Vinte e um

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Noah Pov

Meu pai e em conversamos depois que chegamos em casa, ele pediu desculpas e falou que nunca mais faria o mesmo.
Ainda disse que não haveriam mais brigas em casa e que ele estava indo no AA.

Não acreditei até ele me mostrar os dados da inscrição nos alcoólicos anônimos.
Não vou mentir, estou ansioso, desde que tenho seis anos não vejo essa casa me paz, não vejo a hora de ter isso novamente.

Meu pai e minha mãe saíram, foram fazer compras para a casa, e enquanto isso eu cozinho miojo para eu comer.
Quando me sento no sofá ouço batidas fortes na porta, então me levanto logo e vou até o olho mágico, vendo Sina Deinert atrás da porta.
Ergo as sobrancelhas surpreso e abro a porta, vendo a loira chorando enquanto abraça seu tronco.

-está na sua vez que me acolher na sua casa- a garota diz e eu assinto dando espaço pra ela entrar.

-o que houve?- pergunto assim que ela passa de mim e caminha até o sofá enquanto eu continuo em pé na porta.

Ela não se senta, só fica em pé perto do sofá me encarando, então ela caminha até mim e passa seus braços ao redor da minha cintura, deitando sua cabeça em meu peito logo em seguida.
Ouço seu soluço e então envolvo meus braços na garota e acaricio seu cabelo com a uma das mãos.
Não falo nada, só fico em silêncio e a deixo chorar, sei que isso é o melhor a se fazer quando alguém está triste.

Depois de mais de meia hora desse jeito, Sina se afasta e seca as lágrimas, dando um suspiro falhado e me olhando com os olhos inchados.

-eu não sou filha da Ursula, eu que sou a filha bastarda- ela diz e eu entreabro os lábios, ficando totalmente surpreso com sua declaração.

-caramba- digo antes de pensar em algo mais profundo

-ela não fez por mal, eu sei, ela nunca quis contar quem não era realmente filho dela, porém eu achei que fosse o Josh... sempre achei que fosse ele- então ela volta a chorar -eu não tenho uma mãe- ela chora novamente e então a abraço de novo.

-não é por que ela não te deu à luz que ela não seja sua mãe, ser mãe é muito mais que isso- digo e ela me abraça ainda mais forte.

-eu posso dormir aqui? Só hoje- ela não me olha pra dizer isso, e ainda bem, por que se aqueles olhos me encarassem enquanto ela pede isso, eu nunca poderia negar.

-não tem quarto de hóspedes aqui- minha casa é grande e bonita, mas os quartos que tem estão ocupados, que são o meu, dos meus pais e da minha irmã que chega de viagem em alguns dias.

-e o quarto da linsey?

-ela trancou e levou a chave

-ah- então o silêncio reina por alguns segundos, porém ela ainda me abraça -eu não me importo de dormir com você- Jesus....

-tudo bem, então a gente dorme junto.

Depois de minha mãe ter chegado e feito janta para mim e para Sina, ela toma um banho e veste minha samba canção e uma blusa da supreme que batia na metade de sua coxa.
Ela penteia os cabelos enquanto entra no meu quarto.

Não consigo evitar de rir, ela está muito engraçada com essa roupa.
Eu havia avisado minha mãe por mensagem que ela estava aqui, então minha mãe comprou calcinhas novas e entregou para ela, que agradeceu de bochechas coradas.

-do que está rindo?- ela pergunta antes de sentar na cama junto a mim.

-nada, de nada- digo e rio ainda mais.

-para noah- ela põe as mãos me minha boca e então paro de rir.

-ok, parei

-vou dormir, to com sono- ela se levanta e apaga a luz, deixando só a luz da tv que passa stranger things -boa noite- ela se deita ao meu lado e se embrulha.

De repente a série não é mais tão importante, admira-la de olhos fechados, bochecha amassada e biquinho se tornou mais interessante.

-para de me olhar- a mesma nem precisa abrir os olhos para saber que estou babando.

-não consigo- digo e ela abre os olhos.

-tenta

Ponho a mão em sua bochecha não esmagada pelo travesseiro e passo o polegar os sua pele macia, logo ela segura minha mão e a tira se seu rosto.
Nossos dedos se entrelaçam e nossos olhos estão muito concentrados um no outro.

-posso beijar você?- questiono

-acho que não... lembra do voto de celibato?- conversamos entre sussurros agora, até que eu rio e quebro o silêncio.

-tinha me esquecido- sina sorri e eu molho os lábios, me sentindo ainda mais tentado.

-o que é o paraíso pra você?- a garota muda de assunto me deixando totalmente sem fala.

-fumar um cigarro numa noite fria... num balanço de parque... sei lá, eu gosto disso- ela faz cara de tédio e então respiro fundo -uma vez quando eu era criança, meu pai e minha mãe levaram eu e a linsey num campo de girassóis, a gente fez um piquenique perto das flores e vemos o por do sol aquele dia, foi o melhor dia da minha vida.
Acho que o paraíso é isso... um por do sol e campo de girassóis com as pessoas que você ama- sinto vontade de chorar ao me lembrar disso, parece que foi a tanto tempo.

-isso é lindo- ela diz e continua me encarando.

-e pra você?

-não faço ideia- ela engole seco e desvia os olhos de mim -enfim... boa noite- levanta nossas mãos grudadas e deposita um beijo em minha mão antes de soltá-la e virar- se para o outro lado da cama.

E depois de tanto pensar adormeço também.

 Lindos e lindas, como sou muito boazinha (rs) até quarta feira, vou estar postando capítulos todos os dias, num especial de carnaval

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Lindos e lindas, como sou muito boazinha (rs) até quarta feira, vou estar postando capítulos todos os dias, num especial de carnaval...

Os capítulos vão sair entre meio dia e duas da tarde, então estejam atentos.

Não esqueçam de votar e deixar seu comentário, isso me incentiva a fazer mãos coisas desse tipo.

E muuuuito obrigada pelos 18k de vizualizações aqui, nunca imaginei que chegaria a tanto.

Beijinhos e até amanhã!

You're my paradise (noart)Onde histórias criam vida. Descubra agora