Prólogo

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A garota chorava compulsivamente sentada em uma cadeira a frente da mesa do diretor, a mão levada a boca e os ombros se sacudindo enquanto ela tremia, foi essa visão que recebeu Severo Snape assim que subiu a sala do diretor naquela manhã

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A garota chorava compulsivamente sentada em uma cadeira a frente da mesa do diretor, a mão levada a boca e os ombros se sacudindo enquanto ela tremia, foi essa visão que recebeu Severo Snape assim que subiu a sala do diretor naquela manhã.

O diretor se levantou sim que o viu após oferecer um copo de água a menina que soluçava, as mãos tão trêmulas da aluna fizeram um pouco da água do recipiente se derramar em seu colo, mas ela não pareceu notar. Nem quando o diretor pediu licença a ela e caminhou ate o garoto parado a entrada. E pedindo a Severo para entrar e esperar por ele ali, se retirou para avisar a todos os professores da moça pessoalmente que ela não precisaria frequentar as aulas pela próxima semana.

Severo continuou parado no exato lugar que estava enquanto o diretor saia, e o deixava naquela sala com a desconhecida, de vestes amarelo e preto, cujo os soluços ecoavam na arquitetura circular do lugar.

O lugar estava gelado graças ao frio de novembro, que parecia lutar bravamente com o fogo estalando na lenha na lareira do cômodo. Ele se perguntou se a menina notava o frio ali, porque não usava nada além do uniforme normal.

Sua mãe havia morrido, era o que ouvia em sua mente repetidas vezes, Amélia não podia acreditar nisso, por mais que soubesse que era verdade, ela devia ter esperado, a mãe sofria de uma doença crônica, sem cura trouxa ou bruxa, resistia bravamente a anos, sofrendo muito nesse tempo. Ela deveria ficar feliz pela mãe não ter de passar por isso de novo nunca mais? Então por que só conseguia chorar? Devia ter estado lá com ela, para ela! Depois do abandono do marido, era dever dela como filha cuidar dela. Maldita a hora que a deixou sozinha naquele hospital trouxa em Manhatan.

Mais ela parecia tão melhor. Se lembrava de ter ajudado a ela a arrumar as coisas na mala para a escola com um sorriso gigante no rosto.

Com a lembrança Amélia chorou de desespero, as lagrimas quentes desciam por suas bochechas uma atrás da outra de forma ininterrupta. Queria a mãe de volta com todas as forças.

Já tinha se perdido da realidade a muito quando foi trazida de volta pelo tecido robusto escorregando pelos seus ombros, o cheiro de canela e livros novos alcançando seu nariz. Um blazer de uniforme, como o seu que estava em algum lugar de seu dormitório. Registrou o emblema verde escuro bordado nele, levantou os olhos e procurou quem o tinha colocado sobre ela, viu as costas de um menino alto e esguio se afastando e virando apenas para se sentar em um banco discreto no fim da sala, onde ele ficou sem dizer uma palavra ou olhar diretamente para ela.

Ela sabia quem ele era, ouvia falar dele vez ou outra pelos corredor, via as pegadinhas de mal gosto que aprontavam com ele. O garoto esquisito. Diziam. Ela nunca tinha falado com ele, no entanto ele preocupou-se se ela tinha frio.

Apertou o casaco em volta de si, distraída o suficiente para chorar bem mais fracamente, os ruídos diminuindo, as lagrimas mais silenciosas enquanto o observava por cima de seu ombro. Seus olhos se abrindo para existência dele de uma perspectiva diferente, que ela não compreendia, mas estava lá.

Ele sentia os olhos dela nele, e incomodado com a atenção repentina, olhava para qualquer ponto longe da mesma, carrancudo. Não deveria ter-lhe colocado o casaco, agora era ele quem tinha frio, e ela sequer agradeceu. Talvez devesse pegar o blazer de volta, mas se recusava a faze-lo. Seria ridículo. Assim só se levantou e foi embora.

Amélia o observou sair, e ficou ali, tinha voltado a chorar quando Dumbleodore voltou, teve de tomar um calmante mais forte antes de voltar a seu dormitório.

Isso ocorreu no inicio do terceiro ano, e mudou os seguintes, a sua maneira. Amélia Blackwood pensaria naquele dia, anos mais tarde, como o dia em que descobriu algo de valor inestimável.

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 ℳℯ𝓊 𝒫𝓇𝒾𝓃𝒸𝒾𝓅ℯ ℐ𝓂𝓅ℯ𝓇𝒻ℯ𝒾𝓉ℴ.- 𝐒𝐞𝐯𝐞𝐫𝐨 𝐒𝐧𝐚𝐩𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora