Prólogo (Revisado)

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   Eu ainda não podia acreditar que ele havia me traído com a minha melhor amiga

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   Eu ainda não podia acreditar que ele havia me traído com a minha melhor amiga. Ele jogou um relacionamento de anos no lixo as vésperas do nosso noivado, eu não podia imaginar que Caleb seria escroto à esse ponto. E a Alicia também, fingindo ser minha amiga e me ouvindo dizer todos os dias o quanto eu amava ele e queria construir uma família.
Aquela cena dos dois na cama passava como flash em minha cabeça e a cada lembrança mais uma lágrima caia.

   — Merda! — Bati no volante do carro, sentindo a dor da batida enquanto pisava ainda mais no acelerador. Aquela estrada velha estava toda molhada, a chuva embaça os vidros e as lágrimas embaçavam meus olhos. —Que os dois vão para o inferno! — Esbravejava novamente. Sentia como se meu coração tivesse se quebrado em mil pedaços, uma dor que eu jamais houvera sentido antes, tão pouco imaginei que justo Caleb faria-me sentir ela.

   Deslizava pelas curvas com o HB20 sem me importar com o som de derrape que as rodas faziam. Os flashes começavam a ficar cada vez mais intensos, cada vez mais frequentes e ferozes, como se todas vezes que eu lembrasse fosse a primeira vez que eu estivesse vendo aquela cena.

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   "— Tenho certeza que ele vai amar isso. — Sussurrei à mim mesma entrando no apartamento, queria fazer uma surpresa para Caleb para comemorar a véspera do nosso noivado. Havia passado no mercado e comprado a garrafa de vinho que eu sabia que ele adorava e alguns ingredientes para fazer um jantar para nós. Pedi saída do escritório mais cedo para que nada desse errado e como Caleb ainda estaria no serviço , eu teria tempo o suficiente para preparar tudo. Estava tão feliz e tão nervosa ao mesmo tempo, sentia-me como uma garota adolescente em seu primeiro encontro, aquele suor nas mãos e sensação de borboletas no estômago me faziam sorrir para o nada.

   Deixei as coisas em cima da pia e aproveitei para tirar os sapatos de salto que estavam me incomodando, aquela sensação de ter os dedos esmagados pelo aperto dos sapatos era no mínimo péssima. Para o meu espanto, ouvi uma voz vindo do quarto e congelei por completo imaginando se alguém teria invadido a casa, o que era impossível já que a porta estava trancada. Ou Caleb havia tido a mesma ideia que eu de sair mais cedo do serviço ou havia algum espírito na casa. Fui caminhando lentamente pelo corredor que se iniciava na sala passando pela porta do quarto de hóspedes de um lado e a porta do banheiro do outro, até enfim chegar a porta do quarto que ficava no fim. Girei a maçaneta com cuidado e abri a porta devagar e não podia me deparar com cena pior. Senti minhas mãos começarem a tremer e minhas vistas embasarem com as lágrimas que já marejavam meus olhos. Meu coração palpitava ao mesmo tempo que sentia uma dor, como se ele tivesse sido despedaçado por completo. O mundo parecia não girar, não era mais audível o barulhento som que a cidade emitia, tudo o que eu ouvia era o som das batidas do meu coração e tudo que eu conseguia ver era o Caleb na cama, nu, com a minha melhor amiga.

Amnésia (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora