Capítulo Quinze - A Grande Fulga

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♧♧♧Benjamin♧♧♧

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♧♧♧Benjamin♧♧♧

       Algumas horas depois ouço o ronco do motor do carro do Antonie e vou rapidamente lá para fora. Ele sai do carro e posso ver ele acenando para que eu vá até lá.

         – Parece que o remédio durou mais tempo do que eu imaginei. – Remédio? Do que ele estava falando? – Ela ainda está desacordada no banco de trás. Pegue ela e a leve para o quarto. – O celular dele começa a tocar e posso ver o nome da Alicia na tela. Ele sai de lá e eu rapidamente abro a porta traseira vendo Ane largada de qualquer jeito no banco de trás com um ferimento no nariz. Sem pensar duas vezes eu a pego no colo levando-a para o meu quarto. Alguns minutos se passam e Ane acorda puxando o ar intensamente buscando fôlego de forma desesperada.

      – Anelise, você está bem? – Eu digo indo sentando ao seu lado na cama procurando entender o que estava acontecendo. Ela me abraça pelo pescoço e começa a chorar. – Eu retribuo seu abraço acarinha suas costas tentando acalma-la. Quando ela se acalma ela se afasta um pouco secando suas lágrimas de cabeça baixa. – Quer me contar o que houve?

      – Foi horrível. Antonie disse que eu precisaria tomar uma remédio para parecer estar morta e me ameaçou com sua arma caso eu não o fizesse. Quando estávamos no carro eu tentei fugir mas não deu certo, ele bateu meu rosto do painel do carro e me deu uma coronhada, depois disso eu não sei mais o que aconteceu, só acordei aqui agora.

      – Aquele desgraçado. – Eu fechei minha mão em punho sentindo o ódio passar por todo o meu corpo. – Anelise isso já foi longe demais. Eu vou te tirar daqui essa noite.

      – Sério? – Ela levantava a cabeça me encarando com os olhos brilhando de esperança.

      – Sério! A minha vontade é de ir lá acabar com ele. É isso que eu deveria fazer. – Quando me levanto sinto as mãos de Anelise segurando a minha.

      – Por favor, não faça nada. Eu não quero que nada te aconteça. Esse cara é perigoso, eu não quero sair daqui sem você Ben. – Eu não podia resistir a Anelise falando comigo daquela forma, ela mexia comigo de um jeito que eu não podia explicar, ao lado dela eu baixava a guarda e podia ser eu mesmo. Seguro seu rosto com uma das mãos e sinto sua pequena e delicada mão sobre a minha. Vou acariciando seu rosto com o dedo me aproximando lentamente de seu rosto até sentir sua respiração tocar a minha pele. Roço meus lábios nos dela vendo-a fechar os olhos e então abro passagem em sua boca permitindo que nosso beijo flua naturalmente. Sinto sua mão em minha nuca puxando meu corpo para mais perto e assim o faço intensificando cada vez mais o nosso beijo dando leves apertos em sua cintura minuciosamente desenhada. Anelise cada dia mais se tornava meu ponto fraco, me fazia querer desistir da vingança apenas para fugir e ter uma vida ao seu lado, ela me fazia crer que eu podia ser feliz novamente e que eu acima de tudo poderia faze-la feliz.

      Passamos o fim da tarde e a noite ali juntos, tinha sido o único dia em que me senti feliz após a morte de Helena. Anelise era a única a abrir um sorriso em meu rosto após isso. Arrumo algumas coisas minhas em uma mochila e pego meu celular. Em outra bolsa coloco todo o dinheiro que havia guardado dos trabalhos que havia feito nesse tempo. Verifico a casa e vejo que Antonie não esta. Chamo Anelise e então saímos da casa. Arrumo a bagagem no porta malas e abro a porta para Anelise entrar, coloco minha arma na cintura e entro em seguida. Começo a dirigir pela estrada que estava levemente escura e sem movimento, apenas um carro vindo da direção oposta. Quando passamos pelo carro vejo Antonie no volante, como eu não percebi que era o carro dele.

      – Merda! Segura firme. – Falo acelerando vendo ele dar um cavalo de pau vindo em nossa direção. Começo a acelerar ainda mais e vejo as mãos de Ane apertarem com força suas coxas. Ele começa a nos alcançar acelerando na mesma proporção que eu. Alguns carros começam a aparecer e eu desvio vendo Antonie fazer o mesmo. – Ane, você já atirou alguma vez na vida? – Eu a perguntava me concentrando na estrada vendo ele chegar cada vez mais perto.

      – Quando eu era adolescente meu pai me levava para caçar.  Ela olhava para trás arregalando os olhos vendo o quanto Antonie estava perto.

       – Ótimo, isso serve. Aqui. – Eu tirava a arma da cintura a entregando enquanto desviava de mais um carro. – Preciso que atire no pneu do carro dele. Acha que consegue fazer isso?

      – Acho que eu posso tentar. – Ela pega a arma da minha mão se posicionando para fora do vidro. Ela segura firme a arma com as duas mãos dando o primeiro tiro. – Merda, errei.

      – Continue tentando Ane, só assim ele irá sair da nossa cola.. Eu confio em você. – Ela me olha acenando com a cabeça ficando seria. Ela fecha um dos olhos para ajudar na mira, provavelmente algo que ela também deveria fazer ao caçar. Ela atira e vejo o carro do Antonie começar a derrapar na pista. Acelero ainda mais vendo ele ficar cada vez mais longe.

      – Isso! – Ela comemora voltando para dentro do carro.  – Meu pai sempre dizia que eu era a melhor caçadora que ele já tinha visto. Ela diz rindo e eu não posso deixar de rir com ela. Essa mulher existia mesmo? Meu celular toca e eu atendo colocando no viva voz.

       – Benjamin seu merda, eu vou te achar e vou te matar! – Ele dizia com ódio emanando de sua voz e sinceramente, aquilo era tudo que eu precisava ouvir.

      – Vai se foder Antonie! Quem é a vadia agora!? – Após dizer isso Ane desliga na cara dele e eu posso imaginar sua expressão de ódio. Acho que minha vingança estava feita.

      Para não correr riscos dirijo por mais algumas horas até estar longe o suficiente. Paro o carro para abastecer e nós descemos para comer na conveniência do posto.

     – O que acontece agora? – Ane me perguntava dando uma mordida em seu lanche.

       – Antonie deve ter corrido para Alicia para perguntar o que fazer agora. Ela deve estar passando mal de tanta raiva. – Eu só conseguia rir imaginando a cena e vejo ela fazer o mesmo. – Depois disso... ele vai mandar os capangas dele nos procurar e não vai descansar enquanto não conseguir. Anelise, a nossa fuga só começou.

Nota: Até que enfim Benjamin e Anelise conseguiram fugir, mas e agora? O que vocês acham que eles vão fazer? Deixem a opinião de vocês 😊

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Obrigada por sua leitura e te vejo no próximo capítulo. ❤

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