- O destino está sempre se reescrevendo através de nossas escolhas.
Eu sempre acreditei que tinha um momento primordial na nossa vida, que mudava nosso geito de ver as coisas, que nos tornava quem éramos, e determinava como nos relacionavamos com as...
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— Me diz, de verdade. Você ainda sente algo por ela? — Amy tinha me perguntado aquela manhã e eu tinha hesitado por tempo suficiente para fazer ela ir embora.
Por um minuto eu diria não, e serua mentira, então parei, devia ter mentido, mas eu não consegui.
Que droga, eu sempre estrago tudo.
Relembrei enquanto ouvia meus livros baterem fortemente contra a parede do dormitório vazio, isso meio segunto antes de Regulos entrar.
— Mais que merda ...— falou espantado.
— Não hoje, Black. — me joguei na cama de qualquer jeito e passei as mãos pelo rosto nervosamente.
— A conversa não correu bem. — Não foi uma pergunta.
— foi péssimo.
— Então você fez mesmo coisa errada. — ouvi a as molas da outra cama. — me conta.
Contei, sem detalhes. Das três unicas pessoas com quem eu podia conversar mais abertamente, Régulos Black era o único disponível. Lilian tinha saído da minha vida e Amélia estava prestes a fazer o mesmo, e a culpa é minha.
Ele ficou em silêncio por um bom tempo antes de se pronunciar, e a voz chegou a mim como algo gelado.
— Você é um infeliz, aquela garota te amo, faz das tripas coração para te agradar e você consegue estragar tudo. Ela devia mesmo te deixar se você não consegue gostar mais dela que da garota que te ignorou a vida toda, você não a merece. E é isso. Deixe a garota em paz — falou.
Me senti empalidecer. Deixar Amélia ir não era nem uma hipótese, de onde inferno ele tinha tirado isso?! Ela é minha, ela já disse que é. Não pode deixar de ser de uma hora para a outra.
— Cala a boca, você não sabe do que está falando. — cerrei os punhos de raiva sentando na cama.
— Você obviamente não a ama. Deixe ela ser feliz com outra pessoa. — falou inexpressivo, a voz dura como a minha.
Raiva e ciúmes contorceram meu estômago, Amélia não era de outro homem, nunca seria, eu prefiriria morrer ao ver isso. Ela era minha e eu dela, jurou que seria assim e ela cumpria suas promessas. Nos entediamos de um jeito que eu não saberia colocar em palavras, nada podia nos separar.
Eu tinha me tornado dependente demais dela para sobreviver a isso.
— Nós vamos ficar bem. Ela é feliz comigo. — digo entredentes.
Ele da uma risada de escárnio.
— duvido que ela esteja feliz agora.
Senti as palavras como um soco no estômago. Ela devia estar chorando, e de todas as coisas era isso que me deixava louco, ela nem conseguia olhar para mim e as amigas dela voltaram a envolve-la naquela bolha impenetrável.
