capítulo cinco : o ataque e a guerra se inicia. ( Emily)

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"A guerra não trás nada além de dor! A verdadeira paz e a melhor estratégia estão em conversar e resolver, matar inocentes para um bem maior, faz a morte dessas pessoas menos dolorosa? A cabeça diz sim, mas o coração diz não."

Minha mãe estava mais apressada que nunca. Hoje era o primeiro dia das entregas dos formulários e ela fez questão de me mandar ficar o mais bonita o possível. Eu fiz ao que estava ao meu alcance com a vontade que eu estava para conseguir entrar na seleção, ou seja, nada! Quis ir o mais simples o possivel, na medida de segurança de minha mãe não desconfiar que eu nao fiz absolutamente nada! Eu vesti um Short azul marinho com estampa de micro-rosas vermelhas e uma blusa banca simples com uma sapatilha nude. Simples o bastante. Bom quando eu desci minha mãe teve um troço dizendo que eu podia estar melhor e que agora não temos tempo e que a Cassey e a Luna estavam trinta mil vezes melhores que eu. Missão cumprida!

Ao passar do centro da cidade nós começamos a ver a legião de garotas indo se inscrever, eu até me assustei de como algumas estavam bem maquiadas e bem exageradas. Minha simplicidade até que era bonita, mas nada como as minhas irmãs, elas sim mereciam um lugarzinho no castelo, o brilho de lá combinaria com uma delas. Não se pode dizer exatamente que elas sao idênticas, existem algumas coisas que são diferentes nelas, como a cor do cabelo, a da Cass é castanho escuro e a da Luna é castanho médio e o meu é castanho claro, somos um degradê de cores castanhas em tres meninas diferentes.

Eu procurava alguém conhecido e encontrei a mãe do Charlie vindo entregar o formulário de Alice.

— oi, que coisa não - vem a mãe dele em nossa direção,  ela está toda de cinza, roupa padrão dos operarios de fábricas, cujo qual ela é uma delas, ela está com um sorriso no rosto, vem segurando a mão de sua filha Alice que está completamente deslumbramte! — Já está cheio. Algumas vieram tão arrumadas que parecia até festa. mas vejo que a Emily, a Cassey e a Luna estão numa simplicidade tão linda. — diz a mãe dele

— melhor assim — respondeu minha mãe

— e você está linda também Alice.

— que bom. O príncipe é o meu sonho — diz ela olhando para o céu com olhos de sonhadora!

Depois de conversar um pouco vamos todos para a fila que está bem congestionada na verdade! Passamos quase meia hora na fila até chegar a nossa vez.
Entreguei o formulário e tirei a foto. Tentei meu sorriso bom, não o melhor, o bom, mas até que deu certo.

Esse 'concurso' é para as outras garotas da província uma pura futilidade. A chance de viver vida boa por um tempo ou para sempre a chance de conhecer o príncipe que elas chamam sempre de gato, e a coroa, a chance de ser princesa e mudar a sua vida para sempre! Sinceramente eu não vejo beleza nisso! Não acho que seja uma coisa que eu venha a ambiciar um dia ou que eu vá me arrepender de não ter me esforçado mais para entrar na seleção, acho que pra mim vai ser simples,  nao vou ser escolhida e vou continuar minha vida numa boa! Eu nunca precisei de príncipes, coroa, luxo, roupas finas para ser feliz! Não vai ser agora que eu vou precisar! Eu não queria isso, não via a hora de isso acabar.

Enquanto íamos para casa a sirene soou tão alto e ensurdecedor quanto os gritos das pessoas que corriam desesperadamente para todos os lados afim de se desviar dos tiros dos rebeldes que atacavam a província neste exato momento! Arvores foram derrubadas, pessoas foram atingidas e bombas foram explodidas no meio da praça enquanto corriamos para o abrigo!
Quando os guardas haviam chegado já haviam mais de 30 pessoas feridas e cheguei a ouvir que tinha uns três mortos por ai. Foram troca de tiros. Os rebeldes contra os guardas, e os rebeldes pareciam ter mais armamento que antigamente.

