01.

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Gabriela.

Gabi: Mamãe, vamos a praia hoje? - perguntei já temendo pela sua resposta.

Carol: Hoje não filha, tô com um pressentimento ruim. - ela sempre fala isso quando não quer sair, e na maioria das vezes ela não tá com pressentimento nenhum.

Gabi: A qual é mãe, por favor - fiz biquinho, ela riu. Meu pai chegou na hora.

Coringa: Que porra de bico feio é esse Gabriela - sentou no sofá rindo.

Gabi: Mamãe não quer ir na praia comigo pai. Ela nunca sai comigo, incrível isso - cruzei os braços emburrada.

Coringa: Por que você chama ela de mamãe e eu apenas de Pai? Você saiu do meu saco viu menina. - revirei os olhos dando risada.

Carol: Se seu pai for, eu vou. - falou mexendo no celular fazendo pouco caso.

⏰⏰⏰⏰⏰

Aqui estou eu na praia, com um biquíni minúsculo.

Esperando o filho da puta do meu namorado chegar logo.

Meu pai tá sentando na cadeira a minha frente com cara brava por que foi obrigado a vir pra praia, e por motivos óbvios está com ciúme de mim por causa do biquíni.

Coringa: Gabriela, vai por um biquíni maior nesse corpo - cruzou os braços emburrado.

Giovana: Para de ser chato, pai - minha irmã um ano mais nova que eu disse.

Gabi: Fica quieto se não eu chamo aqueles políciais que tão ali pra te prenderem viu senhor Murilo Ferraz - sim, meu pai é procurado e tava aqui na praia fingindo que era uma pessoa normal. Mas quem via de longe não imaginava que ele é dono de vários morros e faz parte de uma facção fudida.

Carol: Cadê seu namorado em Gabi, só assim pra você fechar essa matraca - colocou o óculos de sol na cara debochando de mim.

Eu dei risada.

Vou resumir um pouco da minha vida.

Tenho meus 18 anos e moro no morro da maré desde que eu nasci.

Meu pai é um dos traficantes mais temidos do Rio de Janeiro, e procurado por todos os cantos pela polícia.

Eu namoro há um ano com o Lucas mais conhecido como PATO.

Ele é gerente de pó, meu pai surtou quando soube que eu tava namorando esse menino.

Mas o amor falou mais alto, não tem como negar. Eu o amo tanto e sinto que vou passar o resto da minha vida com ele.

Minha mãe conheceu meu pai em um roubo.

Calma, minha mãe não fazia parte da quadrilha não. Meu pai que foi roubar a loja de relógios que ela trabalhava mesmo.

Óbvio que a minha mãe não ficaria quieta, até por que essa daí é o BARRACO EM PESSOA.

Ela foi pra bater nele no meio assalto, ele tentou atirar nela. Os vapores começou a rir da cara dele, minha mãe tentou quebrar o braço dele e assim que surgiu o amor deles. Bem louco né, eu sei.

Anos Luz.Onde histórias criam vida. Descubra agora