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[Aviso de gatilho: violência doméstica, psicológica e homofobia]


— VOCÊ DEVIA MORRER E IR PRO INFERNO DE UMA VEZ, QUE É LÁ QUE VOCÊ PERTENCE. — Se fosse possível, eu diria que cada gota do meu sangue gelava todas as vezes que eu ouvia sua voz assim. Eu estava parada em frente a minha mãe, que por sua vez estava sentada no chão, com a mão cobrindo o lado do rosto que fora golpeado. 

— Você deveria me levar a sério quando eu digo que se você continuar machucando a minha mãe, eu vou matar você! — eu disse entre dentes, o que se seguiu foi uma risada alta e asquerosa vindo dele.

— Você realmente acha que pode me ameaçar só porque conhece algumas pessoas sujas, Jéssica? — o modo como ele dizia meu nome sempre me fazia sentir vontade de vomitar. Antes que eu pudesse reagir ele estava me agarrando pelo pescoço. — Eu tenho muito mais contatos que você. Se é que você pudesse me matar, na manhã seguinte você, sua mãezinha e qualquer pessoa que você possa se importar, amanheceram dentro de uma vala. Tenho certeza que não quer isso, não é, Jéssica?

Ele continuou a apertar meu pescoço, eu afundei as unhas em seu braço, mas o homem que eu chamava de pai nem pestanejou.

— Esta casa. Sua mãe. Você. São todas minhas propriedades. — meus olhos ardiam e pontos pretos já estavam cobrindo minha visão quando ele finalmente me jogou no chão. Antes que me sentasse, ele acertou minha barriga com um chute. — Se quer deixar de ir a escola eu estou pouco me fodendo. Se quer brincar de polícia e ladrão, estarei aqui para me divertir com isso. 

Ele se abaixou a minha altura, agora que eu começava a recuperar o ar, talvez ele tenha falado algumas palavras que não consegui registrar graças a dor. Minha mãe se encolheu para trás de mim. 

— Agora, você começa a trazer suas amigas doentes para nossa vida e eu terei certeza de fazer buracos em cada uma de vocês até que peçam pra morrer. Você não trará essa doença para dentro da minha casa, abençoada por deus. — ele fechou os olhos e fez o sinal da cruz.

Seus dedos deixaram rastros de sangue onde encostaram. 

— Ah, minha Jéssica. Você continua insistindo nesse pecado. Mulheres foram feitas para o homem. — Suas unhas fizeram um caminho aterrorizante do meu pescoço até a abertura do decote. — O que mais eu terei que fazer para você entender o que é certo aos olhos do pai?

Silêncio pairou na sala. Nada parecia ter vida naquela sala. 

Talvez nada tivesse mesmo. 

— Boa garota. — ele se levantou e arrastou-se pra dentro do próprio quadro novamente. 

Senti sangue escorrendo pelo canto da boca.

Sinto muito Perrie, não vou poder ir a escola hoje de novo.

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Heeey guysss

Amanhã eu vou postar mais. Hoje não consigo pq tô acabada skskska. Sinto muito por ser uma autora de saúde merda 

Espero que gostem

they ask me why I love her ▶▶pesy Onde histórias criam vida. Descubra agora