinto um alívio percorrer meu corpo.- Mas, agora todo o cuidado é pouco, sua gravidez é de risco.
Então já sabe né?! Nada de esforços e principalmente estresse.- avisa e eu concordo.

- Fica quetinha aí tá?!
Vou lá fora avisar seu acompanhante que a senhora acordou.- um pequeno sorriso surge em meus lábios,ele estava aí..

- Doutora, é o DG que está aí?!- Pergunto e vejo ela me olhar novamente.

- Sim o próprio, não saiu daqui.-avisa me dando um sorriso.- deve estar bem preocupado com a mulher e o filho não é mesmo?!- me pergunta e eu assento.

- Ele pode vim me ver já?!- Ela da uma risadinha e concorda.

- Só um instante Paloma, vou chamar ele para ver a senhora.- diz e se vira, saindo pela porta e fechando a mesma.

Começo a sentir várias sensações no peito, ah saudade que eu estava era imensa.
Porém o alívio de saber que estava de volta e ao lado do homem que eu amo não tinha preço.

Olho no relógio e se passava quinze minutos deis da hora que a Doutora saiu.

fico ansiosa contando cada segundo para ver meu amor passar por aquela porta.

Ah porta é aberta, e o grande sorriso que estava em meu rosto, se desmanchou quando eu vi novamente a Dra. Beatriz.

- Cadê ele?!- perguntei olhando para a mesma, que evitou olhar em meus olhos.

- Senhora, ele disse que tinha um problema para resolver, por isso não daria para vim aqui.-diz e eu apenas concordo segurando a lágrima que queria cair.

Poxa, eu sei que a vida dele é uma correria, mais não custava nada ele vim aqui, nem que fosse para ter ficado cinco minutinhos.

Mais isso eu discuto com ele depois, tenho que entender que ele é o dono do morro e tem seus deveres, ainda mais agora depois de toda essa confusão.

- Ah senhora sabe quando eu vou ter alta?!- Pergunto e ela assente.

- Amanhã, depois das três da tarde.- olho pro relógio que marca quase onze da noite.- Ah senhora deseja algo?!

- Não, só quero dormir mesmo.- Falo e ela concorda, apagando a luz e saindo da quarto.

Coloco uma das mãos na minha barriga, começando a conversar com a mesma, fazendo carinho.

Quando dou por mim, adormeço assim..

Acordo sentindo muitos beijos em meu rosto, faço bico para devolver até ouvir a voz que eu conheço bem.

- Credo Paloma, quer me beijar agora é?!- diz Brenda fazendo careta.- Até que enfim acordou bela adormecida, já é onze da manhã fofa.

- É.. Eu pensei.. deixa pra lá.- digo dando um sorriso sem vida pra mesma.- Tô grávida filha, tenho o direito de acordar tarde.