Enquanto saiamos devagar e sorrateiramente pelo salão da sonserina tive uma leve tontura e me apoiei na parede perto da entrada, foi muito rapido, minha visão borrou por um instante e eu fiquei desorientada, mas logo tudo entrou em foco, foi meio segundo, acho. Talvez fosse porque eu não estava comendo direito_ mais eu não sentia dores na barriga, só vinha tendo falta de apetite. _ não podia ser aquela coisa, embora eu pudesse ver uma rasa semelhança, mais com a minha mãe isso vinha acompanhado de fraqueza e episódios mas prolongados, alem de que eu estava muito nova para ter "sintomas", ao menos torço que sim.
- Amélia! - exclamou Lyra segurando meu braço para me firmar. Mas como eu disse, foi apenas um instante e me firmei bem nos saltos finos que ela tinha me emprestado no segundo seguinte, como se nada estivesse acontecendo. - Você ta bem? O que aconteceu?
- Nada. - sorri envergonhada.- eu me distrai pensando em algo e acabei me atrapalhando com os saltos. Sou um pouco desastrada, desculpe.
- Ah, menos mau. - pareceu aliviada. - só vamos tomar mais cuidado depois que eu te vendar, okay? Merlim me livre de você quebrar seu tornozelo.
- Em pensar que esse é o menor salto que você tem. - comentei divertida olhando dos "meus" saltos nove centímetros para o salto quinze e agulha dela.
- Meu amor, se duvidar meus primeiros passos foram em uma dessas belezinhas aqui. - fez graça olhando para os próprios pés e então saimos.
Quando chegamos em certa parte ela me vendou e eu andei com muito cuidado para não tropeçar e com ela me apoiando pelo braço. Andamos um monte antes de ela me pedir para esperar um pouco, se afastar e voltar pouco depois, quando eu ja começava a ficar nervosa.
Ela voltou a me guiar pelo braço uns poucos passos, ouvi o rangido inconfundível de uma porta se abrindo e ela me ajudou a entrar, a primeira coisa que estranhei foi o silêncio, mas então ouvi Lyra pedir desculpas e a porta fechar atrás de mim.
Retirei a venda imediatamente enquanto me virava para a porta, não estava trancada_ para minha surpresa _ porem, não pude rodar por completo a maçaneta.
- Amélia. - Não fiquei paralisada, o contrário, virei para ele assim que reconheci sua voz, o que foi de imediato.
Ele estava ali, vestido despojadamente, jeans e uma camisa social/casual, parecendo inquieto, no meio de, caramba, estavamos dentro do empire states, não podia ser qualquer outro lugar, as grandes janelas e toda a sala pertenciam inquestionávelmente ao prédio mais alto e visitado de toda a Nova York. Era impressionante, embora não real, e não perfeito, as janelas não mostravam a cidade, só escuridão e estrelas, foi assim que entendi que estava na sala precisa. E que, de alguma forma que só pode ser descrita por magia, ela me trouxera de volta, exatamente, para meu lugar favorito de toda a Manhatam.

Quase não percebi a pequena mesa de jantar ao centro, e atrás de Severo, com duas cadeiras, travessas, era posta para dois e tinha um balde de gelo com alguma bebida. Três sofas largos_ que não faziam parte da sala real_ estavam em lados opostos e umas poucas velas iluminavam o cômodo espalhadas por este, iluminando só o suficiente, banhavam o lugar naquela nuance amarelada entre o claro e o escuro que fazia as coisas parecerem menos detalhadas, e mais perfeitas.
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ℳℯ𝓊 𝒫𝓇𝒾𝓃𝒸𝒾𝓅ℯ ℐ𝓂𝓅ℯ𝓇𝒻ℯ𝒾𝓉ℴ.- 𝐒𝐞𝐯𝐞𝐫𝐨 𝐒𝐧𝐚𝐩𝐞
Fanfiction- O destino está sempre se reescrevendo através de nossas escolhas. Eu sempre acreditei que tinha um momento primordial na nossa vida, que mudava nosso geito de ver as coisas, que nos tornava quem éramos, e determinava como nos relacionavamos com as...