Garota má - Park Jimin

Weak

Megan

Estava na salinha de limpeza, aos prantos e eu soluçava tanto que eu não conseguia respirar. Eu estava sufocando e eu só tinha uma saída agora pra acabar de vez com tudo isso.

Adiei muito esse momento, mas ele chegou.

Aos soluços, retirei da minha bolsa um papel e uma caneta e deixei alí uma pequena mensagem antes de fazer o que eu pretendia. Em seguida, retirei uma necessaire e lá tinha uma cartela de comprimido que eu consegui no mercado negro. Na verdade, ele estava guardado comigo há alguns dias e eu fiquei adiando o momento certo de ingerí-lo.

Peguei minha garrafinha de água, coloquei o comprimido na boca e com a ajuda da água, ingeri o comprimido direto.

Não demorou muito pra eu sentir uma sonolência, senti meus lábios arderem, senti uma pontada no estômago e na garganta. Já sabia que eram os sintomas de que eu estava morrendo.

Minha boca começou a salivar e eu estava feliz por finalmente ter feito isso. Não vai demorar muito. Eu queria morrer e finalmente eu iria e eu estava nem aí se eu ía pro inferno ou não.

Provavelmente eu iria sim. Mas... Foda-se.

A porta da salinha do zelador foi a última coisa que eu lembro na minha memória.

Narrado por Park Jimin

Ninguém estava entendendo nada, mas eu simplesmente não consegui mais me segurar. Eu não sabia nem o que fazer com tudo que eu fiquei sabendo.

O certo seria eu ir à delegacia e contar tudo, mas se eu fizesse isso, Megan iria presa junto com o Jungkook como mandante. Megan não era mais menor de idade e dependendo da situação ela podia pegar até prisão perpétua até porque assassinato é crime hediondo.

Na verdade, eu não entendo muito de leis, mas eu sabia que crimes hediondos são vistos com bastante rigorosidade nesse país.

Eu sei que é absurdo, mas eu não queria que ela fosse presa. Mesmo sabendo qual era o certo a se fazer que é ir à polícia e denunciar os dois.

— Cara... O que aconteceu? — perguntou Baekhyun, e eu os encarei e enxuguei minhas lágrimas.

— Tantas coisas... Eu não sei nem por onde começar. Primeiro, eu preciso me mudar, não dá mais pra eu continuar debaixo do mesmo teto que a Megan. Eu não consigo. Eu não vou conseguir ficar lá.

— Mas o que aconteceu? — perguntou Baek.

— Eu não posso contar. — eu disse. — Mas tudo que vocês precisam saber é que eu só preciso sair daquela casa.

— Fica na minha casa. — disse Baekhyun, simplista e eu franzi o cenho. — Meus pais estão viajando, pra fazer intercâmbio fora do país e deixaram a casa no meu comando. — sorriu. — Eles confiam em mim. — Ficou orgulhoso de sí mesmo.

— Mas eles deixaram o próprio filho sozinho?

— Imagina! Eu que incentivei eles a viajar! — Sorriu. — Eles confiam em mim, Jimin! — Baek sorriu.

— Eu acredito. Você sempre se mostrou uma pessoa super responsável, pelo menos aqui. Acredito que você seja assim como filho também. Mas... Não aceito a proposta não. Nem pensar. — Neguei.

— Por que? Vai ser legal, eu sempre quis morar com um amigo, eu moro sozinho, e vai ser incrível, cara! — disse Baekhyun, super animado. — Você pode ajudar nas contas da casa também, se bem que não vai precisar.

— Não aceita, Jimin! É melhor morar na rua do que com o Baek. — Taehyung disse.

— Nossa! — Baekhyun disse, ofendido. — Por que?