- O destino está sempre se reescrevendo através de nossas escolhas.
Eu sempre acreditei que tinha um momento primordial na nossa vida, que mudava nosso geito de ver as coisas, que nos tornava quem éramos, e determinava como nos relacionavamos com as...
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Eu estava me empurrando no vestido de baile que eu tinha trazido lá do Brasil agradecendo por não ser do tipo que amassa porque eu não queria ter que passar ele, quando Amélia saiu de toalha do banheiro e foi ate sua cômoda, as coisas dela estavam cheias de arranhões e ematomas que iam do vermelho até o roxo, que não podiam ser encobertos pela toalha.
Pareciam bem recentes e me alarmaram.
— O que aconteceu com as suas costas? — perguntei parando de me contorcer para tentar fechar o ziper do meu vestido sozinda.
Ela se virou rápido.
— Não é nada! — sua voz foi brusca de um jeito que eu nunca vi a vi ser e fez com que eu me encolhesse. Ela se recompôs no segundo seguinte e disse com uma voz mais suave, de um jeito persuasivo. — Desculpe, apenas não é nada com que você deva ser preocupar.
Anui com atraso e ela se virou sem mais nenhuma palavra para sua cômoda e puxou um vestido negro de mangas longas de renda. E me ignorou, resolvi fazer o mesmo. Fiquei chateada com o tom de voz dela, eu só tinha ficado preocupada, ela não precisava ser tão grossa.
Ja tinha se passado mais de um mês e eu ainda não tinha me aproximado das meninas, eu até tentava, mais Mary não conseguia parar de rir de mim quando conversavamos e eu ficava muito sem graça, eu sabia que meu inglês não era perfeito e que eu trocava algumas palavras, e que eu tinha sotaque em alguns momentos, mas não deixava de ser desconfortável. Daniel e Clara _ dois lufanos _ estavam tentando me ajudar nisso, mas eu não aprendia tão rápido. Ja Isadora tinha um namorado na Grifinoria e quando não estava com ele estava com a Mary e a Amélia, ou só a Mary, as vezes só estava lendo algum romance de época, e eu não comseguia me introduzir em uma conversa com elas e não achava legal interromper a leitura da Isadora. Com a Amélia o negócio era mais embaixo, ela não passava muito tempo no quarto, e só passava o dia com Mary e Isa em dias esporádicos, nos outros dias ela estava com a turma popular da sonserina ou com o namorado, as vezes com os dois, e nenhum dos dois parecem ser muito simpáticos. E quando Amélia esta no quarto ela e as meninas estão conversando sobre assuntos que não entendo, fazendo as unhas, fazendo tranças ou brincando de algumas coisas entre elas, uma vez me chamaram para brincar com elas, mais a brincadeira perdeu a graça de tão quietas que elas tinham ficado, fiquei com pena delas e depois disso venho recusando educadamente as brincadeiras. Em vez disso fico com Clara e Daniel sempre que posso, eles são bem legais e fico confortável com eles.
Vi Blackwood apontar a varinha para as próprias costas e todos os seus botões se fecharam. Fiquei boquiaberta enquanto ela colocava a varinha em cima da comoda e ia se olhar no espelho de corpo inteiro pendurado na porta. O vestido propositalmente cobriu quase todos os ematomas.
Isadora apareceu pela porta ja meio arrumada fazendo a Loira se afastar para ela passar. Nesse tempo Mary saio do banheiro ainda de tolha.
— Uau. Que vestido lindo. — falou Mary olhando para Amélia.
