Narrado por Megan
Ficamos nos encarando por um tempo e por fim, sorri. Eu me sentia melhor agora em dividir com alguém o que aconteceu comigo. Só que ao mesmo tempo, eu também me sentia confusa, ele estava fazendo isso por mim à troco de quê? Isso não entrava na minha cabeça esse lance de fazer algo sem esperar nada em troca.
— Que foi? — perguntou. — Que cara é essa? O que você está pensando?
— Eu estou confusa. — confessei. — Eu estou com medo de estar confundindo as coisas.
— Como assim?
— É que... Você está me ajudando assim e... De graça, sem querer nada em troca e eu não sei se isso é real.
— Então você me beijou por gratidão? — perguntou.
— Que?
— Por exemplo, você quis me dar algo em troca por gratidão por eu ter lhe escutado.
— Não. — respondi como se fosse óbvio. — Eu beijei porque eu quis. Eu estou dizendo que nós dois não podemos tirar uma conclusão precipitada como se eu tivesse de fato apaixonada por você, pode ser que sim, mas também pode ser que não, entende? Talvez eu esteja confundindo tudo. Porque nem eu sei o que está acontecendo. Pra mim, isso é estranho.
— Agora é você que está complicando as coisas. Pra mim é muito simples, aliás é bem mais simples que isso. A gente quis se beijar, a gente se beijou e acabou, ué. Pra mim foi... Foi natural. Agora, se você prefere complicar uma coisa que aconteceu naturalmente, você vai acabar entrando em surto.
— Eu acho que nós dois somos muito diferentes em todos os aspectos. — eu disse e ele assentiu. Seu celular começou a tocar novamente e eu encarei a tela de seu aparelho que estava em sua mão.
Naquele momento, sorri maldosa e meu melhor lado voltou com tudo e por impulso, antes dele atender, eu peguei seu celular e eu mesma atendi.
— Você não tem vergonha na sua cara de correr atrás de homem casado, não?!
— Então ele é casado mesmo? — perguntou e eu sorri, encarando Jimin, que estava sério. — Cafajeste! Me desculpe, já tinham me falado que ele era casado antes, mas ele desmentiu falando que tinha apenas Dezoito.
— Ele é casado há cinco anos e tem quase trinta! — gritei. Ri internamente. Encarei Jimin que era pra estar rindo também, mas ele ficou estático me olhando, parecia sério. Soyanga desligou e eu sorri.
— Por que você fez isso?!
Ele estava sério e o tom de sua voz saiu em tom de repreensão como se eu tivesse cometido um crime. Eu não estava entendendo sua reação, ele mesmo disse que não iria nesse encontro.
— Achei que você iria rir e não brigar comigo. — retorqui. — Achei que você iria achar engraçado.
— Achar engraçado?! Rir?! Me dá meu celular agora! — gritou e eu lhe devolvi e abaixei a cabeça, suspirando pesado. — Eu já ía dispensá-la! Mas em nenhum momento eu te dei liberdade pra pegar meu celular dessa forma estúpida!
Que péssima mudança de humor. Ele até agora estava todo compreensível comigo e agora está gritando como se eu tivesse cometido um crime.
— Desculpa. — O encarei. — Eu não vou fazer mais isso, foi mal.
Meus olhos estavam marejados, só queria sair dalí e foi exatamente isso que eu fiz. Me levantei e saí de lá o quanto antes quando senti meus olhos marejarem e não iria pagar o ridículo de chorar alí. Seria humilhação demais. Saí dalí de perto dele e escutei sua última fala.
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Garota má - Park Jimin
FanfictionComo será que ficaria uma história diferente das demais? Geralmente, a personagem principal é "do bem", ingênua e na maioria das vezes burra. Mas e se existisse uma obra fictícia onde a personagem principal é má? Uma "vilã"? E ainda mais, se ela fos...