Narrador por Werner Schünemann
- Você ficou aqui esse tempo todo? - ela respirava acelerado, estava tensa e surpresa.
- Eu ainda cheguei perto de casa, mas voltei - sussurrei as palavras e me aproximei dela com receio. Estendi a mão para tocá-la, mas hesitei por uns instantes.
- Eli, eu juro que tentei, mas pra mim... - finalmente toque em suas mãos.
- É muito difícil fingir ser apenas seu amigo. É impossível quando se compartilhar algo tão intenso. Eu ainda te amo - ditei as palavras pausadamente.
- E por mais que você negue eu sei que ainda também me ama - ela me olhou fixamente e afastou minhas mãos.
- Werner, é melhor não! Vai pra casa, eu estou com o Léo agora, ele não merece sofrer e a gente não dá certo juntos. Eu não posso ficar com alguém com que nunca vou conseguir me entregar por inteiro, a mágoa existe e ela tá aqui - apontou para o peito.
- O fantasma do abandono me persegue, mesmo sabendo de suas razões e eu sei que eu erro no passado não foi só seu, porque eu também me entreguei, mas quem ficou com o as cartas de juras de amor amareladas fui eu, enquanto você estava com sua família - as lágrimas brotaram não só dos meus olhos, como nos dele também. Isso partiu o meu coração.
- Eu sei que é difícil redimir o que foi feito e que nunca vou poder reparar, mas posso fazer um novo começo e sei também que nunca vou conseguir ser feliz sem você. Se está aqui e não está dormindo com aquele magricela é porque você tinha esperança de me encontrar - ela tentou responder, mas não permiti, segurei firme seu rosto e tomei seus lábios com intensidade. A puxei para mim. Pressionei seu corpo pequeno contra o carro e me esfreguei nela. Travei seus braços contra a lataria e deixei mordidas e chupões ao longo de seu pescoço.
- Não Werner, não faz isso por favor - ela pedia choramingando as palavras e em contradição, arqueava um pouco mais o pescoço para receber minha tortura. Quando soltei seus braços ela arranhou minha nuca e repuxou meus cabelos, me fazendo encará-la.
- Por que você tem que ser o meu ponto fraco? - perguntou com indignação e vi em seus olhos um desejo descomunal, sorri por suas palavras.
- Não é porque sou seu ponto fraco, é porque a gente se ama, Eliane - ela me puxou pela nunca e prontamente invadi sua boca num beijo insano. Nossas línguas brigavam por espaço e mal nos importavamos em estar praticamente na rua, na calçada da casa dela e esmagando-nos contra o carro.
- Vamos sair daqui, já que é isso que você quer - segurou minha mão e passamos pelo portão de entrada. Assim que parou na porta da casa para procurar a chave, a agarrei por trás e passei minhas mãos por todo seu corpo.
- Espera Werner, já estamos fazendo uma loucura, deixa eu pelo menos abrir a porta - disse falhando as palavras com meus apertões em sua cintura.
- Eu estou louco por isso desde que cheguei naquela festa - ela abriu e a empurrei para dentro, bati a porta por trás de mim e guiei seu corpo até a mesa mais próxima. A imprenssei contra ela, de costas para mim e deslizei o zíper de seu vestido para baixo, o mesmo caiu aos seus pés e a deixou só de lingerie em minha frente. A virei para mim e facilmente a sentei sobre a mesa. Afastei suas pernas e me posicionei melhor entre elas. Segurei seu queixo com uma mão apenas e com a outra, apertei seu seio.
- Você me provocou a noite toda com aquele cara, você sabia que fazendo aquilo ia me atingir - ela desviou o olhar, mas virei seu rosto mais uma vez, preciso bem olhar nos olhos dela.
- Eu jamais faria isso, Werner - disse com tom de voz sexy, mas tentava mostrar autocontrole. Ela me empurrava com uma força quase nula, demonstrando que também queria tanto quanto, só que é orgulhosa e no fundo se blindou durante todos esses anos.
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Não se esqueça de mim
Fanfiction"Dez anos se passaram e muita coisa mudou e o que ficou na lembrança foram as paixões, declarações e promessas, mas será que tempo conseguiu aplacar essa história? Será que um novo encontro poderia resgatar o que um dia foi chamado de amor?" E nessa...