— Eu realmente não queria que você conhecesse essa sala assim. — tinha falado assim que entramos no que ele chamava de Sala Precisa.
No meu estado ele não queria que eu voltasse ao dormitório e eu mesma não queria. Eu queri silêncio e descanso, talvez dormir e limpar a mente com sonhos, sem que ninguem me perguntasse nada. E ele resolveu me trazer ali quando consegui expressar isso. Ele não tinha me dito como me encotrou ali e eu não tinha cabeça para pensar nisso, mesmo que minhas lágrimas estivessem quase, se não secas, eu ainda sentia uma dor de cabeça decorrente do choro.
Olhei para a sala, abalada demais para me impressionar. Ela parecia uma sala de estar normal, com dois grandes sofás com mantas, um divã ali perto. Livros e xícaras de café em uma mesinha de crento, biscoitos em um prato que exalavam um cheiro gosto de gengibre e mel, que lembravam os da minha mãe. _ parte de mim sentiu a saudade mais forte, mais a lembrança não me fazia chorar, me acalentava, de certa forma. _ o lugar era frio de um jeito preguiçoso. Acho que eu entendi o que Severo quis dizer com sala precisa.
— Vem. — falou conduzindo-me com uma mão em minhas costas até o sofa fofo e aparente macio.
Me sentei nele e Snape se pôs de joelhos e tirou meu sapato sem falar nada, estranhei mas não questionei, parte de mim sempre acreditava que ele sabia o que estava fazendo. Assim não relutei quando ele posicionou um travasseiro no sofá, segurou meus ombros sem força, apenas uma leve pressão e me conduziu a deitar, a cabeça repousando no travesseiro. Como se colocasse uma criança a dormir. Assim ele me cobriu com a manta e disse que eu devia dormir, como eu disse que queria.
Então ele se afastou ja em pé.
Tive medo que fosse embora e o chamei.
— Sim, Amy? — perguntou, as mãos nos pousos.
— Você vai embora?
Ele negou com a cabeça.
— Vou estar bem ali. — apontou para outro sofá. — quando você acordar.
Observei ele ir até ali, pegar um livro qualquer no caminho e se sentar. Ele diminui a luz do lugar e usou a varinha para iluminar sua leitura.
Não aguentando mais a dor de cabeça e os pensamentos, fechei os olhos e me obriguei a dormir, até conseguir.
Quando eu acordei, ele ainda estava lá. No sofá, deitado, o braço atrás da cabeça e olhava para o teto, ele demorou pouco tempo para viraros olhos e o rosto em minha direção, como se sentindo que era observado.
— A dor passou? — acho que se referia a minha cabeça.
Sentei com um leve bocejo.
— Sim. — a pressão na cabeça tinha aliviado, ainda haviam coisas vagando na minha mente, mas a emoção tinha sido apagada em parte após o calor do momento e o tempo em que dormi, talvez por eu ter acabado de acordar. — que horas são?
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ℳℯ𝓊 𝒫𝓇𝒾𝓃𝒸𝒾𝓅ℯ ℐ𝓂𝓅ℯ𝓇𝒻ℯ𝒾𝓉ℴ.- 𝐒𝐞𝐯𝐞𝐫𝐨 𝐒𝐧𝐚𝐩𝐞
Fanfiction- O destino está sempre se reescrevendo através de nossas escolhas. Eu sempre acreditei que tinha um momento primordial na nossa vida, que mudava nosso geito de ver as coisas, que nos tornava quem éramos, e determinava como nos relacionavamos com as...