Capítulo/22

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Revisado por: AlineSena777.

Ian Montinny.

Minha cabeça doía, pisco três vezes, olho para o pequeno quarto em que estava deitado, não era um colchão era palha. O quarto possuía um banheiro que fedia e estava sujo como se alguém não usasse por anos. Pisco e tento mexer minhas pernas e mãos e percebo que estava amarrado. A última coisa que me lembrava dos nossos seguranças nos tirando as pressas do shopping e nosso carro sendo atacado e minha mãe desmaiando por uma coronhada na cabeça. Só aí, dou-me conta que minha mãe não estava comigo.

— Onde está minha mãe! — grito para uma câmera no canto direito do quarto, acima da minha cabeça. — Onde está a minha mãe! Solte-me seus desgraçados! — tento forçar as cordas mas elas se apertavam cada vez que as forçava.

— Quem são vocês?! — grito em plenos pulmões e todas às vezes recebia o silêncio. Ora observando o quarto pequeno, sem comida, água. Era noite e nada deles e da minha mãe.

Tentava ficar calmo e trazer à tona todos os meus treinamentos. Pela grade da janela via-se que estava escurecendo. De repente a fechadura da porta de ferro é forçada e a mesma se abre com um rangido revelando minha mãe sendo empurrada por dois homens altos e fortes. Ela cai no chão, aos meus pés, e encaro os infelizes com ódio.

Ao mesmo tempo o alívio me consumia por vê-la, mas ela não estava bem. Eu estava em choque quando seu rosto revelado para mim em preocupação, inchado e roxo. Ela tinha apanhado. Seus braços e pernas revelavam que ela tinha sido amarada enquanto eles batiam nela.

— Graça a Deus você está bem! — seu toque era tão quente, o alívio que soou de seus lábios cortados, fez por pouco, lágrimas escorrerem dos meus olhos. — Eles tocaram em você? — não conseguia falar, estava tão em choque por vê-la naquele estado que palavras não vinham a minha garganta.

Minha mãe segurava cada lado do meu rosto e procurava em seguida marcas de alguma agressão.

— Eu, eu... Você? — Seu sorriso era tão caloroso e cheio de amor ao olhar para mim, mesmo machucada com os lábios cortados inchados, ela conseguia sorrir. — мать!, mãe — sussurro em seus braços.

— Haja o que houver, não olhe tudo bem? Prometa que assim que aquelas portas forem abertas...Ian jure-me que não vai olhar. — Mas não deu tempo de prometer.

A porta é aberta com força e três homens arrancam-me dos braços de minha mãe. Grito, xingo mesmo estando amarrados. Minha mãe permanecia forte sem resmungar enquanto um dos infelizes a segurava pelos seus cabelos.

— NÃAAAA! — Grito em desespero quando outro soca sua barriga a fazendo torcer de dor. Um quarto homem passa pela porta, suas vestes eram caras, finas. Ele sorri em vitória para minha mãe.

— Achou que tinha morrido? — Ele segura o queixo de minha mãe com força — De longe presenciei você desfrutando do que era meu, sua felicidade, seu patrimônio tudo que você me roubou voltara para minhas mãos. — Minha mãe cospe na cara dele e ganha um tapa que faz seu rosto virar.

— Não toque nela seu desgraçado! — O infeliz acena para um dos seus homens, ele me coloca de joelhos e levo dois socos na boca do meu estômago e um na minha costela. — Eu vou matar você. — O encaro com ódio.

— Tão igual ao seu pai. — Ele segura meu rosto me forçando a olhar para minha mãe que o encarava com sede de sangue. — Vê Victória, sua família a ama, Diga-me onde está o mapa?

— Ele não deu para mim. Sabe melhor do que eu que ele não daria para mim. — O desgraçado sorri sádico.

— Me dirá se mandar estuprar seu filho na sua frente. — Sinto meu corpo gelar de medo e minha mãe começa a xingá-lo e se debater nos braços dos homens que a seguravam.

IAN MONTINNY -  Os Montinn'S - Livro  4Onde histórias criam vida. Descubra agora