Terapia

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Três meses depois, tive que voltar as aulas no colégio, assim como também voltei a ter aulas com Jimin. Só que diferente das outras vezes, eu estava interessada em aprender, assim como também tive uma grande mudança positiva nas minhas notas.

Nós não estávamos morando na mesma casa, ele continuava morando com o Baekhyun, porém ele vinha todos os dias às 16 horas me ajudar com as matérias, voltado pra exatas.

As pessoas da minha sala são super inteligentes e eu era considerada, por mim, a mais burra de todos em quesito estudo. As pessoas assimilavam as coisas muito rápido e eu tinha muita dificuldade em comparação aos outros

— Mais um dia, terminamos. — disse Jimin, fechando o caderno, guardando suas coisas.

— Meu pai continua pagando você?

— Continua. — respondeu, desbloqueando seu celular e mexendo nele.

Estávamos em volta de uma mesa redonda que tinha no escritório pra que eu estudasse. Eu já tinha feito uns trezentos cálculos só hoje.

— Mas eu não faço só pelo dinheiro. — Me fitou. — Pelo menos, não hoje em dia. Eu realmente espero que você melhore.

— E eu estou melhorando, eu sinto. Em todos os sentidos. Eu me sinto melhor.

— Você foi ao psicólogo? — perguntou.

— Não, mas meu pai me obrigou a ir à essas palestras de alcoólicos anônimos. — Dei uma risada. — Eu fui à duas e depois não fui mais.

— Megan!

— Inclusive hoje eu tinha uma e não fui. Eu não estou mais bebendo há um mês. Já é um progresso, você não acha?

— Você está diferente, sabia? — Sorriu.

— Eu... Eu me senti agoniada no começo, mas quando eu penso que quero mais bebida, eu volto a pensar no quanto eu vou me sentir leve depois e eu seguro essa vontade. Eu não quero ter minha vida igual a daquelas pessoas que eu conheci nas palestras.

— Eu acho que você está no começo de um processo que pode ser muito bonito... Tão bonito que eu pensei em uma coisa.

— O que?

— Durante as sessões de alcoólicos anônimos, você entendeu que só não beber não é o suficiente, certo? Porque com certeza algum alcoólico tentou fazer isso.

— Sim, mas eu sou forte. Eu aguento.

— O que te garante que essa pessoa também não achou que seria forte o suficiente? O que eu estou querendo dizer é que você precisa procurar uma terapia, não só por causa da bebida, mas também pra se livrar dos seus traumas de infância.

— O que eu tenho medo é de ficar mexendo e remexendo nesse assunto. Eu não gosto de falar sobre isso, apesar de que quando eu falei sobre isso, eu me senti bem mais leve, mas eu não gosto de falar sobre isso com uma estranha.

— Eu entendo, Megan, mas você tem que falar. Pra você ficar cem por cento boa, não tem outro jeito. Tem que falar. Por ética médica, ela não pode falar nada sobre com ninguém. O que você falar pra ela, vai ficar pra ela e só.

— Tá, você me convenceu. — Sorri e me levantei junto com ele para levá-lo até a porta. Chegamos na sala e eu abri a porta pra que ele saísse.

— Quando você vai marcar uma terapia? — perguntou.

— Amanhã. Por você, eu faço. — Sorri.

— Não, pelo amor de Deus, por mim não! Por você! É sério. Você não tem que fazer isso por mim, mesmo! E eu nem quero que você faça por mim. É por você.

Garota má - Park Jimin Onde histórias criam vida. Descubra agora