CAPÍTULO 16-ESTELA SE APROXIMA MAIS DE MATEUS

324 69 23
                                    


(ALERTA! ESTE LIVRO É IMPRÓPRIO PARA MENORES!)


Estela agradeceu a consideração do delegado de não colocar o neto dela numa cela, mas apenas o deixar desmaiado numa cama que os funcionários usavam para descansar por alguns minutos  após o horário de almoço.

_Pois é, dona Estela...não tivemos como não trazer o garoto pra cá._falou o delegado com pena da escritora._Seu neto quase matou o outro rapaz na porrada, resistiu à prisão, desacatou os policiais e danificou o bar. A gente deu tratamento diferenciado pra ele   justamente porque a senhora é boa demais pra cidade! Muita gente deve à vida pra senhora, nós reconhecemos, mas a senhora tem que entender que alterado do jeito que estava, o menino poderia inclusive se machucar. Acho que se a senhora não fosse tão boa e  fizesse tantas obras de caridade, alguém poderia inclusive ter batido no Mateus!

Estela ficou incomodada com aquilo. Não merecia os elogios. Talvez um dia viesse a falar quem é que ditava os livros que rendiam tanto dinheiro para que ela pudesse fazer todas aquelas obras de caridade.

_Deixa disso, delegado, só faço o que está ao meu alcance para ajudar os amigos._disse com humildade a escritora._E o rapaz que ele agrediu? Como é o estado dele?

O delegado coçou a cabeça preocupado:

_Pobre rapaz...bonzinho, tadinho...filho do senhor Oseias padeiro, a senhora com certeza conhece. Ficou bem machucado o infeliz. Maldita a hora que o pobre topou com o seu neto daquele jeito. O menino perdeu alguns dentes...o nariz está quebrado...a coisa tá feia, dona Estela...

Estela olhou para o neto ainda desacordado. Realmente ele tentara afogar as mágoas com álcool e provocara aquilo tudo! Sabia que ele não se conformaria em ficar tanto tempo longe de Diogo...não agora que os dois estavam namorando!

Mais uma vez a escritora se recriminou por estar apoiando aquela relação entre os primos. Onde estava com a cabeça? Talvez no interesse silencioso de não negar nada para Diogo a fim de não o perder! Ele precisava continuar na fazenda...precisava substituí-la algum dia! Sentiu-se egoísta e manipuladora!

_A gente cria os filhos é para o mundo, dona Estela._dissera uma amiga um dia._Daqui a pouco estes dois netos da senhora crescem e vão querer é ganhar o mundo e daí a pouco as visitas vão rareando e eles somem de vez!

Ela não suportaria aquilo! Queria os dois ali, com ela...pra sempre! Nem que pra isso precisasse apoiar o namoro dos dois!

_Vou pagar por todo o tratamento do rapaz  e farei o que estiver ao meu alcance para diminuir os estragos do meu neto, delegado. Avise ao dono do bar que também cobrirei os prejuízos materiais que Mateus fez por lá._disse Estela arrasada. 

_Todo mundo sabe que a senhora deve ter criado os meninos muito bem, dona Estela, mas sabe como é esta juventude...se une com os colegas e faz bobagem. Sabemos que ele não teria feito tudo isso se não tivesse consumido bebida alcoólica!_o delegado tentou confortá-la.

Estela não tinha tanta certeza assim...Mateus às vezes a surpreendia em suas atitudes!

_É claro, delegado...ele não teria feito nada disso se não fosse a bebida._falou tentando se convencer também.

A consciência mais uma vez veio atormentá-la, enquanto esperava Mateus recobrar a consciência para irem embora. A avó, mais uma vez,  se culpava por tudo aquilo...tudo! O romance entre os dois primos...Mateus ser como era...o sobrinho bater na tia...sair agredindo as pessoas...horrível tudo aquilo ter saído do controle!

_O seu neto está impedido de sair da cidade nos próximos dias, dona Estela. Não é bom pra ninguém que as pessoas o vejam transitando livre por aí depois disso tudo, a senhora entende.

QUANDO O AMOR ENLOUQUECE!-Armando Scoth Lee-romance espírita gayOnde histórias criam vida. Descubra agora