Contos de Larry.

You Belong With Me.

Harry Point Of View.

Eu estava em meu quarto, era uma típica noite de terça feira, onde a maioria de meus colegas estavam em uma festa. E eu estava em casa desenhando.

Olhei pela janela e vi Louis falando ao telefone, ele gesticulava muito, parecia irritado. Quando ele desligou, sentou em sua cama e olhou para mim. Eu virei a folha de meu caderno e escrevi perguntando se ele estava bem, então o mostrei.

Ele pegou seu caderno e escreveu também, então me mostrou:

Cansado do drama.

Eu suspirei e escrevi dizendo que sentia muito por ele. Ele apenas encolheu os ombros. Fiquei olhando para meu caderno, e então escrevi dizendo que o amo, algo que eu guardava para mim há muito tempo. Mas quando fui o mostrar, ele já tinha ido e fechado a cortina.

Eu me deitei em minha cama e comecei a pensar que eu não deveria nem pensar na ideia de dizer a Louis que o amo. Não é como se ele fosse retribuir.

Quer dizer, ele namora. E a namorada de Louis é simplesmente perfeita. Ela é líder de torcida, e usa saias bem curtas que chamam atenção para suas pernas. Já eu não faço parte de clube nenhum, e toco na banda da escola, e não uso roupas extravagantes, apenas camiseta e jeans.

Ela estava em festas o tempo todo, a garota popular. E eu ficava em casa sonhando com o dia que Louis fosse perceber que eu era o certo para ele. Que eu posso rir com ele, que eu gosto das mesmas coisas que ele, que eu conheço sua história desde sempre, que eu o entendo como ninguém. Eu só não entendia porque ele não podia ver que nós pertencemos um ao outro.

No dia seguinte, eu estava sentado lendo um livro na frente de casa enquanto esperava o ônibus.

— Ei, Hazz. — Olhei para o lado e lá vinha Louis caminhando pela rua com seu jeans preferido.

Ele sentou ao meu lado e perguntou o que eu estava lendo, e eu comecei a contar sobre o livro, porque eu sabia que ele sempre escutava, e eu não conseguia parar de pensar que era assim que deveria ser, porque estar com ele é fácil.

Em algum momento eu digo algo que Louis acha engraçado, e ele abre um lindo sorriso que poderia iluminar a cidade inteira. Faz um tempo que não o vejo sorrindo assim, desde que sua namorada o deixou mal, o que é quase todo dia. Ele diz que está tudo bem, mas eu posso ver em seus olhos, eu o conheço bem demais. Eu não sei o que ele faz com uma garota assim.

Enquanto conversamos, meu cabelo cai em frente meu rosto, Louis se inclina para o tirar, e depois de feito, eu sinto a ponta de seus dedos fazendo carinho em meu rosto. Olho em seus olhos, e então para seus lábios, querendo muito saber qual o sabor de seu beijo. E estou prestes a descobrir, mas somos interrompidos por sua namorada que chega buzinando e nos assustando.

Louis então levanta e se despede, caminha até o carro dela, e assim que entra, ela o beija. Eu suspiro querendo aquilo para mim.

No dia seguinte, pela noite, eu estou na arquibancada da escola, olhando Louis jogar, enquanto ela está lá no campo, torcendo por ele, pulando para cima e para baixo com seus pompons.

Louis faz o ponto final, e nosso time ganha o jogo. Eu o observo se aproximar dela para comemorar, mas ela está ocupada conversando com um jogador do outro time. Todos vimos ele brigando com ela por estar interessada em outro, mas ela não liga muito, dizendo que Louis nunca poderia dar o que ela quer.

Eu o vejo ir frustrado para o vestiário, e imagino que a festa acabou para ele.

Enquanto eu ia para casa, eu lembrava de quando Louis morava longe, e dirigia até a minha casa no meio da noite, porque eu era o único que podia o fazer rir quando estava prestes a chorar. Eu conheço suas músicas favoritas, e enquanto eu as colocava para tocar, ele me contava sobre seus sonhos. Eu acho que sei seu lugar, e acho que é comigo. Ele pode sempre ficar comigo.

Era sexta feira, teríamos o baile de fim do ano letivo. Eu estava de pijamas desenhando, não pensando nem por um pouco em ir.

Olhei pela janela e Louis estava lindo em seu terno. Ele me olhou e escreveu em seu caderno.

Vai hoje a noite?

Eu escrevi de volta no meu:

Não, vou ficar estudando.

Ele suspirou e escreveu:

Gostaria que você fosse.

Eu sorri para ele, que me deu um fraco sorriso, e então saiu.

— O que está fazendo aqui? — Ouvi a voz de minha mãe.

— Bom, eu achava que podia ficar na minha casa. — Murmurei confuso.

— É claro que pode, Harry. Mas hoje é o dia do baile, não é? — Ela perguntou sentando na cama.

— Sim, é. — Respondi.

— Ok, e por que não está se arrumando? — Perguntou. — Seu príncipe encantado já saiu. — Ela cutucou minhas costelas, eu soube logo a quem ela se referia.

— Mãe, Louis tem namorada, e você sabe disso. — Eu falei.

— O que eu sei foi que Johannah me disse que ele havia terminado com a namorada. — Minha mãe disse.

— Sério? — Perguntei sorrindo.

— Sim. E agora, qual sua desculpa para não ir? — Ela perguntou.

— Bom, eu não tenho um terno. — Respondi triste.

— Sorte sua que além de mãe, eu faço o papel de fada madrinha também. — Ela disse, saiu do quarto e quando voltou tinha um terno em sua mão.

— Mãe, eu te amo. — Falei indo até ela e beijando sua bochecha, então peguei o terno e fui tomar um banho.

Uma hora depois.

Respirei bem fundo antes de entrar no local que ocorria o baile, quando o fiz, o olhar de todos veio para mim. Eu senti minhas bochechas ficarem vermelhas no mesmo segundo.

Procurei com o olhar por Louis, ele estava conversando em um canto com uns amigos. Que assim que me notaram, cutucaram Louis e me apontaram.

Louis quando me viu arregalou os olhos, e então sorriu. Eu fiquei parado no meio do salão vendo ele caminhar até mim.

No meio do caminho sua agora ex-namorada o parou, ela ia falar com ele, mas Louis logo a cortou e continuou vindo até mim.

— Você está incrível. — Ele disse quando chegou perto. — O que acha de...

— Espera. — Eu falei o interrompendo.

Então eu tirei o papel que escrevi 'eu te amo' e o mostrei. Louis sorriu e tirou um papel de seu bolso, ele me mostrou e eu vi que dizia a mesma coisa que no meu.

— Quer dançar? — Louis perguntou.

Eu sorri e concordei.

Nós dançamos a noite toda, e como pertencemos um ao outro, ficamos juntos o resto de nossas vidas.