Na manhã da palestra Severo acordou com febre e decidi ficar em casa para cuidar dele, ja que ele não estava se sentindo bem na noite passada, por mais que ele fingisse que estava estava, acontece que eu ja estava acostumada demais com ele para saber prestar atenção nos detalhes, do jeito que ele era, ia ignorar o mal estar até que ele sumisse sem dizer uma palavra. O que eu não deixaria e Snape sabe, ele que lhe dê comigo, vou cuidar desde teimoso assim mesmo.
Acontece que não existia poção para tudo, então o jeito era a boa e velha compressa fria, banhos, um bom chá e comida.
— Você não precisa ficar, eu aguento até você voltar. — dizia Enquando eu lhe colocava meias frias e limpas, como minha mãe fazia comigo. Não sei se funcionava mais não fazia mal tentar. Eu tinha esticado duas toalhas em baixo dos seus pes na cama para evitar a humidade.
Ele insistia que era só febre, mais a febre era alta, e mesmo que não fosse. Qual o problema em me deixar cuidar disso?
— Severo Snape, isso não está em discussão. — sentei ao seu lado da cama e comecei a passar um pano frio em seu rosto antes de repousa-lo em sua testa.
Ele tinha acabado de tomar banho e insistia em sair da cama, que era besteira e que a febre não matava nem nada. Irritada com sua recusa disse que se ele não ficasse quieto e descansando não fariamos sexo o resto da semana. Funcionara e ele se encontrava carrancudo me olhando com os braços cruzados na cama, parecendo muito com um garotinho de sete anos emburrado.
Estava tentando se livrar de mim me mandando para a palestra, deixei claro que eu ia ficar em casa até ele melhorar e aí dele que se levantasse para algo alem de ir ao banheiro até que sua febre se fosse.
Foi a briga mais estranha que já tive, foi tambem a primeira vez que me lembro de me impor a Severo. Parecia que eu me precupava mais com ele do que ele mesmo, não era algo novo para mim, mas parecia ser para ele. Ele ia ter que se acostumar.
— Me sinto um inválido. — resmungou.
Revirei os olhos.
— Vou fazer sua comida. — informei e me retirei para a cozinha.
Ao meio dia, depois que Severo e eu comemos a sopa que eu fiz, escrevi para Jade me desculpando por faltar a palestra, que devia estar acabando, expliquei que Sev tinha acordado ruim e que eu fiquei para cuidar dele, tambem informei que a veria amanhã se ele já estivesse melhor. Entreguei a coruja negra que Severo e eu tinhamos comprando no dia antes da véspera do natal, Sombra era seu nome.
— Não quero ficar deitado o dia todo. — dizia Severo quando entrei no quarto com meu "pijama" menos decente que tinha comprado recentemente.
Achei que seria mais fácil mante-lo na cama assim. Como ele estava me olhando com mais atenção que o normal assim que sai do banheiro, pensei que eu tinha acertado, então seus olhos se estreitaram e eu hesitei.
— Isso é golpe baixo, Blackwood. — disse severamente.
— Eu sei. — porcaria, por que eu não consigo parar de falar sem pensar?
— ja tinha concordado em ficar na cama. — falou.
Mexi minhas mãos uma com a outra constrangida por ser pega.
— Só queria te agradar para você não reclamar tanto. — confesso.
— Bem, eu posso tentar. — disse depois de um tempo me avaliando. — vai usar essa camisola sempre que eu ficar doente?
Olhei para minha camisola de seda rosa e lisa, um pouco, bem pouquinho transparente.
— Você não gosta? — perguntei mordendo o lábio insegura.
— Não, pode usar. — falou simplesmente. — mas você só esta me provocando ou posso tocar em você?
Sorri para ele largamente.
— pode me tocar, só não se canse. — falei e fui até ele.
Acabou que ele ainda não estava totalmente bem no dia seguinte, mais estava melhor.
Escrevi de novo para Jade avisando que passaria lá pela manhã e perguntando se haveria problema. De noite recebi uma carta, não de Jade e não com a resposta que eu esperava.
Tive de me sentar quando li seu conteúdo, senti Snape ao meu lado sem saber como ele tinha se aproximado. Não cheguei a terminar de ler a carta, eu desmaiei.
Ela estava muito pálida e no segundo seguinte desmaiou, só desabou como um peso morto na cama.
Assustado a segurei e tentei acorda-la, chamei seu nome vezes sem conta, sacudi, nada. Nervoso e sem saber o que fazer ou consegui raciocíniar direito, ajeitei ela na cama e quase corri até a vizinha da frente e esmurrei sua porta, ela tinha aberto assustada pelo barulho e a violência que bati na porta. Tentei explicar o que estava acontecendo e perguntando se ela sabia como acorda-la, que ela não estava acordando.
Jaclyn perguntou se eu tinha algum álcool em casa e eu disse que não, ele andou apressada pela sua casa e voltou com uma garrava de bebida e me seguiu apressada para meu apartamento, colocou a mão na testa de Amélia e no pescoço e disse que ela estava fria, que a pressão dela devia ter caído. Então me pediu uma toalha ou um pano limpo, peguei no banheiro e dei para ela.
Ela molhou com a bebida e me deu a garrafa para segurar. Colocou a Parte toalha da toalha em seu nariz, em segundos Amélia acordou e sentou devagar, olhou em volta, parecendo confusa, então sua expressão clareou e seus olhos se encheram de lagrimas, me aproximei dela imediatamente e ela se jogou contra mim, me abraçando trêmula e chorando, seu ombros se remechendo e ela em seguida começou a soluçar.
— O que aconteceu? — perguntou Jaclyn olhando para nós sem entender.
— Não sei. — falei a comprimindo entre meus braços, ela me abraçava tão forte que era quase doloroso, e eu estava confuso e inquieto.
Que diabos tinha acontecido para ela estar assim?
Olhei para a carta no chão com um sensação nauseante, porem não podia soltar Amélia para ler ela agora, por mais que ler a carta me deixava hesitante, não queria perguntar a Amélia se isso ia deixar ela pior.
Agradeci dizendo e ela se retirou rapidamente, sem saber que outra coisa fazer.
Só pude tocar a carta quando consegui fazer Amélia deitar na cama, ela fez e parecia mais controlada, mas continuou chorando silenciosamente enquanto eu me afastava para pegar a carta.
Então eu entendi, com dor no coração, porque Amélia estava daquele jeito.
A palestra tinha sido alvo de comensais da morte. Jade estava no hospital, Aurora e Ludmila tinham morrido.
Como se sentindo a notícia uma segunda vez, o choro de Amélia aumentou, e os soluços altos, tornaram-se gritos de dor.
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ℳℯ𝓊 𝒫𝓇𝒾𝓃𝒸𝒾𝓅ℯ ℐ𝓂𝓅ℯ𝓇𝒻ℯ𝒾𝓉ℴ.- 𝐒𝐞𝐯𝐞𝐫𝐨 𝐒𝐧𝐚𝐩𝐞
Fanfiction- O destino está sempre se reescrevendo através de nossas escolhas. Eu sempre acreditei que tinha um momento primordial na nossa vida, que mudava nosso geito de ver as coisas, que nos tornava quem éramos, e determinava como nos relacionavamos com as...