CAPÍTULO 41-A CASA DE SOFIA

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(ALERTA! ESTE LIVRO É IMPRÓPRIO PARA MENORES!)


O dia fora longo e cansativo. Diogo e sua equipe haviam dado duro na construção de um novo supermercado que abririam no centro da cidade. 

Diogo estava gostando de tanto serviço, pois assim distraía a cabeça e não tinha tempo de pensar em mais nada! Nem em almas que não haviam tido a permissão para reencarnar, se é que ele ainda não sabia se ainda  acreditava naquilo...em homens surdos mudos que faziam previsões malucas e, talvez, mentirosas...em jovens lindos e tesudos que se cansariam logo do papai Diogo após descobrirem que havia uma infinidade de rapazes  mais jovens e mais cheios de energia capazes de dar a eles muito prazer numa cama!

O neto de Estela Dantas também não queria mais pensar naquilo: o apetite sexual parecia estar abandonando o seu corpo. Havia quase três meses que ele não mais se sentia atraído por outro rapaz...não mais sentia o seu corpo pulsar diante de um corpo gostoso que desfilava a sua frente...e talvez ele só voltasse realmente a funcionar depois de tomar algum estimulante sexual!

Diogo Dantas não mais se tocava, não mais se masturbava invocando a memória que ainda guardava de Mateus! Todo aquele fogo...todo aquele tesão...aquela fúria dos dois em não perder uma oportunidade de se arrebentarem um com o outro! Era o tempo de recuperarem o fôlego para começar novamente aquela loucura de se esfregarem...se chuparem...meterem-se um contra o outro visitando o paraíso quantas vezes o dia lhes permitisse!

Será que havia esgotado toda a sua energia sexual e agora não mais lhe sobravam reservas? Estaria ele fadado a nunca mais sentir aquela excitação gostosa...o gozo carnal...a liberação da porra relaxando o seu corpo? Talvez, pensou, tivesse realmente esgotado a reserva que a vida lhe dedicara e nada mais houvesse sobrado para aquele pós quarenta anos de vida!

Sentiu-se velho...acabado...a vida sexual para ele estava finalmente encerrada. Todo o seu foco agora deveria ser apenas  no trabalho e só...e evitaria pensar no futuro, não pelo bem  dele...mas de Estela: ela precisava dele.

Ainda havia muita luz na casa de Estela quando o seu neto chegou, tomou um banho demorado e relaxante e foi para o quarto a fim de se vestir.

Diogo respirou fundo com os olhos fechados: o cheiro de Mateus lhe invadiu as narinas e ele sentiu a dor das saudades mais uma vez o sufocar.

Por mais que limpassem a casa...por mais que trocassem os móveis...pintassem as paredes...trocassem as roupas...o cheiro do primo nunca sairia daquela casa...nunca, Diogo sabia!

Depois da conversa definitiva que tivera com Estela e Sidnei sobre desistir de esperar Mateus, passara a acreditar que o primo talvez não voltasse em carne e osso...na forma física, humana...mas estivesse sempre ali, ao seu lado, junto dele como um anjo da guarda! 

Aquela ideia viera substituir a outra e lhe trazia mais conforto, ele reconhecia: acreditar num Mateus como uma presença constante ao seu lado, mesmo apenas  em espírito, era melhor do que frustrar-se dia após dia com o vazio que um Mateus carne lhe deixara!

"Não há reencarnação", ele passara a repetir pra si mesmo, como se fosse um mantra sagrado. "Meu amor está sempre ao meu lado...estamos constantemente  juntos em espírito!"

Aquele agora era o seu mantra e era nele que pretendia levar os seus dias de vida a partir dali. Era mais confortável pensar assim do que se frustrar com o vazio físico ao seu lado!

_Mateus...sei que está aqui...te amo tanto...sinto tanto a sua falta..._sussurrou baixinho._Sou seu, meu amado...hoje e para sempre...para sempre...

QUANDO O AMOR ENLOUQUECE!-Armando Scoth Lee-romance espírita gayOnde histórias criam vida. Descubra agora