Roller Coaster.

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Harry Point Of View.

— Tenha cuidado, amor. — Minha mãe disse parando o carro em frente ao parque.

— Tá, mãe. — Revirei os olhos já cansado de ouvir ela dizer isso, minha mãe era extremamente protetora.

— Diga ao seu primo que não pude ir pois tenho um jantar de negócios. — Ela diz quando já estou na entrada do parque, eu concordo e então ela vai embora.

Caminho até onde meus amigos estão, ao julgar pela quantidade posso dizer que sou a último a chegar.

— Achei que não fosse chegar nunca. — Niall me abraçou apertado como sempre faz.

— Desculpe. — Murmuro.

— Sem problemas. — Ele encolhe os ombros, Niall nunca se estressa com nada. Bom, não com coisas poucas, ao menos. — Podemos ir nos divertir agora? — Ele pergunta animado.

— Vamos lá. — Um garoto moreno e de olhos azuis diz dando um sorriso que derruba qualquer um.

Ele me olha e pisca para mim, então eu percebo que estava o encarando. Rapidamente sinto minhas bochechas esquentarem e abaixo a cabeça, escuto a risada do garoto e suspiro percebendo que é um som muito bonito.

Caminhamos todos para os brinquedos, Niall seria o primeira a escolher visto que hoje é seu aniversário.

Para meu completo desespero ele escolheu a montanha russa.

Enquanto todos entram em dupla e sentam em seus lugares, eu fico olhando toda aquela estrutura. Começo a rezar mentalmente para que isso não se torne uma das cenas de um filme de suspense.

— Você não vem, Harry? Só faltam você e Louis entrar. — Niall diz.

Eu suspiro e concordo forçando meus pés para entrar naquele brinquedo que não pode ter sido criado por Deus.

Eu sento ao lado do tal Louis e ele sorri para mim. — Está com medo? — Ele pergunta.

— Estou bem. — Murmuro por baixo do fôlego.

— Estou vendo. — Ele ri provavelmente sabendo que eu estou mentindo.

Quando o brinquedo começa a se mover eu aperto com força a barra de proteção. Sinto uma mão na minha e olho para ela, então olho para Louis.

— Que tal respirar? — Ele sugere me fazendo rir e puxar uma grande quantidade de ar.

Quando chegamos a uma certa altura, sinto meu coração entalado em minha garganta. Louis aumenta seu aperto e sorri tentando me reconfortar. Quando começamos a descer levo as mãos ao rosto e fecho fortemente os olhos. Sinto meus olhos marejados e sei que a qualquer momento posso desmaiar.

Para isso não acontecer eu fico colocando alguns pensamentos positivos em minha cabeça. Tipo unicórnios, ou unicórnios comendo nuvens de algodão doce. É uma cena adorável.

— Harry, acabou. — Louis diz tocando meu braço.

Eu tiro minhas mãos da frente de meu rosto e vejo que já demos nossa volta no brinquedo. Suspiro aliviado percebendo que ninguém morreu.

— Oh, claro! — Sorri fraco.

Saímos todos e caminhamos para a barraca do algodão doce. Enquanto pago o meu noto que todos já estão fazendo seu caminho para os carrinhos de bate-bate.

— Incomodo? — Olho para o lado e vejo Louis com seu lindo sorriso.

— Não. — Digo a verdade.

— Posso falar com você um minuto? — Ele me olha apreensivo.

— Claro. — Encolho os ombros.

Caminhamos para um lugar mais afastado das pessoas que iam e vinham. Louis para a minha frente e fica me olhando intensamente.

— Então...? — O incentivo a falar.

— Bom, eu estou nervoso do que vou pedir, mas ainda quero pedir. — Ele diz e eu franzo a testa não entendendo onde ele quer chegar, mas concordo para que ele continue. — Quando te vi chegando eu fiquei encantado com você, com sua beleza. E eu já ouvi Niall falar de você, sei que é um cara muito legal. Eu gostaria de saber se isso pode ser como um encontro para nós? — Ele pergunta.

— Mas nós acabamos de nos conhecer. — Eu digo confuso.

— Eu sei que sim, por isso estou sugerindo só um encontro. Depois podemos ter outros, e aí você vai ver que eu não sou só bonito. — Ele diz me fazendo rir.

Bom, eu percebi que Louis não era só bonito quando ele tentou me confortar no brinquedo satânico. Sei que não é todo mundo que faria isso, se ele fosse uma pessoa ruim poderia até estar me zoando. Mas não, ele preferiu ajudar um desconhecido.

E de toda forma, é só um encontro. Ele não está me pedindo em casamento.

— Olha, eu aceito seu encontro totalmente de surpresa. — Falo e ele sorri feliz. — Mas vamos com muita calma, ok? Podemos começar como amigos e depois evoluir, o que acha? — Sugiro.

— Amigos me parece bem. — Ele diz e eu sorrio.  — E que tal meu mais novo amigo me dar um beijo? — Ele diz me fazendo rir.

— Com calma, Louis. — Digo começando a caminhar para perto de nossos amigos.

— O que? Amigos também se beijam. — Ele diz correndo atrás de mim e me fazendo rir mais.

É, vamos ver o que o destino nos reserva.

***

Esse conto já foi postado por mim em uma página no Facebook, estou apenas trazendo para Larry e fazendo correções que acho necessário.

Espero que estejam gostando.

Até mais,

–K.F.

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