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Perrie me mandou mensagem dizendo que sua mãe estava furiosa e logo em seguida mandou outra dizendo que ela também estava.
Sim sim eu sei, eu deveria ter respeitado a hospitalidade e continuado na casa dela, mas, eu sei que ninguém entenderia quando eu dissesse que eu precisava ver minha mãe. Aliás eu nem quero que a senhora Edwards saiba qual relação eu tenho com o "homem" que me "atacou" na noite passada.
Minha mãe estava bem quando eu cheguei em casa, mas disse que estava preocupada por meu pai não ter aparecido lá o dia inteiro. Imagino que ele tenha decidido ficar longe de casa pois não sabia se iríamos atrás dele com a polícia.
Agora isso sim é engraçado. É claro que fiquei com medo quando a mãe de Perrie disse íamos denunciá-lo, mas pensando bem, não acho que ela vai fazer isso. Ainda que pareça ser uma mulher muito boa, com certeza não vai querer se arriscar por uma adolescente que sequer conhece.
Eu também nem iria vir a escola hoje, queria ter ficado de guarda em casa, só vim porque preciso urgentemente falar com Jade, ela conhece alguém que vai me ajudar com o que eu preciso sem fazer muito alarde e de qualquer forma ninguém estranharia meus hematomas, graças à fama de delinquente.
Eu queria agradecer a senhora Edwards e a Perrie, mas vou tentar evitar ao máximo que ela se metam nisso—
— Hey. —Um carro preto parou em frente a mim no portão da escola, de onde saíram Perrie e sua mãe.
Mas caralho, hein.
— Oi senhora Edwards. Oi Pierre.
— Pierre? Sério? Isso nem nome de mulher é! — Perrie levantou os braços pro ar e eu senti vontade de rir. Olhar pra ela era estranho, depois do nosso beijo. Um pouco de vergonha, seguido por uma vontade de fazer tudo de novo. Pelo modo como ela estava corada, imagino que sentia o mesmo.
— Você e sua namorada podem conversar depois, agora dona Jéssica, temos um assunto a resolver. — fiquei sem entender nada, ela colocou os óculos escuros e depois abriu a porta traseira do carro.
Ninguém poderia colocar em palavras a pane que me percorreu quando eu vi Janice saindo de lá
— MÃE? A MINHA MÃE? MAS O QUE?
— Viemos conversar com a orientadora e pra isso precisamos que sua mãe esteja junto. Arrumar o endereço dela não foi difícil graças a minha filha stalker. — Deborah piscou pra Perrie que parecia estar subitamente muito interessada nas próprias unhas.
— Eu precisei vir, Jessica. Espero que não nos tenha metido em nenhum problema. — seu olhar incisivo tinha significado apenas pra mim. Ela sabia que meus machucados deviam ser provenientes de outro encontro com meu pai e ela esperava que eu não dissesse nada.
Eu precisava sair dessa.
— Eu não tenho nada pra falar com orientadora! Você não tem motivo nenhum pra isso! Para de se meter na porra da minha vida. — tentei assumir a armadura de garota durona que não obedece ninguém, mas por algum motivo dessa vez nem eu mesma consegui acreditar na firmeza das minhas palavras.
— Ah tenho, Perrie me falou sobre suas notas decadentes. Além do mais preciso saber se você tem algum "desafeto" na escola que possa ter desencadeado o ataque de ontem.
— Oxe e o que VOCÊ tem a ver com isso? Por acaso você é alguma—
— Sim, sou Deborah Edwards da divisão de homicídio da Delegacia Central de Portland, o que a senhorita sofreu foi uma tentativa de homicídio e visto que isso chegou ao meu conhecimento não posso fazer vista grossa ou seria omissão de socorro, certo? — ela me mostrou o distintivo, e engoli todas minhas palavras.
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they ask me why I love her ▶▶pesy
FanfictionEu sei que eles a odeiam Eles me perguntam por que eu a amo Eu poderia dar um milhão de motivos (e um pouco mais)