Capítulo 43 (REVISADO)

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X9

Chegou o grande dia, me preparo para isso deis de quando descobri quem tirou a vida do meu pai.

Foda-se oque ele fez, ou deixou de fazer para o meu irmão, se ele fez DG mereceu.

Graças ao maldito do Diogo, eu perdi a chance de ter uma família. Fui obrigado a crescer sem um pai, sem ter alguém pra jogar bola, para contar da minha primeira namorada, meu primeiro machucado, mostrar meu primeiro joelho ralado.

Por que comigo seria diferente, o Rogério prometeu para minha mãe, que largaria a puta da Solange pra ficar com ela, mais o bastardo matou ele, simplesmente tirou a vida dele.

E por culpa do DG, eu não sou reconhecido como mereço. Não sou respeitado, sou considerado apenas um bom ajudante.

Eu quero tudo que é dele sim, por que é meu por direito, não sou invejoso eu sou o justo.

Saio dos meus pensamentos, com LN me chamando.

- Tá chapando Menor, não tá ouvindo os fogos não?! Começou a invasão porra.- Um pequeno sorriso brota em meus lábios, chegou minha hora.

Começa uma chuva de tiros intensa na Rocinha, realmente Augusto veio bem preparado do jeito que eu mandei.

Vejo corpos no chão, e atiro em alguns vapores do DG sem ninguém perceber, e começo a caçar meu irmãozinho.

Olho para o telhado, e algo aconteceu com o fuzil do DG, meu plano deu certo.

Ele desce da Lage atentamente, com um dos vapores fazendo sua segurança, e já sei pra onde ele vai, pra boca.

Sigo os dois, sem que eles me vejam, e eu vou subindo junto.

DG, entra na sala e manda o soldado esperar ele na porta. Me aproximo sem o soldado ver e o chamo.

- Pode descer, vou fazer a cobertura do DG.- digo e ele nem se move.- Tá surdo?!

- DG mandou eu ficar aqui, aqui que eu irei ficar.- Me dá um ódio dos grandes.

- Eu sou o braço direito dele, se não quiser perder seu cargo agora, vaza da minha frente.- mando, e na mesma hora ele sai.

Abro delicadamente a porta, e miro meus olhos em DG.

- Eae irmãozinho.- Digo, e DG me olha.

- Não temos tempo não Menor, olha a guerra que está tendo lá fora porra.

- Não se preocupe com a de fora, e sim com a que terá aqui dentro.- falo e atiro no braço que ele segurava a fuzil, fazendo o mesmo cair com o impacto.

- Caralho, se tá louco Menor?!

- Agora você vai ouvir, tudo que eu tenho pra dizer..- falo e coloco meu pé, em cima do ferimento do tiro, pro idiota não conseguir levantar.

DG

Quando sinto a ardência do tiro, não quis acreditar que foi um dos meus fiéis que fez isso, mais principalmente não queria nem pensar na hipótese de ele sim, ser o X9.

- Agora você vai ouvir tudo que eu tenho pra dizer..- ele avisa, precionando o pé em cima do meu ferimento.

- Até meus cinco anos, tive uma vida normal. Um pai presente, uma mãe feliz, uma família pique de margarina tá ligado?!- Fala dando um sorriso, e eu não entendia o que eu tinha haver com isso.- Mais infelizmente o maldito do meu irmão mais velho, acabou com isso tudo.
Matou o nosso pai, me privando de tudo que ele conquistou, já que ninguém sabia de mim, somente do infeliz do Diogo.- Fala e vejo fúria em seus olhos.

Perdida no Dono do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora