Narrado por Eliane Giardini
Entrei no meu quarto atordoada. Bati a porta e tranquei, tentando me sentir protegida. Talvez quisesse me convencer de que ficar presa entre essas paredes era a melhor atitude a ser tomada. Deixei meu prêmio em cima da minha mala e respirei fundo. Tantos anos haviam se passado, tantas coisas mudaram em minha vida. Mas por que Werner ainda mexia comigo? Por que não fui capaz de empurra-lo e negar aquele beijo? Ele me causou tanta dor no passado, não merecia sequer meus pensamentos. Me esforcei para evita-lo durante toda a noite e justo na hora de chegar no hotel tudo foi por água a baixo. E o que mais me irritava era saber que ele tinha razão. Eu preferi não ir à confraternização apenas para não encontra-lo mas de nada adiantou - Eu deveria ter ido nessa malditafesta - Falei alto e andei pelo quarto, precisava esquecer essa história. Desabotoei minha camisa e a joguei no chão. Sentei em frente ao espelho e soltei meu cabelo, passei a escova por ele e sorri vendo meu reflexo, mesmo após um mês, ainda não havia acostumado completamente com o meu novo visual, depois de algumas escovadas ele ficou totalmente liso. Passei alguns minutos distraída ali mas resolvi levantar para tomar banho. Precisava relaxar e dormir, mas assim que desabotoei minha calça, fui surpreendida pelas batidas na porta.
- Já vai - deveria ser Juliana e minha mãe, vesti um hobby preto que estava em cima da cama e as batidas continuaram.
- Juliana espera - fiz um laço em volta da minha cintura e antes de abrir olhei no relógio e estranhei elas terem voltado tão cedo.Talvez minha mãe tivesse reclamado, pensei e logo abri.
- Não sei pra que a pressa - falei ao abrir a porta, mas minha animação se desfez instantaneamente ao dar de cara com Werner. Ele olhou para os lados com o meu blazer na mão. Nem me dei conta que havia esquecido a roupa.
- A pressa é porque não consigo ficar longe de você e eu não vou conseguir dormir porque aquele beijo não sai da minha cabeça - seu braços fortes envolveram minha cintura e ele entrou no meu quarto sem pedir licença. Simplesmente chutou a porta e ela se fechou.
- Você está louco? Eu não durmo sozinha aqui - tentei empurra-lo.
- Me beija daquele jeito de novo - sua mão grande imobilizou facilmente meu rosto e logo sua língua invadiu minha boca sem me dar sequer uma chance de resposta. Eu não tinha forças para resistir e percebia o quanto ficava vulnerável perto dele. Segurei sua nuca com as duas mãos e retribui o beijo na mesma intensidade, o arranhava e sugava sua língua com desespero. Werner apertava meu corpo contra si e passava as mãos por cada parte de mim. Alguns instantes depois puxou meu cabelo pra trás e respiramos pesadamente buscando ar. - Eu adoro sua boca, Eliane. Eu senti tanta falta - sugou lentamente meu lábio inferior e senti meu corpo tremer.
- Chega Werner, eu pedi pra você me deixar em paz - ele ignorou minha fala, segurou minha mão e a guiou entre suas pernas. Seu membro estava muito duro, me desesperei ao sentir pois estava perdendo a vontade de resistir.
- Aperta - falou e apertou minha mão sobre ele, me obrigando a fazer uma massagem frenética nele.
- Chega, Werner - a essa altura eu pegava em seu membro por vontade própria e ficava louca por saber que eu era o motivo daquilo.
- Pronto, agora volta pro seu quarto - segurei seus braços que envolviam minha cintura, aproveitava para aperta-los, mas mantinha minha expressão séria.
- Sua boca diz uma coisa e seu corpo outra - ele me agarrou de novo.
- Obedece seu corpo Eliane, segue seu coração nessa noite - sussurrou rouco em meu ouvido e me virou. Com apenas uma mão, prendeu meus pulsos acima da minha cabeça e os segurou contra a porta.
- O mesmo cheiro, a mesma pele macia - sussurrou roçando os lábios por meu pescoço.
- Não... - resmunguei baixinho mas logo fechei os olhos sentindo um arrepio percorrer meu corpo.
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Não se esqueça de mim
Fanfiction"Dez anos se passaram e muita coisa mudou e o que ficou na lembrança foram as paixões, declarações e promessas, mas será que tempo conseguiu aplacar essa história? Será que um novo encontro poderia resgatar o que um dia foi chamado de amor?" E nessa...