Contos de Larry.

Into You.

Louis Point Of View.

Já se sentiu vazio? Como se nada que fizesse ou dissesse tivesse uma motivação? Era assim que eu me sentia enquanto caminhava entre aquelas pessoas.

Estava em uma festa da empresa de meu namorado. E enquanto todos dançavam e pareciam se divertir à minha volta, eu só queria ir embora.

— Louis! O menino de meus olhos. — Ouvi a voz de Rodrick, meu namorado. — Venha aqui, querido. — Ele disse me chamando.

Ele estava em cima do palco tirando fotos para as revistas publicarem matérias no dia seguinte. Eu coloquei o sorriso mais falso que pude e caminhei até ele.

Tiramos algumas fotos, mas os flashes estavam me deixando meio tonto. Tentei me afastar dele, mas ele segurou meu braço quando viu que eu estava saindo dali. — Onde vai? — Perguntou.

— Eu estou com dor de cabeça. — Murmurei.

— Só mais algumas fotos. — Ele disse de forma meio grosseira.

Tiramos mais algumas, e então ele me deixou ir. Fiquei por ali sentado em uma mesa sozinho, já que se eu fosse embora ele daria um ataque.

Eu observava aquelas pessoas, todas pareciam querer estar ali, algumas deviam até querer meu lugar de namorado de um dos caras mais ricos de Londres, eu desistiria desse título facilmente.

Olhei em volta atrás de Rodrick e vi ele conversando com seus amigos. Uma garota se aproximou dele, e ele pareceu gostar bastante dela. Aquilo não me surpreendeu, eu sabia que ele me traía.

Nosso namoro foi algo arranjado por meu pai. Ele queria trabalhar com Rodrick, e que moeda de troca melhor que seu filho? Todos eram horríveis quando se tratava de conseguir dinheiro.

Olhei no relógio e vi que já estava ali por duas horas. Me levantei e caminhei até a varanda que tinha naquele andar, ninguém estava ali, e eu queria ficar sozinho mesmo.

— Oi. — Suspirei vendo que eu teria de forçar conversa com alguém.

— Olá. — Falei me virando com um sorriso.

Arqueei uma sobrancelha quando vi que era um segurança da festa, um muito bonito por sinal.

— Eu sou Harry. Vim saber se precisa de alguma coisa, não parece bem. — Ele disse.

— Agradeço a preocupação, mas estou bem. Brilhante como um raio de sol. — Falei ironicamente.

— Bom, sinto muito, mas não parece feliz. — Ele encolheu os ombros.

— Não devo parecer, eu não estou. — Sorri triste.

— Tem algo que eu possa fazer por você? — Harry perguntou tocando gentilmente meu braço.

— A menos que saiba um jeito de sair daqui sem ser visto, não tem não. — Falei e ele sorriu.

— Na verdade, eu sei sim um jeito. — Harry disse e eu o olhei animado.

— Sério? — Perguntei feliz.

— Vem comigo. — Ele disse.

Nós caminhamos para a outra extremidade da varanda, e então ele afastou as folhas de uma samambaia enorme que tinha em um vaso pendurado no teto, isso deu visão a um longo corredor.

— No fim tem um elevador, você vai até o térreo e está livre. — Harry disse.

— Como sabe disso aqui? — Perguntei confuso.

— Esta sala é onde o dono do prédio traz suas amantes. Quando ele quase foi pego, abriu essa parede para a amante poder fugir e não ser pega. — Harry explicou.