Guryong

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No dia seguinte, faltei à aula e fui pra minha casa quando o motorista veio me buscar. Levei todas as minhas coisas e ao chegar em casa, Yang me ajudou a guardar tudo direitinho no closet.

Eu passei a tarde pensando em Jimin que saiu daquele jeito, transtornado e chateado comigo. Eu não queria me importar, mas eu me importava com o que ele deveria estar pensando sobre mim agora e isso me moveu pra ir atrás dele. Lá vai eu ir atrás de homem, nunca corri nem atrás do Jungkook e agora vai eu ir atrás de um cara que na minha cabeça eu conheci esses dias.

A vida é muito inusitada.

Pedi um táxi e fui pra casa do Baekhyun, falar com Jimin. Assim que, novamente, cheguei em sua casa, desci do veículo, abri o portão e caminhei até a escadaria que dava acesso a varanda, e finalmente à porta. Bati três vezes.

— Já vai! — Jimin disse, alto. Depois de alguns segundos, a porta foi aberta por ele, sério, e pareceu indiferente quando me viu.

— Oi, Jimin. — Quebrei o silêncio e ele não respondeu. Só continuou me encarando. — Posso entrar? — perguntei, receosa. Ele deu a passagem para que eu entrasse e assim eu fiz.

— Você quer um café, um suco ou uma água? — perguntou, indiferente, porém educado, como se eu fosse qualquer visita.

— Não, eu estou bem. — Suspirei. — Jimin, eu fiquei pensando no que eu disse pra você e na forma que você saiu daquele jeito, chateado comigo… Eu disse que você era um completo desconhecido pra mim e…

— Não precisa me lembrar não que eu lembro de tudo. — disse ele, me interrompendo. — Tá bem fresco na minha memória. Não precisa lembrar.

— É, mas você precisa entender que eu... Eu não sei o que está acontecendo comigo... Eu me pego fazendo umas coisas estranhas que eu nunca fiz. Esse lance de gostar de alguém como eu gosto de você é muito esquisito pra mim e bem diferente, por exemplo, da forma que eu gostava do Jungkook… Passar dois dias com um cara… Isso nunca aconteceu e eu me sinto vulnerável, eu me sinto fraca porque eu fico com medo do que fazer ou se eu fizer algo errado...

— Megan, senta aqui. – ele disse se sentando no sofá, deu batidinhas ao seu lado e eu caminhei até lá, me sentando ao lado e dando total atenção no que ele iria me dizer. — Megan, amar uma pessoa é sim colocar um pouco do controle dos sentimentos na mão dela. Só que isso não é fraqueza, essa troca é verdadeira, é genuína, natural... Nunca que você vai precisar ficar "vulnerável", muito pelo contrário, você vai se sentir mais forte do que nunca. — disse ele e eu ri fraco

— Só que você tem que entender que eu não estou acostumada com isso. Eu não estou acostumada em perder o controle, eu nunca deixei ninguém se aproximar... Sei lá... Agora eu fico me sentindo assim... Ansiosa, angustiada. Quando você saiu de casa daquele jeito eu não sabia o que fazer! Até a Yang que é a empregada eu procurei só pra ter alguém pra conversar!

— Mas você sempre contou as coisas pra Yang.

— Mas acontece, Jimin, que a Yang é uma funcionária. Eu e minha família mandamos nela e de repente estávamos alí, eu e ela, conversando de igual pra igual.

— Mas é assim que tem que ser, Megan! Igual.

— Eu sei! Mas eu nunca permiti isso! Eu sempre procurei me mostrar forte para as pessoas me respeitarem. Eu sou o tipo de pessoa que dá rasteira, pra não levar rasteira na minha vida. Quem não dá rasteira, leva uma. Eu levo isso pra minha vida.

— E onde que isso tudo te levou? Onde que dar rasteira nas pessoas te levou? — perguntou e eu fiquei em silêncio pra pensar. — Você foi feliz fazendo isso? — perguntou novamente e eu fiquei sem resposta – A Megan que se apaixonou por mim, ela não era nada disso. Ok, ela era debochada às vezes, mas eu já entendi que isso é uma coisa que não vai mudar em você, porém ela estava aberta pro amor e olha... A gente foi muito feliz! Eu te garanto. Sério, a gente foi.

Garota má - Park Jimin Onde histórias criam vida. Descubra agora