Procurei por cabines vazias pelos vagões junto com Jade e Edith, Aurora chegou antes da gente, se a encontrarmos sentaremos com ela. Imagino que Severo deve estar com Régulos e outros ou Lilian, sinto um pouco de ciúmes com o pensamento.
— Senta com a gente. O Avery e eu estamos sozinhos na cabine. — Fala Anna quando aencontro pelo corredor.
Fiz uma leve careta com a idéia de ficar na mesma cabine que um casal, aposto que se o Avery estivesse aqui faria uma careta parecida.
— Eeer, não precisa An. Eu e as meninas ficamos de sentar com uma amiga. — falo me desculpando.
Ela da de ombros e se despede.
— Quem é ela? — perguntou Jade.
— Anna Carpl, é namorada de um amigo do Severo. — falei.
— O tal Avery? — perguntou a ruiva.
Anui e voltamos a procurar, por fim sentamos com dois corvinos, o resto do trem parecia cheio e não queriamos arriscar.
Fiquei ansiosa durante toda a viagem, bati tanto meu pe no chão que tive medo de abrir um buraco no trem. Acontece que eu não gostava nada da casa da minha avó, tambem não gostava dela e tão pouco ela de mim. Eu não queria ter que voltar lá, tive de passar algumas semanas na casa de Margareth após a morte da minha mãe, a experiência não havia sido agradável. Porem, eu morava com ela agora, e não tinha mais para onde ir, eu tinha outros parentes, mas parentes paternos distantes, aos quais eu não conhecia então nao fazia diferença. Infelizmente — como ela já apontou — Sou a única neta que ela tem, o meu "tio" e filho mais velho dela é estéril, o meu pai ninguem sabe onde se infiou, e então ali estava eu tendo de bater a sua porta após ela receber a carta do diretor informando minha situação já que não havia mais ninguem para faze-lo. Ela não tinha ficado nada feliz com a minha existência, a filha de uma trouxa com o seu sangue, para uma familia tradicional e reservada como Dawlish deve ter sido um choque e tanto.
Queria ter falando com Aurora, Severo ou Regulos antes de entrar no trem. Provavelmente eu não os veria na estação durante o desembarque, pretendia escrever-lhes cartas durante as ferias, assim como faria com Jade, Edith e Ludmila. Estava feliz por ter conseguido o endereço de Snape, de toda a forma.
Quando paramos na estação de Londres eu ja confirmei que estava certa, fora aquelas que ja estavam comigo na cabine _as quais foram rapidamente sumindo na multidão na busca de suas familias_ não vi mais nenhum de meus amigos na multidão de estudantes, embora tenha visto Remus _um dos marotos_ ali perto.
Não havia ninguem me esperando, parte de mim sabia que não haveria. Eu devia me acostumar com isso, com não ter ninguem me esperando. Mas nessas horas meu coração se apertava e eu acabava esperando ver minha mãe surgir de algum lugar, era algo involuntário.. e depois era só doloroso. Fazia mais de anos que minha mãe tinha me levado ou me buscado ali, a doença a impedia de se locomover grandes distâncias, e para ir a Hogwarts alem do trem que levava a escola eu tinha que pegar um avião de Nova York para a Iglaterra, muitas horas de vôo. Minha mãe tinha tido de me declarar autônoma em certo momento para eu poder transitar sozinha de um pais ao outro dentro da lei trouxa, era perigoso, mas eu tinha uma varinha e era uma bruxa, contanto que eu não cruzasse com bruxos mal intencionados, eu ficaria bem.
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ℳℯ𝓊 𝒫𝓇𝒾𝓃𝒸𝒾𝓅ℯ ℐ𝓂𝓅ℯ𝓇𝒻ℯ𝒾𝓉ℴ.- 𝐒𝐞𝐯𝐞𝐫𝐨 𝐒𝐧𝐚𝐩𝐞
أدب الهواة- O destino está sempre se reescrevendo através de nossas escolhas. Eu sempre acreditei que tinha um momento primordial na nossa vida, que mudava nosso geito de ver as coisas, que nos tornava quem éramos, e determinava como nos relacionavamos com as...