Nós tínhamos ido a um armazém abandonado para utilizar de abrigo, ainda bem perigoso mais estava bom para aquele dia. Eu, depois de ter visto que minha família inteira estava lá. Até meu pai que havia ido ao banco aquele dia e acabara no armazém conosco. Eu procurava Charlie, ou sua familia, não sei! Sei que estava a procura de alguém, alguém importante para mim.
Vi lá vários feridos, uns a bala outros no arrastão que aconteceu quando os tiros começaram, temia que alguem que eu conheça tenha se machucado. Quando olho a esquerda lá está ele, Charlie, sentado com uma garota que mora ao lado de sua casa, Angelina Kennedy. Ele a abraçava e ele dizia que iria ficar tudo bem e que não precisava dela se preocupar. Eu, fiquei parada observando eles. Assistindo a cena, ainda com uma ponta de ciúmes bobos e coisas que eu não podeira expressar com ele aquele momento, então o maximo que pude fazer foi observar e perguntar o que houve. Aparentemente o pai e o irmão caçula de Angelina sumiram na hora do arrastão e ela estava preocupada.

— MILY! — ele chama — Mily vem aqui.

Ele deixa ela sentada no chão e vem até mim

— tudo bem? — perguntei

— tudo, mas Angel está muito preocupada, eu com ela. E você está bem? — balanço a cabeca verticalmente e olho em seus olhos que já estão vem próximos aos meus — estava com saudade. Precisava ver você.

— eu também. Fiquei feliz quando vi sua mãe e sua irmã tão felizes depois do acidente.

— elas estão melhorando. Eu ainda estou um pouco abalado mas já passa de uma coisa que eu não quero mais sentir. Tristeza.

O pai dele havia morrido a uns dois meses numa província próxima a Hondurágua. Ele levou um tiro no meio de um ataque rebelde como esse. Eu tentei ver a dor dele, mas eu não a sentia, me sentia mal por isso, eu vendo meu melhor amigo chorando e não poder fazer nada para amenizar. Ele sabe o que é sentir dor.
Eu olho em volta, parece tudo bem os tiros começaram a parar e as pessoas estavam mais calmas até que eu senti, uma pontada no meu ombro, cai no chão na hora. Era quente e dura, tinha acontecido na mesma hora que o vidro quebrou e uns cacos acertaram em mim.

Depois de uns dez segundos ali no chão eu vi que foi uma bala que havia me acertado. Não era dessa dor que eu estava falando mais doía tanto, arrancou um pedaço do meu ombro! Quase quebrava meu osso e a veia que podeira me matar se tivesse acetado. Por sorte, nenhum dos dois aconteceu. Eu fiquei parada ali no chão por mais uns minutos até uma ambulância vir buscar os feridos.

Quando cheguei no hospital eu vi tanta gente no pronto socorro. Eles estavam priorizando os que haviam sido acertados com uma bala ou estavam a beira da morte. Eu fui logo atendida e recebi bastante soro e um tratamento que acelerava a cicatrizacao da ferida enorme no meu ombro. Depois de um dia eu sai do hospital pois tive uma breve hemorragia na ferida que demorou um pouco para parar e eu recebi sangue. Quando cheguei em casa fiquei dois dias deitada no sofá e cama o dia todo. De vez em quando Charlie aparecia e me levava doces e pão de queijo, meu favorito.

Assisti inúmeros programas que relatavam a guerra dos rebeldes contra o palácio e contra as pessoas, como eu fui uma delas eu fiquei com cada vez mais raiva, se fosse por outros motivos eu até não seria tão drástica mas os motivos deles são muito fúteis. Eles querem de volta o sistema de castas para que eles que eram de castas altas voltem a ter dinheiro no bolso sem se preocupar com um oito tentado ser dois. Eu odeio os rebeldes, e odeio isso que eles fazem! Me enoja! Me deram um tiro e mataram o pai de Charlie, a raiva tomava conta do meu coração mais e mais. Eu procurava um programa que não falasse sobre a seleção o que era quase impossível mas eu achava. Passei a noite vendo documentários e comendo pão de queijo com Charlie na sala da minha casa. Enquanto isso os rebeldes atacavam mais e matavam mais. Ninguém fazia nada.

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