capítulo /5

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Ian Montinny

Sem revisão

Estava cansado e com uma dor de cabeça filha da puta, entro no meu apartamento jogando meu blazer no sofá e indo direto para pegar uma bebida. Ergo meu pulso para verificar as horas e não passava das sete da noite. Vê o quanto Emilly estar crescida me fez vê por quanto tempo realmente estive fora. Seu cabelo estava maior, Colin com as feições da mãe e o jeito rude do seu pai era uma combinação perfeita. Um sorriso triste escapa dos meus lábios e mais uma vez percebo o que eu perdi. Perdi meu filho, me foi tirado e arrancado dos meus braços sem eu perceber. Culpa da minha arrogância do meu jeito e foi minha culpa por tê-la, e a forçado a seguir por esse caminho. Não tenho nem como culpa-la. Ela fez o que fez por minha culpa. Engraçado como uma pessoa pode ter a capacidade de ser boicotar ele mesmo. Ergo o copo de bebida para o ar e fazendo um gesto de reverencia, coloco para fora a única coisa que poderia ser dita no momento.

- parabéns, idiota. – deitando a cabeça para trás, bebo em um só gole a tequila que desce queimando minha garganta e se aloja em meu estomago corroendo como acido. 

- suas malas já estão lá em cima senhor. – olho de canto para o meu segurança. Alex usava um terno preto e uma arma jazia em sua cintura. Ele não tem família é um homem solteiro e um ano mais velho do que eu. – o pessoal já estar alojado um andar abaixo do seu, senhor. – a empresa Montinny é dona de vários imóvel em Manhattan só mais um em toda Nova York.

- tudo bem, - olho para o copo de forma melancólica e observo a vista da minha janela. A suíte principal, o ultimo andar do prédio, era onde cabia o meu apê. Observo Alex fechar a porta atrás de si. Não dava para vê as estrela mais dava para olha as luzes dos outros edifícios – sinto muito mãe, falhei com a senhora. – um lagrima rola por meu rosto e não tinha a mínima vontade de seca-la.

Acendo as luzes do meu quarto, não mudou nada assim como a minha vida. Tiro meus sapatos com os pés e os jogos para o canto. Deixo o copo que estava na minha mão na mesinha logo na entrada do  lado oposto para onde a porta abre. A camisa passa por minha cabeça e a deixo na cama a assim como minha calça. A cama era grande com lençóis e cobertas em cinza e branco, um quarto típico de solteiro. Só que lá no fundo eu não queria  mais ser assim. Levo a mão no peito onde batia o órgão que apesar de ser vital para nossa vida, ele era sádico e cruel. O coração é o único órgão que tinha o prazer de ver seus donos sofrerem. Para ele uma facada ou um tiro não era suficiente, para ele esse tipo de dor era saráveis. Não, ele era cruel como um inferno, ele queria uma dor que machucava e nos remoía, uma dor que nos deixava incapacitados que nos fazia ser a pior pessoa do mundo. Era esse tipo de dor que o maldito coração que carregamos no peito gostava.
Sabe o que é pior? É saber que ele tinha toda razão por me fazer passar por isso. Não sabia se era eu que era sádico por aceitar esse tipo de dor ou o coração por me fazer sentir essa merda, já que desfrutamos do mesmo corpo. Entro no banheiro e o azulejo negro estava frio, esperava e rezava para que a água do chuveiro estivesse igual. Meu corpo precisava relaxar e uma água quente faria com que meus músculos ficassem mais tensos. Assim que ligo o registro verifico se a água estava fria, sorrio por a maldita estar do jeito que queria. Assim que atingiu meus ombros, suspiro derrotado. Deixo toda a água relaxar meu corpo e me apoio com as duas mãos no boxe e, olho para meus pés. Água escorria por meus ombros, tórax e abdome, cuspo para fora a que deslizava por meu rosto e atingia meus baios.  Sempre gostei da escuridão de ficar sozinho e do silencio, mas hoje, agora todo esse fato me deixava letárgico, como se meu corpo esperasse por algo.
Essa escuridão esse silencio não me era bem vindo. Eu queria meu filho, queria vê-lo sorrir pela a primeira vez, queria vê-lo abri seus olhinhos e a pessoa que visse fosse eu. Era para ser eu a sua primeira direção ao dar o seu primeiro passo na vida.  Não sabia mais se que rolava por meu rosto era água ou minhas lagrimas. Pego o sabonete e passo por todo o meu corpo. Queria que ele limpasse a minha ignorância, minha burrice. Volto para debaixo do chuveiro esperando que a água fizesse o trabalho que o sabonete não fez. Mas nada tinha mudado, não havia uma maquina do tempo, não há nada que poderia fazer por hora. O único jeito era deixar o desenrolar das coisas e rezar para que os planos não desse erado.

IAN MONTINNY -  Os Montinn'S - Livro  4Onde histórias criam vida. Descubra agora