Capítulo/23

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Revisado por: AlineSena777


Grécia— Ilha de Simi.

Donatello viu a lancha voar sobre a água carregando seu cunhado e mais vinte homens que ele nunca vira em sua vida. Na janela do seu quarto ele viu o momento que ela parou, Diogo estava na ponte à espera do seu esposo. Seu irmão estava feliz, via-se isso nos olhos de Diogo. O vento balançava os cabelos dos dois, observar seu irmão estendendo a mão para que seu ex-chefe se apoie e puxe-o para um forte abraço com apenas um roçar de narizes.

A porta do seu quarto foi aberta, ele não se atreveu olhar para saber quem era. Observar seu irmão era mais fascinante do que a pessoa que se apoiou ao seu lado na enorme janela.

— Você poderia ter isso se não fosse um idiota. — Suspirar era mais fácil do que se dignar a responder ao seu cunhado. — Porque está claro que aquele velho na outra ala, sente o mesmo por você.

Don escara a extensa área do mar, a praia limpa e privada naquela parte. A ilha pertencia a sua família por gerações. Estava no lugar que ele não queria, apenas para que Diogo pudesse ter a vida que ele sempre sonhou, foi por isso que Don resolveu ficar para que Diogo não se transforme no monstro sanguinário que ele se transformou uma vez, apenas uma vez, quando ele resgatou nossa mãe.

— Olhe para ele, olhe bem para ele — Don continuava a encarar seu irmão. Diogo usava um sapatênis, bermuda branca de linho e uma camisa ¾ de algodão, sua vestimenta era como a de um anjo. Don não resolveu tomar o lugar do seu irmão para que ele seja feliz para depois colocá-lo nesse inferno de novo. Ele não era tão cruel assim. — minha outra opção para ter o que eu quero é, — sua cara estava neutra ao encará-lo — se Julian fosse o líder do clã.

Sua expressão muda diante dessa possibilidade. Engoli em seco e encara o céu azul com nuvens que pareciam mais como algodão doce, eram as suas únicas opções.

— Não posso jogar esse fardo nas costas de Julian, Estefan. — Julian aparece no meio do caminho e cumprimenta Nike em um aperto de mão, os homens que vieram com Nike vieram logo atrás. Algo chama sua atenção, uma bela mulher que usava um jaleco branco e uma grande maleta prateada, os seguiam ao meio dos homens.

— Você deveria, pelo o menos, deixar meu marido escolher seu caminho. — Estefan o encarava, mas Don via o medo nos olhos azuis de seu cunhado.

— Vai por mim, — Don coloca sua mão no ombro de Estefan — será melhor deixar do jeito que está.

— Obrigado. — Sua respiração era tão profunda e sincera que Don apenas lhe deu seu sorriso branco.

— Agora vá, e peça para arrumar quartos para todos. — Estefan aperta sua mão e sorri, sabia que ele entendia seu ponto. Don viu nos olhos do outro homem, na sua frente, o agradecimento e pura gratidão. Por hora, ele estava bem do jeito que as coisas iam.

Há dois dias o pai de Brian estava em sua ilha, junto com Enzo e Adam sem falar em seus dois filhos, os gêmeos que estavam crescidos. O coroa tarado, não lhe dirigiu mais do que o necessário, acima dos limites neutros. Era como se eles fossem dois estranhos. Algo corroía no peito de Don, queimava e ardia, nada que ele não pudesse aguentar.

Ouve o som do seu telefone tocando em cima do prato de bronze na estante, perto da televisão, em dois passos ele já estava com o seu aparelho nas mãos.

— Floro. — o suspiro nervoso do outro lado da linha.

— Tio! — O garoto que veio para treinar em sua Ilha estava com a voz meio que turva.

— Jean, você está bem? — sentar era a única coisa que ele poderia fazer.

— Soube que ele está aí com o senhor, na ilha. — Levar a mão para trás de sua cabeça foi a forma que ele encontrou para aliviar seu nervo.

IAN MONTINNY -  Os Montinn'S - Livro  4Onde histórias criam vida. Descubra agora