21.

5.3K 418 86
                                    

Gabi.

Carol: Ele tá fudido na minha mão - falou do meu pai brava.

Gio: Recolhe esses cacos de vidro do chão logo mãe - não aguentava mais ouvir minha mãe falar do meu pai puta da vida.

Gabi: Felipe dormiu, vou colocar ele pra deitar lá no quarto - subi as escadas abrindo a porta do quarto e deitando ele na cama.

Tirei meu vestido e fui pro banho só jogar uma água no corpo.

Passei a mão em cima da cesárea e vi que faltava só um ponto pra cair sozinho, graças a Deus.

Passei o sabonete no meu corpo lembrando que perdi a consulta com a psicóloga. Mas como que eu ia entrar on-line pra ela escutar o barulho dos tiros? Ela ia me denunciar isso sim.

Tirei o sabonete e desliguei o chuveiro pegando a toalha e me enxugando.

Vesti uma calcinha, um shorts e uma blusa larguinha. Eu tava em casa mesmo, acho que não tem problema ficar vestida assim.

Dei um beijo no meu filho e sai do quarto fechando a porta e descendo as escadas.

Carol: Filha, sabe acender churrasqueira ainda? - cruzei os braços a encarando.

Gabi: Vocês podem parar de me tratar como uma doida mãe? - falei calma. - Eu já falei isso pro Thiago, só fiquei sequestrada. Não perdi a memória - virei as costas - Vou ir acender.

Gio: Já conversei com você sobre isso mãe - escutei ela falando. - Trata a menina como se nunca tivesse acontecido nada poxa. Ela já deve se sentir estranha, aí vê os outros falando com ela como se fosse uma criança, é doideira isso namoral - vi minha mãe ficar quieta.

Levei um tempinho pra acender a churrasqueira e entrei pra dentro de casa denovo.

Vi o Fininho vindo falar com a minha mãe.

Carol: Vai tirar esses difunto daqui não - negou com a cabeça - Pode deixar aí até o Patrão de vocês chegar que ele mesmo vai tirar - falou brava.

Fininho: Ave Maria - murmurou. - Tá bom então patroa, tô aqui fora qualquer coisa chama.

Gio: E aí Fininho - chegou na sala comprimentando.

Fininho: Fala tu gatona - deu um selinho nela rápido e escondido, neguei a cabeça rindo.

Carol: Deixa o senhor Murilo chegar e catar essa cena de vocês dois viu - gritou da cozinha.

Gio: Esse menino é uma tentação mãe - gritou de volta fazendo eu gargalhar e o menino rir.

Fininho: Nem te vi aí Gabi, tá de boa? - me olhou rindo sem graça.

Gabi: Tô bem cara - toquei na mão dele. - Vou ficar encarando esses cara morto é? - dei risada.

Gio: A mãe quer que o pai tire. - sentei no sofá.

Gabi: Ô beleza viu, ele vai ficar nervoso fica vendo - falei rindo. - Senta aí com a gente fininho, acabou seu turno já que eu sei - ele não é nada bobo e sentou né.

Fininho: Vai fazer aquela janta marota pra nois hoje Gabi? - me olhou rindo.

Gio: Hoje é churrasco vidona - deitou a cabeça no ombro dele.

Gabi: Como vocês consegue fingir que não tem gente morta nessa sala? - perguntei indignada - Porque eu olho pro lado e só vejo os miolos estourados no chão misericórdia.

Fininho: Ih pode ficar em paz que o teu pai acabou de chegar - escutamos o barulho do carro dele.

Ele foi entrar e deu de cara com os três homens mortos no chão, já olhou pra gente na hora.

Carol: Mãe, hora do show - gritou pra mãe que tava na cozinha.

Coringa: Que porra é essa? - cruzou os braços ainda na porta.

Laranjinha: Gente morta né, der - fez eu dar uma puta gargalhada.

Carol: Olha só quem chegou - falou debochada parando na frente dele. - Deixei o serviço pra você fazer, lindao - irônica que só ela.

Coringa: Eu pago os cara pra isso Carol - falou bravo.

Carol: Quero saber não, começa tirando esses presuntos daqui antes que o meu neto acorde e veja. - deu as costas.

Coringa: Sonhei que tava me casando e acordei no desespero - cantou puxando os corpos pelo braço. - Eu só me fodo nessa vida - reclamou.

Laranjinha: Isso limpa aí, que eu vou pegar uma cerveja na sua geladeira. - pulou pelos corpos - Oi meninas lindas, solteiras? - dei risada.

Coringa: Eu vou te bater seu filho da puta - gritou - Entra aí Terror, se minha mulher ver tu me ajudando eu apanho de verdade.

Anos Luz.Onde histórias criam vida. Descubra agora