Capítulo 37 (REVISADO)

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DG

Chego no topo do morro e boto pra torrar um baseado.

Aqui é um lugar que me faz relaxar, que eu consigo pensar em tudo que já passei nessa vida, olhando para todo o morro.

Quando eu tomo qualquer decisão que me afeta, eu venho para cá.
Respiro, fumo e conto até três para não surtar.

Sei que é tarde, mais não ligo.
Pego meu celular, ligando para Joana.

- Oi meu filho, aconteceu algo para me ligar tarde assim?!- Ela pergunta toda preocupada.

- Encontrei a Paloma, avisa a vó dela e a filha do satãn.- digo e sei que Joana chora.

- Estou tão feliz meu filho, aonde ela está?! E o bebê como tá?! - começa a fungar, sei do sentimento que Joana criou por Paloma, tem ela como se fosse filha.

- Calma, ela tá bem e o bebê também tá suave.- digo e ela concorda.

- Mais por que algo me diz, que você não me ligou só pra isso?!

- Tá, tão óbvio assim?!

- Sexto sentindo de mãe não falha Diogo, agora anda desembucha. 

- Vou terminar com a Paloma..- pausa.- Já tô a uma semana, montando o barraco dela, pedi pro Menor e ele tá bolando tudo lá.- silêncio, ela não diz nada.- Hoje liguei para ele, o mesmo disse que está tudo pronto..- dou um longo trago no baseado, minha cabeça começa a pesar.- Mandei montar um quarto pra vó dela que ta pronto também, e o do nosso filho. Eu não queria fazer isso, não queria eles longe de mim. Mais é o melhor a se fazer, eu só consigo trazer dor a ela, então o melhor e me afastar, chega de dar cicatrizes.- falo e pelo silêncio, já sei que ela não concorda. Pra ela eu estou tomando a decisão errada, mais contínuo falando mesmo assim.- Amanhã por volta das dez, uma senhora vai aí pegar as coisas, e levar pra casa dela. avisa a vó dela e a Brenda, pra ir no hospital da uma força.- E pela primeira vez Joana diz.

- É essa a decisão que você quer tomar?!

- É a decisão certa.- digo tentando por o máximo de certeza nas minhas palavras.- Eu não vou por eles em risco novamente, agora não é só ela, existe um filho.

- Minha pergunta não foi essa, se é certo ou errado.- Agora eu fico quieto.- Te perguntei se essa é a decisão que VOCÊ quer tomar.

Fico uns minutos quieto pensando e decido falar.

- Não, não é.. Mais não tem escolha, então se torna a única saída.

- Você sabe que irá se arrepender né?!- pergunta e eu fico quieto.- Paloma é uma menina bonita, esforçada e te ama. Mais não se esqueça que quem está rompendo tudo é você! Por achar que é o certo, mas já pensou que ela pode não concordar?! Mas você não liga né, no momento isso para você é o certo, e foda-se se ela vai concordar ou não, por que eu te conheço e sei como é quando colocá uma ideia na cabeça.
Mais te digo uma coisa, se quando ela aparecer com alguém, que a ame a cima de tudo, e goste do seu filho não quero você...- já logo interrompo, não quero nem ouvir o final.

- Tá tirando Joana?! Eu que vou criar meu filho, não vai ser nenhum bunda mole não, eu mato.

- Primeiro, que você pode sim criar seu filho, e a mãe dele namorar qual o problema?!- sinto minha mão formigar, só de pensar nessa possibilidade. - Eu não me importo, se você acha que é o certo, tudo bem, faça. Porém,quando ver ela com outro e quiser surtar, eu vou te dar a surra que nunca te dei.- Fala e sinto a decepção na sua voz.- Fique tranquilo, vou avisar a vó dela e a amiga, que ela vai precisar muito agora.- avisa e desliga na minha cara.

Perdida no Dono do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora