Sweet love

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"Vadia!"

Depois de dois meses, indo fazer terapia e melhorar como pessoa, me auto conhecendo, novamente lá estava eu. Na quadra do colégio, junto às minhas meninas de torcida e mais os garotos do time tentando fazer uma reunião decente, mas tudo que aconteceu foi o esperado:

No final, JungKooK me xingando e eu o xingando de volta aos berros. Só que para piorar a situação, além das meninas e dos meninos do time estarem lá, Jimin também estava, mas não fazia sentido nenhum ele estar lá se ele não fazia parte do time.

— Você não me chama de vadia, seu cachorro! — gritei. — Você é um lixo! Um lixo!

— Cala a boca, vaca! — Jungkook impulsionou-se em minha direção, mas foi segurado por Jackson.

— Vou fazer o quê se você é um perdedor! — gritei. — Perdedor! — repeti, todos estavam assistindo a gente brigar. Os últimos meses eu estava como um buda de tão calma, exalava calmaria por conta da terapia, estava sendo outra pessoa, até o dia de hoje.

As provocações de JungKook passaram dos limites e me tiraram do sério.

— Nisso você tem razão! Sou um perdedor mesmo! — gritou, vermelho. — Perdi mais de dois anos da minha vida namorando você e não te comi porque você é intragável!

Ele disse isso na frente de todos que começaram a rir de mim. Ninguém nunca me tratou com tanto desrespeito. As lágrimas surgiram nos meus olhos e eu corri pra sair daquela quadra com todos rindo de mim.

Depois desse dia, eu nunca mais quis ir aos ensaios de torcida. Dois meses se passaram, totalizando quatro meses de terapia e mais as aulas de Jimin, que ultimamente não foi necessariamente aulas, e sim pegação, mesmo ambos de nós insistindo que somos só amigos, mantendo só amizade. Mas a verdade é que quando acontece, é incontrolável parar.

As aulas do Jimin geralmente duram duas horas na minha casa, no meu quarto. Ou seja, uma hora de aula e uma hora de beijos com algumas apalpadas, mas mesmo que fosse na minha cama e no meu quarto, nós não passávamos disso, a gente tinha um limite que a gente não ultrapassava. Não sei porque a gente não avançava logo dessa fase de "só amigos", quando na verdade sabemos que não somos só isso.

Até meus pais estão desconfiados, é notável a desconfiança deles em relação a nós dois.

— Eu te amo, Megan. — disse ele, enquanto beijava meu pescoço. Não conseguia manter os olhos abertos. É tão bom, mas quando ele disse aquilo, eu abri os olhos e franzi o cenho.

— O que? — perguntei, afinal já fazia meses que ele não dizia isso e a última vez que ele disse parecia que foi por conveniência pra eu não ficar no vácuo. Foi a primeira vez que ele disse isso sem eu precisar dizer antes. 

Jimin afastou-se o suficiente pra encontrar meus olhos e sorriu.

— Eu te amo, Megan. — ele disse, e meu coração quase pulou do peito. As palavras parecem perfeitas vindas de seus lábios, e eu faria qualquer coisa para poder ouví-las de novo.

— Também te amo, Jimin.

— Diz de novo. — Sussurrou.

Vi mais vulnerabilidade em seus olhos do que pensei que veria. Segurei com as mãos, passando os polegares por sua bochecha. Percebi, em seu rosto, que ele precisava que eu diga, muitas e muitas vezes. 

— Eu te amo.

Repeti e o beijei. Beijar Jimin é sempre novo e diferente, e ele parece uma droga da qual não me canso. Minha mente pedia para que eu vá devagar, que o beije lentamente e aproveite cada segundo dessa calma entre nós.

Garota má - Park Jimin Onde histórias criam vida. Descubra agora