QUANDO O AMOR ENLOUQUECE!-Armando Scoth Lee-romance espírita gay

CAPÍTULO 23-ESTELA TEM UM MAU PRESSENTIMENTO...

(ALERTA: ESTE LIVRO É IMPRÓPRIO PARA MENORES!)

Estela amanhecera com um mal-estar terrível naquele dia! Seria a enxaqueca, ou um pressentimento de que algo ruim iria acontecer? Torceu para ser a primeira opção, porque de coisas ruins, ela já estava cansada!

Alguns dias antes ela procurara a amiga Helena. Pediu desculpas por tê-la abandonado num momento tão difícil (a morte da mãe de Helena), mas justificou-se explicando que  precisava estar ao lado do neto naquele procedimento dentário.

_Eu entendo, amiga. Não precisa se desculpar. _disse a psicóloga abraçando a escritora com carinho.

Estela sorriu e fez um afago  no rosto sofrido da amiga.

A escritora jurara pra si mesma que não iria levar mais problemas pra Helena, mas suspeitava que seria impossível cumprir a promessa que fizera a si mesma! Ela precisava tanto de um ombro amigo...de um desabafo...e Helena era realmente uma pessoa ímpar nesse campo!

_Mas...venha cá...deite-se aqui no meu colo e me diga o motivo destas olheiras...deste abatimento...se esqueceu de pintar os cabelos? Até eles estão tristes...Você nunca foi disso...o que está acontecendo?_Helena estava realmente preocupada.

A escritora não esperou um segundo convite para deitar-se no colo da amiga e  desabafar.

Resumiu tudo o que havia acontecido desde que descobrira o relacionamento entre Mateus e Diogo.

Helena, mesmo já sabendo boa parte da história, permitiu que a outra falasse tudo.

_Cristiano deixou Miriam e agora as minhas duas filhas estão separadas. E é isso...Miriam e Sabrina não estão conversando comigo por acharem que incentivei  o relacionamento dos meus dois netos, acredita?_falou sentida.

_Bem cômodo elas tirarem o delas da reta  e ainda colocarem você como a única culpada por tudo._revoltou-se a psicóloga.

_Eu sei que nunca fui uma boa mãe...e agora confirmo que também não sou boa avó._Estela falou humildemente.

_Pois pra mim, continuar tentando sempre...como você faz...já faz toda a diferença para alcançar o sucesso dos nossos projetos. _Helena tentou consolar a amiga._Eu erro...minha mãe erra...minha avó erra...todas nós erramos! Algumas se conformam, mas você não...você se preocupa em acertar e tenta sempre consertar o seu erro! Eu acho isso maravilhoso num ser humano, amiga! A humildade de assumir o erro e a persistência para corrigi-lo.

Aquilo não fez Estela se sentir melhor e ela suspirou tristemente pela milésima vez naquele encontro:

_Sei lá...estou perdendo a minha identidade...me sinto às vezes...tão vazia! É como se eu tivesse perdido todas as minhas receitas de felicidade, amiga! Me fechei para Aline com tudo isso que está acontecendo na minha família e agora estou sem escrever os livros dela. 

_Achei que era a sua missão espiritual._disse a psicóloga se lembrando das palavras da escritora quando veio lhe contar que psicografava os livros em nome do espírito de Aline.

_Eu também achei, Helena...mas agora, não sei de mais nada, confesso._lamentou deprimida._Começo a escrever e vêm a minha cabeça todos os problemas pelos quais estou passando e aí...não tem inspiração que aguente!

_Ah, Estela...você amava tanto escrever!_lamentou a amiga._Acredito que  seja por isso que você está assim com este mal-estar: excesso de contrariedades e nada de prazeroso na sua vida!

_Admito que isso tudo está acabando com a minha vida, mas confesso que o que mais pesa é Mateus que não me respeita mais  e está arrastando meu anjo Diogo  pro mal caminho...