A Segunda Prova enfim acabou. Os dezenove jovens, auspiciosos rapazes e moças, que no início estavam altivos, com certa insegurança plausível, voltaram, com a redução de sete. Como sempre acontece, houve mortes na segunda prova. Isso só reflete na crueldade da vida de um caçador. Se acomodar nas chances de vencer, só indicavam que a próxima caçada, possivelmente, seria a última.
Dentro dos vários edifícios da Academia, construídos pela mente sonhadora de Robert, que achou, com ímpeto imutável, de que a Academia lotaria de estudantes e, assim, deveria comportar muitos indivíduos apenas baseado em expectativas utópicas. O mais próximo do sonho de Robert, foi os vinte e um jovens da atual demanda, que agora, lotavam quartos e camas, estando quatro severamente machucados e todos os outros com ferimentos leves.
O grupo de Kendrick, um dos mais abatidos, estava numa sala única de quatro camas, aonde uma estava vazia e solitária. Bacchiro e Sayuri estavam inconscientes a quatro dias. Os ferimentos enfaixados e "reparados" com o poder da Tekina Vidga, uma mulher nobre e altruísta, com um sorriso resplandescente e que não excitava em doar seu próprio sangue para curar os outros. Kendrick apenas dormia, sem ferimentos, apenas com o espirito maltratado com a visão constante do rosto choroso de Luna, que o encarou por segundos duradouros ao ouvir sobre a morte de Dilo.
No quarto ao lado estava o trio de Acsa. Os três foram judiados terrivelmente pelo demônio que encontraram. O lugar, alvo do conto da Dama Vermelha, se tornou um pântano lamacento com uma horrorosa capacidade de debilitar a movimentação de caçadores iniciantes. O trio foi surpreendido por algo gigantesco e gosmento. A luta fora um pesadelo sem par. Findou quando a criatura teve parte da língua arrancada brutalmente pelos punhais de Acsa, com o menino estando perdido numa raiva incondicional.
Já com o grupo de Yunkay, as coisas estavam indo de mal a pior com a febre alta de Mozart, que contraiu misteriosamente, na visão dos professores e lideres do continente. Na visão do próprio, era um efeito negativo em relação ao ritual de sangue, apelidado pelo Rei, em sua mente, de transfusão de sangue.
Yunkay, Alfred e Luna estavam bem. Arranhões, mordidas superficiais e alguns hematomas foram enfaixados e agora, eles estavam sentados numa mesa redonda, encarando o rosto enrugado de Robert que titubeava sobre a história sombria que ouviu. Depois da relutância de Yunkay, em três dias de silêncio, ele contou sobre o acontecido. Houve também uma ameaça da parte de Robert para forçar essa decisão.
— Vamos recapitular cuidadosamente — proferiu Robert, depois de minutos desconfortáveis em silêncio. Ele falava isso para os presentes na sala – Yunkay, Luna, Alfred, Mio (que era um dos caçadores a frente da caverna, o de sobretudo preto), Kiden, Tessiá e Kannandis.
— Ok — respondeu Yunkay.
— Vocês entraram na caverna, primeiramente, porque atravessaram toda a floresta, partindo da academia, sem encontrar nenhum demônio ou rastros?
— Sim!
— Dentro da caverna, houve uma suposta emboscada por um demônio gigantesco que ficou imóvel ao ver vocês?
— Não necessariamente imóvel. Ele andou um pouco, como uma ameaça.
— Até parecia que estava querendo que pulássemos — disse Alfred.
— Tudo bem. Vocês pularam, compreensível, não tinha escolha. Após pular, o chão ruiu e quebrou novamente, engolindo somente Mozart, então, como o que decidiram, vocês esperam até acontecer algo. E se ele estivesse morto ou caindo em um lugar muito mais profundo?
— Nós consideramos isso, de verdade. Mas, decidimos esperar. Acabamos certos.
— Sim, sim... Foi ai que ouviram passos, seguiram os passos até um quarto dentro da caverna. Mozart saiu correndo, seguindo uma besta?
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Um Caçador: Humano ou Demônio?!
FantasyEm um continente assolado pelo medo, um povo resistente e fiel luta constantemente para sobreviver. A natureza imbatível mostra garras perversas e conflitantes contra os homens e seus heróis: Os Caçadores. Em paralelo, um mundo único e rico se equil...