I'm Only Me When I'm With You.

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— Você tem certeza que seus pais não vão brigar? — Louis perguntou com medo.

Harry o olhou e deu aquele seu estúpido sorriso de covinhas que Louis era tão apaixonado.

— Relaxa, ok? Eu faço isso todo dia e eles nunca brigaram. — Harry disse.

— Tá, então por que estamos saindo escondidos? — Louis perguntou desconfiado ajeitando a maleta de tintas de Harry em seus braços, aquela coisa pesava.

— Porque assim é mais emocionante, não acha? — Harry perguntou sorrindo travesso.

— Emocionante vai ser quantos nossos pais descobrirem e me proibirem de vir aqui. — Louis murmurou.

— Eles jamais fariam isso, não podem nos afastar um do outro. Sabem o quanto ficaríamos tristes. — Harry disse.

— Não sei se eu ficaria tão triste assim não, você só me mete em encrenca. — Louis disse e Harry riu concordando.

— Relaxa, nós só vamos nos sentar aqui e pintar, não estamos fazendo nada errado. — Harry explicou colocando um banquinho e um cavalete ao lado do outro para si e para Louis.

— Mas você é o pintor aqui, eu não faço nem ideia do que devo pintar. — Louis disse colocando a maleta de pintura entre eles em cima de um outro banco.

— O céu é apenas azul escuro com pontinhos brilhantes, acho que pode fazer isso. — Harry disse.

Louis suspirou e concordou.

Ele observou Harry se afastar para mais atrás de si e franziu a testa. — O que está fazendo? — Perguntou confuso.

— Não quero que veja o que vou pintar até estar terminado. — Harry explicou.

Louis apenas concordou, Harry tinha essa mania de não deixar ninguém ver suas criações até estarem terminadas.

Então eles começaram a pintar, quero dizer, Harry começou. Louis ficou olhando para a tela e se perguntando como diabos ele ia começar. Então ele teve uma ideia que achou brilhante. Louis pegou o pote de tinta azul escuro e jogou na tela manchando metade da mesma.

Harry olhou Louis fazendo aquilo e riu. — O que está fazendo? — Perguntou.

— Eu ia ter de pintar o quadro inteiro de azul mesmo, então agilizei as coisas. — Louis explicou pegando um pincel e espalhando a tinta para onde não tinha.

— Uma boa ideia. — Harry encolheu os ombros e voltou a pintar.

Louis sorriu e voltou a espalhar a tinta, quando terminou, ele esperou um pouco para secar e então foi pingando pontinhos brancos espalhados para serem as estrelas.

Ele e Harry ficaram em silêncio, tudo o que se ouvia era o som dos grilos cantando. Mas não tinha problema, tudo o que Louis precisava estava ali ao seu lado.

Louis ficava muito feliz quando lembrava que sabia tudo sobre Harry. E ele não ia jamais querer viver sem seu Harry.

Quando colocou o último pontinho, Louis sorriu orgulhoso de sua obra de arte. Ele se virou para Harry. — Olha! — Disse animado.

Harry olhou e sorriu da animação de Louis. — Está incrível. — Disse fazendo seu amigo sorrir maior ainda.

— Me deixe ver o seu. — Louis pediu.

Harry sabia que Louis ia ficar pedindo aquilo até deixá-lo louco, ele só não o fez antes pois estava distraído pintando seu próprio quadro.

— Aqui. — Harry disse entregando para Louis um pote de vidro com furinhos na tampa.

— Vou fazer o que com isso? Tacar na sua cabeça? — Louis perguntou sendo o impaciente de sempre.

— Pegar vagalumes. — Harry disse voltando a se concentrar em sua pintura.

— Muito bonito você sugerindo que eu prenda os coitados. — Louis disse chateado. Ele odiava bichos presos, e Harry sabia.

— Sugeri pegar, não sugeri manter eles. — Harry encolheu os ombros.

— Ah, entendi. Vou torturar eles um pouco, né? — Louis perguntou e Harry suspirou, se aquilo continuasse, Louis nunca iria o deixar terminar sua pintura.

— Não ligo para o que vai fazer ou como vai fazer, só me deixa em paz para que eu possa terminar isso. — Harry resmungou.

Louis revirou os olhos e se afastou. Ele começou a brincar com os vagalumes, não os prender, só correr por aí fazendo eles voarem em volta de si.

Harry havia terminado sua pintura, mas Louis brincando daquele jeito valia outra. Louis não percebeu a demora extra, distraído demais com sua brincadeira.

Quando Harry terminou, ele chamou Louis para ver.

— Posso mesmo? — Louis perguntou ansioso, Harry sorriu para seu jeitinho e acenou em positivo com a cabeça.

Louis então viu, a primeira pintura era dele pintando o céu. E a segunda, era dele brincando com os vagalumes.

— Gostou? — Harry perguntou nervoso.

— Claro que sim, tudo que você faz fica incrível. — Louis diz fazendo carinho no rosto de Harry.

Uma corrente de ar frio passou fazendo Louis tremer. — Vem, vamos para dentro. — Harry diz pegando suas coisas, Louis foi atrás dele.

Eles eram apenas dois garotos de cidade pequena, nesse mundo imenso e louco, tentando entender como as coisas funcionam. Mas por mais que ficasse difícil, eles tinham um ao outro. Louis não escondia suas lágrimas de Harry, assim como Harry não escondia segredos de Louis. Eles sabiam os medos mais profundos um do outro. Ninguém podia entender Harry como Louis fazia, e assim o contrário.

Louis não podia estar feliz se Harry não estivesse, e Harry não podia voar se Louis estivesse no chão. Não importa o que faziam, eles sempre estavam ali um pelo outro. Claro que como em toda amizade, na metade do tempo eles se deixavam loucos, e na outra metade tentando deixar o outro sabendo o quanto eram especiais.

— Você sabe que eu só sou eu quando estou com você, né?! — Louis perguntou quando estavam prontos para dormir.

— Sei sim, e eu jamais vou querer viver se você não estiver comigo, pequeno Lou. — Harry disse, e riu quando Louis o bateu por não gostar de falarem de sua altura.

Segundos depois ele puxou para Harry para um abraço, e eles dormiram daquela forma.

***

Não quis um conto de romance, e sim de amizade, já que Taylor fez essa música para a mãe dela. Espero que estejam gostando.

Até mais,

–K.F.

Contos de Larry.Onde histórias criam vida. Descubra agora