- O destino está sempre se reescrevendo através de nossas escolhas.
Eu sempre acreditei que tinha um momento primordial na nossa vida, que mudava nosso geito de ver as coisas, que nos tornava quem éramos, e determinava como nos relacionavamos com as...
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Minha cabeça estava prestes a explodir de tanto que eu a estava forçando naquelas últimas questões, o NOMS eram os níveis ordinários da magia, ainda assim não era fáceis, e eu tinja me esforçado demais nos últimos dois anos para me sair bem nisso, não importava se eu ficaria ali até o fim do tempo, eu ia fazer aquilo direito. Mais forçar tanto assim para lembrar o conteúdo cobrava seu preço e uma dor de cabeça tinha se instalado em mim, mas eu não podia fazer nada quanto a isso agora, quando saisse eu passaria na enfermaria.
Acontece que era muita pressão, no mundo da magia não existiam faculdades, essa duas provas _ os NOMS e os NIEMS _ são as únicas coisas que podem garantir um bom futuro no mundo da magia. Em pensar que eu mal ligava para isso antes da minha mãe morrer, eu estava mais ocupada tentando cuidar dela e de mim mesma, e quando estava na escola eu fica preocupada com ela em casa, e depois no hospital. Parte de mim tinha se recusado a pensar num futuro sem ela, talvez eu esperasse um milagre, as vezes eu acho que foi melhor assim, ela deixou de sofrer.
Mudei minha linha de pensamento, não era hora para ficar triste.
Não sei se Severo ainda esta no salão porque me sentei de costas para sua mesa para poder me concentrar, mais acho que não.
Aurora ja tinha saído a um tempo _ eu vi _ outra pessoa que eu apostava que ja teria saído era Miracle, mesmo que eu não pudesse confirmar. Quando pensei nisso vi sua irmã levantando e entregando o caderno de prova para a professora Minerva. Voltei a olhar para minha prova.
Fui uma das ultimas a sair, pensei que eu ia desmaiar de exaustão, e eu estava tão nervosa de manhã que não comi direito, na verdade nem comi, bebi um suco e só. Severo até ralhou comigo por isso. A prova tinha seis horas de duração e começava as 08, o almoço era servido mais tarde nesse dia, as duas, invés de meio dia e meia. O que significava que eu ficaria mais uma hora sem comer, mas eu não aguentaria e planejava ir a cozinha pedir algo.
Quando saí vi Severo encostado na parede perto dos degraus da passagem para o pátio. Tinha um grande copo de alguma coisa na mão. Me aproximei dele que me encontrou no meio do caminho e estendeu o copo para mim. Peguei sem entender direito enquanto ele me conduzia com a mão livre para os degraus e se sentava neles, sentei tambem, deduzindo que era isso que ele queria.
— Bebe. — apontou ele para o copo.
Pensei em perguntar, mais nem fiz, eu só queria silêncio e comida, não tinha vontade de falar, e não acreditava que Severo me mandaria beber algo que me fizesse mal.
Aproximei o copo da boca e vi o conteudo grossinho dele ao mesmo tempo que senti seu cheiro, banana, maçã e alguma outra fruta. Era uma vitamina. Segurei o copo com as duas mãos e tomei tudinho, era gostoso e afastou a náusea e acalmou as contrações de meu estômago aos poucos. Ouvi Sev aconselhar que eu tomasse devagar e achei por bem fazer isso.
Ele era um ótimo namorado, não do tipo meloso, mais do tipo cuidadoso e prático, eu gostava disso, de emocional bastava eu, e por falar em emocional, eu estava emocionada de ele ter pensado em mim.
