QUANDO O AMOR ENLOUQUECE!-Armando Scoth Lee-romance espírita gay

CAPÍTULO 6-GAROTO PROBLEMA

(ALERTA: ESTE LIVRO É IMPRÓPRIO PARA MENORES! )

Uma vez Estela conversou com a amiga  Helena sobre a carta de tarô da Roda da Fortuna, que muitos preferem chamar de a Roda da Vida.

A escritora e a amiga psicóloga já tinham uma relação de anos e, por isso, era meio difícil separar o profissional da amizade.

_Você sabe que devido ao nosso grau de amizade, é errado eu a atender como psicóloga, mas sua cabeça dura não me deixa escolha._informara a profissional ouvindo sua ética.

_Exatamente: é você ou nada feito. Volto pra casa e vou fritar os meus miolos sozinha mesmo._Estela fora firme em sua decisão não deixando escolha para a amiga._Olhando esta carta me lembro da minha última consulta com uma cartomante quando ela me mostrou esta imagem e me falou que  ninguém está isento de ficar revivendo as mesmas situações para que evolua emocional e espiritualmente.

_Exato. Você não vai sair disso aqui até que aprenda o que tem que aprender. Isso significa reviver a mesma situação várias vezes até que a lição seja aprendida e você possa passar para o nível seguinte. Não há como pular etapas antes de vencer a anterior, muito menos enganar a vida, amiga._explicara a amiga da escritora.

_Eu sei que no fundo eu queria provar para a minha mãe que eu poderia ter mais sucesso com o meu pai. Sempre pensava que ela era uma lerda por não mandá-lo à merda quando ele reclamava de pequenas coisas do cotidiano... e aí, quando ela morreu, eu também  era a empregada dele! Meu pai me tirou da escola...me colocou de doméstica...e ainda morreu me deixando cheia de dívidas. Dos homens que a partir daí vieram a se interessar por mim...todos eram xerox do meu pai!

_É fato, querida: a gente atrai figuras masculinas semelhantes ao nosso pai. Pra falar a verdade, é aí que a coisa não avança: você não conseguiu dominar o seu pai e agora também não consegue dominar o seu neto Mateus._lamentou Helena. _E isso está te deixando frustrada, porque você acreditou que um dia poderia descobrir a chave para controlar um homem da família Dantas.

_Diogo também é um Dantas e é um anjo._Estela  protestou._Nos damos super bem. Se fôssemos mãe e filho não poderíamos ter uma relação melhor. Não temos segredos...nunca brigamos...

A amiga revirou os olhos: a escritora às vezes passava a metade das sessões elogiando o neto!

_Exceto pelo incesto, querida, devo te lembrar que  é necessário o sangue de duas famílias diferentes para gerar uma vida. Diogo puxou a família Drummond, da sua mãe Elizabete Drummond. Isso nem entra na discussão, porque você sabe que é verdade! Sua mãe era um anjo...como o Diogo. Voltemos aos homens verdadeiramente desafiadores na sua vida. No presente momento...Mateus. Você quer dar uma boa educação pra ele, eu sei. Mas o garoto é um espírito selvagem, incontrolável...como já disse...é querer engarrafar o vento...

_O vento não! Um tsunami durante um furacão, isso sim!_corrigiu a escritora se assumindo impotente diante do neto._ Confesso que não dou conta dele...não mesmo! Mas...eu...preciso e você tem que me ajudar, Helena!

_Deveria ter me consultado antes de comprar a barriga das suas duas filhas!_Helena não perdoou._Isso sem nem dar uma única chance pra elas pelo menos tentarem...quem sabe até as duas juntas...dirigirem a sua fazenda!

Estela sabia do que aquela mulher falava. A fazendeira não queria ter tido filhas...ela queria apenas um filho. No fundo sabia que era tão machista quanto o pai ao imaginar que um homem faria naquela fazenda um serviço melhor do que uma mulher. Não era porque ela fora pressionada a administrar uma fazenda, mesmo querendo ser escritora, que passara a acreditar que aquele podia sim ser um serviço para uma mulher.