A Selecionada

Bonus - Astra : de cabeça erguida

   Sabe qual o maior problema da dor, é que ela tem que ser sentida, essa foi uma frase que eu li em um livro antigo na casa da minha tia, palácio, melhor falando ,mas, na hora eu só achei interessante mas agora essa frase define o que eu estou passando. Sempre me disseram que a primeiro vem a batalha pra depois vir a gloria. Bom, eu venho batalhando faz 6 meses, e parece que essa batalha eu não vou vencer nunca. Na verdade a seis meses atrás eu era como qualquer outra garota de vinte e um anos, eu me divertia, saía com os meus amigos frequentemente mas, outra frase que eu também li no livro foi, "o mundo não é uma fabrica de realização de desejos", e como a protagonista do livro tinha câncer, meu corpo decidiu entrar na onda. Eu, há seis meses atrás fui diagnosticada com leucemia nível 2, tive que fazer vários tratamentos e quimioterapia, meu cabelo ruivo foi raspado e eu uso uma peruca, que na verdade é feita com meu cabelo raspado, meu cabelo era enorme e meu pai pediu para fazerem uma peruca com o meu cabelo. Ele está quase igual se não fosse pelo cumprimento que esta bem menor. Mas depois de ter sido diagnosticada eu não tive reação, meus pais pagaram un tratamento caríssimo e eu os via chorar no quarto quase todos os dias. Na maioria das vezes eu ouvia eles dizendo que não queriam me perder e que eu era tudo para eles, eu choro sempre que me lembro disso. Minha vida estava assim, digamos que eu esteja numa montanha russa chegando ao topo, eu tinha tudo que podia querer mas em menos de um segundo essa montanha russa chegou a queda, e essa queda foi brutal, eu tive que deixar de fazer faculdade e sair com meus amigos. Eu tive que deixar tudo que eu mais amava porque estava fraca demais, e essa fraqueza me deixava desanimada para fazer algumas coisas. Nem tudo é perfeito, e o mundo não é uma fabrica de realização de sonhos, e eu tinha que me acostumar com a nova rotina. Mas eu pretendia fazer isso de cabeça erguida, não ia deixar isso me abater, eu vou vencer! Eu sou forte o bastante pra isso.

Vou para a sala e vejo minha mãe vendo sua série favorita e o papai lendo um jornal. Pego minha bolsa e indico que vou sair eles acentam com a cabeça e eu saio. Mando mensagem a Daryl, e Holly meus amigos dizendo para me encontrar no shopping

Vou para o centro de alimentações e sento na mesa quando eu os vejo.

Eles sorriem, porque na verdade faz mais de 3 meses que eu não vejo eles. Só conversamos por mensagens.

— Astra, minha linda que bom que você saiu de casa. — disse Daryl se aproximando — Estava com saudades.

Eu levanto ainda fraca e o abraço e abraço Holly

— Sinto muitas saudades de vocês também — digo

Holly se senta e Daryl põem a mochila na mesa antes de sentar. Ele dever ter vindo da faculdade

— estávamos preocupados com você — disse Holly — eu fui na sua casa e sua mãe sempre dizia que você estava dormindo. Teve um época que eu ia todo dia lá. Eu achava incrível como você podia dormir tanto!

Na verdade eu não dormia. Simplesmente não estava instável emocional e psicológicamente. Eu estava ficando louca com isso. Não conseguia dormir e se conseguia passava as vezes dias dormindo. Mal comia e quando comia era exagerado demais, o que me deixava ainda mais doente. Eu nos primeiros estágios da doença era 8 ou 80, não conseguia fazer as coisas como antigamente, minha mãe me levou a doutora Grace. Minha doutora particular que minha mãe paga com a tia América. Na verdade minha mãe quis pagar sozinha mas a tia América não deixou. Bom Grace disse que isso era uma depressão e que eu precisava de calmentes e mais remédios. Eu tinha que fazer um trasplante em uma semana mas o doador desistiu e eu tive que voltar a lista de novo.

— bom o que mais eu faria?

— não sei. Mas, você esta linda - disse Holly — eu achei que... — ela me pareceu repulsa em falar

— que eu estaria feia, magra demais ou destruída por causa do câncer?

Eles se entrelhoravam e pareciam assustados e culpados

— não foi isso que ela quis dizer Astra — disse Daryl

— mas pareceu.

— okay desculpe — disse ela.

Eu só virei a cabeca um pouco para o lado e senti uma pontada forte na cabeça, mas eu logo imaginei que fosse por causa do estresse, mas ela voltou e de novo e outra vez. Nao sabia o que aquilo significava, olhei direto para Daryl e ele me pareceu preocupado

— Astra você está bem?

De repente vem a tontura e a sensação de falta de oxigênio. Eu derrepente sinto meu sangue esfriar e tudo o que eu pude dizer antes de desmaiar foi

— eu preciso de água.

Depois disso só via o breu e acordei numa sala de hospital ao lado da minha mãe.

Eu abri os olhos e ela ficou logo animada

— oh meu Deus meu amor. Você acordou!

Eu sorri e vi Daryl, Holly meu pai e minha tia May

— sim mãe. Eu estou acordada.

Ela ri e chama a Grace que estava discutindo com alguem, quando ela aparece no vão da porta eu vejo meu tio Maxon e minha tia America. Eu estava esperando ver talvez Dylan ou Eadlyn ou Amberly mas nenhum estava ali. Tentei não me sentir triste mas era impossível não sentir. Dylan era um dos meus melhores amigos e ele não veio me visitar depois do diagnostico, na verdade veio, ele e Eadlyn só uma vez, depois disso só soube que ele inciou a seleção há duas semanas e que ele estava mais feliz que nunca. Eu me sentia triste por sentir inveja da felicidade dele Mas em minha condições sinto inveja de Holly por ser linda e eu não estar bem, da faculdade de Daryl e da liberdade dos dois. Dylan vivia preso naquele lugar. Era frustante, não podia nem ir o shopping com meus amigos que essa doença ridícula me atrapalha. Isso significa que se ninguém. se dispor a fazer uma doação eu posso ficar assim pra sempre. Talvez até morrer.

Grace me parece preocupada, o tio Maxon me parecia decidido. Mas eu não sabia o que estava acontecendo.

— tio Maxon?! — digo impressionada — quero dizer magestade.

Els sorri e minha tia América se posta ao seu lado

— não precisa me chamar de magestade querida. E eu tenho uma notícia para te dar

— o que foi?

— você vai fezer um trasplante de medula — diz ele decidido — no castelo. Nos podemos conseguir um doador, e talvez se ela quiser Grace pode vir conosco.

— no castelo — digo preocupada — mas, mamãe e o papai vão?

Eles se entreolham e tia América continua

— Kenna não vai poder vir conosco, assim como seu pai. Eles são ocupados e então achamos que teria melhores cuidados no castelo. Voce quer ir?

Eu me sinto perdida, porem seria bom ficar no castelo real mas aquele lugar é um jaula. Eu podeira ter bastente gente com o numero de pessoas que tem lá agora e Max, Eadlyn, Amberly e Dylan estarão lá. Ia ser divertido

— okay!

—ótimo vamos em dois dias. Você vai junto com a recepção da França. Se apronte.