Contos de Larry.

Style.

Louis Point Of View.

Desconhecido: Posso te ver?

Eu sabia de quem era aquela mensagem, mesmo sendo um número desconhecido e a pessoa não tendo nem a decência de me dizer quem era. Mas eu sabia.

Eu: Por que?

Mandei. Mesmo sabendo que o melhor para minha sanidade era só ter ignorado, eu nunca conseguia fazer isso quando se tratava de você.

Desconhecido: Preciso te ver.

Você respondeu. Eu já imaginava para o quê você queria me ver, e mesmo sabendo que o certo era dizer 'não'. Eu respondi:

Eu: Ok.

Desconhecido: Passo para te buscar meia noite.

A hora que você escolheu não me surpreendeu, nossos encontros eram sempre nesse horário. Era uma hora que todos estavam dormindo, então ninguém iria nos ver e sair comentando. Ninguém pode atrapalhar aquilo que ninguém sabe, era o que você costumava me dizer.

Eu: Ok.

Mandei encerrando a conversa online.

Horas mais tarde.

Harry: Estou aqui.

Meia noite, você veio me buscar. As luzes do carro desligadas. Você não queria que ninguém soubesse que estava ali.

Eu poderia estar ofendido com isso, mas sabia que isso era porque sempre que nos viam juntos, o mundo criava mil teorias, e nós acabávamos passando muito tempo longe um do outro até o fogo baixar. Como não queríamos ficar tanto tempo longe, mantínhamos nosso relacionamento escondido.

— Onde vamos é longe? — Perguntei já dentro do carro.

— É um longo caminho. — Você disse, o olhar em seus olhos era de desejo para mim.

Podíamos acabar em chamas, ou no paraíso.

— Você sumiu, faz um bom tempo que não ouço falar de você. — Comentei.

— Estive por aí. — Você disse não revelando muito.

Eu te conheço, bem demais. E sei que deveria ter te mandado embora desde o primeiro momento.

Mas eu também me conheço, e sei que não consigo te dizer 'não'. Então eu só fico nos vendo dar voltas e voltas todas as vezes.

Você me olha e sorri. Tem aquele olhar sonhador, típico de James Dean. O olhar que me fez apaixonar por ti.

E que você foi perdendo com o tempo por causa de tudo na mídia. Por causa das pessoas, do preconceito delas. Eu gostaria que tudo fosse diferente e nós pudéssemos ser livres.

Vejo seus olhos indo para meus lábios. Admito para mim mesmo que passei um pouco de batom os deixando mais vermelhos. Só porque eu sei que você gosta deles assim.

— Seu cabelo está maior. — Eu comento.

Você o tem penteado para trás, e como todos os dias, você está completamente incrível. Mesmo que vista uma simples camiseta branca como agora.

— Vi um ensaio seu, ficou ótimo. Você parecia um menino inocente. — Você diz.

É, eu tenho essa fé de bom garoto, e minha calça mais apertada, pois você a adora.

Meu querido Harry, já terminamos tantas vezes, mas nós sempre voltamos. É como se estivéssemos destinados a ficar juntos, mesmo com tudo que tenta nos impedir.

Naquela noite, nos divertimos em algum restaurante. E enquanto me levava para casa, você não conseguia manter seus olhos selvagens na estrada por muito tempo.

Eu lhe convido para entrar, já tendo plena noção de onde vamos terminar. Na minha cama, emaranhados em meus lençóis. Mas tudo bem, eu quero isso, tanto quanto você. Que sorri de lado e aceita meu convite sem precisar pensar duas vezes.

Quando entramos, as luzes estão apagadas, mas ainda posso ver você tirando seu casaco.

Já estivemos tantas vezes juntos, mas isso não me impede de ficar nervoso ao te ver vindo em minha direção, seu olhar como o de um predador.

— Eu ouvi que você estava saindo com uma outra garota. — Eu digo com um pouco de ciúme.

Você sorri, suas mãos alcançam minha cintura.

— O que ouviu é verdade, mas eu não consigo te tirar da mente. — Você diz.

— Passei por isso algumas vezes. — Murmuro.

Então você me beija, e nossos corpos amam um ao outro durante o resto da noite.

No dia seguinte, eu acordo e vejo que já está se arrumando para sair.

— Vai voltar para a outra? — Pergunto, a raiva presente em minha voz.

— Sim, por enquanto. — Você diz, eu suspiro. — Mas você sabe, nós dois, nunca saímos de moda.

— Que trocadilho horrível. — Digo revirando os olhos.

Você me mostra seu sorriso de covinhas, o meu sorriso preferido, e você sabe perfeitamente disso.

Então você vai embora.

E eu passo os próximos dias pensando em você, lembrando de como você me tocou, de como me beijou, de como estar com você me fazia sentir nas nuvens. De como você me olhava como se eu fosse a pessoa mais importante no mundo para ti.

Alguns dias depois, recebo uma mensagem sua.

Harry: Posso te ver?

Eu sorri lembrando do trocadilho horrível que você fez antes, mas que estava certo. Nós nunca vamos sair de moda.

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Espero que estejam gostando.

Até mais,

–K.F.