Garota má - Park Jimin

Contando tudo

Narrado por Megan

Aguardei em frente à porta Jimin abrí-la e aparecer, mas ele estava demorando. Apertei a campainha de novo e quando a porta se abriu, me deparei com uma senhora que eu nunca havia visto na vida, então comecei a ficar nervosa.

— Pois não? — perguntou, um pouco assustada ao ver meu estado e a garrafa de cachaça na minha mão.

Comecei a rir automaticamente por ter errado a casa. Simplesmente, errei o endereço.

— Desculpa, foi engano. — Cai na risada, dei as costas e saí andando. Saí de lá gargalhando.

Andei pela calçada sem rumo, meu estômago embrulhou, senti ânsia, olhei pro lado e encontrei uma lixeira. Seria alí mesmo.

Não pensei muito, apenas segui em direção a lixeira correndo e vomitei alí.

[...]

Após ter vomitado, resolvi ir embora, mas tentei me lembrar qual seria a casa do Baekhyun, mas eu simplesmente não me lembrava.

Já tinha perdido boa parte da coragem que eu tinha de falar com Jimin desde o momento que eu vomitei boa parte da bebida pra fora do meu organismo.

Continuei andando pela calçada, passando pelas casas, decidida em ir embora. No momento que eu desci da calçada, acabei tropeçando no meu próprio pé e consequentemente acabei caindo no asfalto da rua.

A garrafa que estava na minha mão quebrou bem em cima do meu pé, fazendo-o sangrar, mas antes que eu chegasse no chão, acabei dando uma bela esbarrada no carro que estava estacionado em frente à uma casa, fazendo o alarme do veículo disparar.

— Droga. — resmunguei.

Eu precisava urgentemente sair dalí e com o desespero, ao tentar me levantar desesperada, acabei me desequilibrando e caindo pra trás e pra que eu não batesse a parte de trás da cabeça no chão, eu me protegi com os meus cotovelos e os cacos de vidro da garrafa acabou cortando meu braço na parte do cotovelo.

Eu estava toda cortada.

Meus cotovelos e o pé estavam sangrando e o álcool do resto da bebida me fazia sentir uma ardência ainda pior.

Eu precisava sair correndo, porque o barulho ensurdecedor desse alarme chamaria atenção da polícia, porém eu não conseguia me levantar, meu pé sangrava muito e estava ardendo.

O barulho do alarme estava me deixando nervosa, com medo e agoniada por não conseguir fazer nada naquela situação. O carro não parava de fazer barulho e eu estava ficando apavorada.

Eu estava literalmente ferrada.

Se não bastasse tudo de ruim que estava acontecendo naquele momento, apareceu um Rottweiler adulto, me encarando. Como eu estava no chão, ele ficava maior que eu.

Meu pavor só piorou naquele momento, o cachorro ficou me encarando com uma cara nada boa, parecia que ele iria me devorar a qualquer momento.

— Amiga... Calma. — disse, mansamente, pra fazer amizade com o cachorro e ele continuou me encarando como se fosse me devorar viva, apesar da minha personalidade difícil, eu amo animais. Meus pais adotivos nunca me deixaram eu ter um animalzinho, mas eu gostava. — Carinho... — eu disse, mansamente, ergui minha mão em sua direção para lhe acariciar, até que ele era mais ou menos fofo.

Guiei minha mão, vagarosamente, bem devagar para lhe dar carinho, porém antes que eu encostasse nele, ele latiu fazendo um som amedrontador se misturar com o barulho do alarme do carro e me mordeu com força.

Minha mão começou a sangrar na hora.

Dor no pé, no joelho, nos cotovelos e agora na mão. A ardência foi tanta que eu comecei a chorar. Chorar de dor, de medo da polícia aparecer, de agonia do barulho dos latidos misturado com o alarme do carro.