Capítulo 13

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— se é aniversário da mãe dela, por que você não manda um cartão ou sei lá? — perguntou Mulciber

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— se é aniversário da mãe dela, por que você não manda um cartão ou sei lá? — perguntou Mulciber .

— Considerando que a mãe dela morreu eu acho que não seria a melhor das ideias. — falei terminando de colocar os doces na mochila.

Mulciber fez careta com o fato, tinha vindo falar com Régulos sobre a final de quadribol mas parara para dar palpite assim viu os doces e Avery, com sua boca grande, disse que os doces eram para a Amélia.

— To com ele nos doces, funciona pra quase tudo. — falou Avery.

— Por que mesmo você ta fazendo isso? — mulciber questionou franzindo o cenho.

Tudo bem que eu não era de fazer isso, mais tambem não era como se fosse coisa de outro mundo. Caramba, a garota tinha me ajudado e Merlim sabe o dia infernal que tive, não me custava ir falar com ela hoje, devia estar péssima, ja que a Walker, amiga dela, se sentiu obrigada a me informar sobre o acontecido, de outra forma eu não teria sabido, Amelia não tinha dito uma palavra sobre, o que era incomum já que ela parecia estar sempre me contando a vida toda dela, não que eu ouvisse a maioria, não queria dizer que eu não ouvia algo coisa, ouvia até mais ultimamente, vendo que me esforçava para fazer isso. Quando ela chorou no banheiro depois da Estoria, pensei que fosse só a saudade da mãe dela que a atingiu mais forte com o conto que sua mãe lhe contava, eu não tinha ideia de que o aniversário da mãe dela estava tão perto, e se soubesse ja naquele momento, não sei se conseguiria dar a ele a devida importância, meus problemas martelando na minha cabeça, as lembranças ruins, as pessoas rindo de mim, a humilhação, o ridículo. Eu mau podia respirar naquele momento, ficava pensando que essa não era a ultima vez, que ia acontecer denovo e denovo, e eu sabia que era verdade, e isso me despertava profunda agonia. Eu não seria uma boa companhia para ninguem naquela hora, em especial naquela hora, então fiquei quase aliviado por Amélia estar ali para me ajudar, porque independente do que eu pensava, eu era capaz de admitir que ela era uma boa pessoa.

Na manhã seguinte Lilian perguntou se eu estava bem, eu falei que sim, cansado de dizer que não a muito tempo, eu não gostava de enfantizar que eu estava na merda, que queria mais que tudo que aquilo parasse de uma vez, não adiantava, não mudava nada, só a fazia ter pena de mim, e eu não queria isso de Lili. Mas eu não conseguia não me sentir mal todas as vezes que ela acreditava, ou fingia acreditar. Não era como antes, nossa amizade não era mais a mesma, ela não se interessava por nossas conversas tanto quanto antes, mesmo que conseguissemos conversar por varias horas sem esforço, parecia que ela não estava totalmente ali. As criticas tambem estavam aumentando, ela não gostava de Mulciber, Regulos ou Avery. Eu entendia os motivos dela, e fazia com que eles não fossem grosseros, mesmo que ficasse claro que tambem não gostavam dela, eles não ficavam dizendo para eu afasta-la, queria que ela entendesse que esses são os meus amigos independente de qualquer outra coisa, são eles que me apoiam e com quem converso. As vezes sinto que ela quer que eu fique sozinho, as vezes acho que ela pensa que é o melhor. Mas me pergunto como ela reagiria se eu pedisse que se afastasse de suas amigas, pelo menos uma eu sabia que estava longe de ser boa influência. Mas eu não faço, porque consigo me colocar no lugar dela, queria que ela se colocasse no meu.

 ℳℯ𝓊 𝒫𝓇𝒾𝓃𝒸𝒾𝓅ℯ ℐ𝓂𝓅ℯ𝓇𝒻ℯ𝒾𝓉ℴ.- 𝐒𝐞𝐯𝐞𝐫𝐨 𝐒𝐧𝐚𝐩𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora