07.

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TH.

Carol: Se controla que a minha filha não é nenhuma vagabunda não. Veja bem as suas palavras - chegou na sala apontando o dedo na cara do Coringa.

Coringa: Então manda ela explicar o porquê de ter matado um dos meus na minha casa - cruzou os braços.

TH: Ce tá desconfiando da sua própria filha meu parceiro? - abracei a Gabi enquanto ela chorava - Tenta escutar ela primeiro pra depois julgar. Você já matou muitas pessoas inocentes nessa vida Coringa, o teu passado te condena. Algum motivo ela teve pra fazer isso.

Sai daquela casa com a Gabi pra tentar acalmar ela, fomos andando pra minha casa no maior silêncio.

Todo mundo da rua encarava a gente desacreditados que ela tinha voltado.

Só dava pra escutar os soluços do choro dela, eu não sabia oque falar... foram quinze minutos andando até chegar em casa.

Abri o portão e dei espaço pra ela entrar.

Sentei no sofá olhando pro chão.

Gabi: Aqui tá igual antes... Sua casa continua linda. - sentou do meu lado enxugando as lágrimas.

TH: Tá afim de me contar tudo ou não? - eu sabia que ela tava tentando mudar de assunto.

Gabi: Não sei - olhou pro chão.

TH: Tá bom. Não se esqueça de como éramos antes e pra mim nada mudou, continua sendo a minha única companheira e amiga. - passei a mão em seus cabelos.

Gabi: A parte mais difícil foi ter que ficar longe de você. Era uma tortura pro meu psicológico não te ter pra me proteger de tudo. - respirou fundo e eu concordei com a cabeça - Você pode pedir pra trazer meu filho, por favor...

TH: Vou ligar pro GP trazer. Dorme aqui por uns dias, pra tentar esfriar a mente.

Gabi: O menino que me trouxe, não tem onde ficar tbm. Consegue arrumar algum canto pra ele? Um emprego, sei lá, acho que tô pedindo muitas coisas né? - disse sem graça.

TH: Tá suave, fica em paz que eu dou um jeito em tudo. Você confia nele mesmo? - concordou com a cabeça - Então beleza.

Gabi: Ai - reclamou de dor passando a mão na barriga - Calma filha, tá tudo bem agora.

TH: Loucura ver tu ser mãe já pô - ela riu.

Gabi: Tive que ser contra a minha vontade né, hoje são os meus bens mais preciosos. - me encarou.

Primeira vez depois de anos que ela olhava dentro dos meus olhos, fiquei parado a encarando tentando entender os meus sentimentos.

Sei explicar oque tá acontecendo comigo não, é como se fosse o amor da minha vida na minha frente. Um baguio estranho demais.

Disfarcei levantando, pegando o celular e mandando mensagem pro GP trazer o molequinho e o menino lá que trouxe a Gabi.

TH: Teu filho tá vindo já, quer tomar um banho enquanto isso? - ela concordou levantando. - Vou pegar a toalha e o resto das coisas pra você.

Anos Luz.Onde histórias criam vida. Descubra agora