De volta a "Petrópolis

324 9 1
                                    

Narrado por Werner Schünemann

- Tudo bem, pode ser uma boa ideia - sorri satisfeito ao ouvir a resposta.

- Eu passo na sua casa em 20 minutos, pode ser? - perguntei animado.

- Vou te esperar - nos despedimos e resolvi passar para comprar algo pro jantar. Comprei algumas coisas em um dos nossos restaurantes preferidos e segui para casa da Eliane. Mandei uma mensagem quando estava perto e ela me esperou ao lado de fora. Estava com uma calça preta e uma blusa de botão, seu cabelo loiro estava ondulado nas pontas e ao me ver, ela o jogou para o lado, sorri para o seu gesto e destravei a porta do carro. Assim que ela entrou, senti seu perfume inundar o local.

- Boa noite - sorriu e fez menção de beijar meu rosto, mas virei e lhe dei um selinho.

- Boa noite - a analisei de perto.

- Para de me olhar assim - balançou a cabeça e ri. Dirigi até o local do veleiro e segurei sua mão quando saiu do carro.

- Trouxe algumas coisas pra gente. Espero que você não tenha jantado - abri a porta de trás e peguei o que havia trazido.

- Eu não janto - respondeu.

- Mas hoje vai jantar comigo - sorriu assentindo e fomos para o Petrópolis.

- Que lindo!!! Esse é bem maior - falou ao entrar.

- Vou te mostrar - puxei sua mão e fomos para a parte de baixo onde havia um amplo espaço dividido em quarto e cozinha.

- Muito confortável - falou ao sentar na ponta do colchão macio.

- Muito, não é? - sentei ao seu lado e falei com o rosto próximo ao dela.

- Uhum - olhou para minha boca.

- Por que você me olha assim? - passei o dedo sobre seus lábios.

- Assim como? - sussurrou.

- De uma maneira sexy - ela sorriu.

- Estou te olhando normal - passou a mão por meu peito e a agarrei. Beijei sua boca com desejo. Enrosquei seu cabelo grande em minha mão e o puxei quando chupei seus lábios.

- Chega - se afastou sorrindo.

- Quero ver o resto do barco - levantou. - Claro - sorri e fui mostrando as outras áreas para ela, até finalmente chegarmos na cabine. Onde havia uma porta retrato com a nossa foto e o penduricalho preso. Ela analisou cada um.

- Adoro essa foto - passou o dedo pelo porta retrato.

- Eu também adoro - a abracei por trás e beijei seu ombro.

- Eu não deveria estar aqui - suspirou e a soltei.

- Eu não quero você cheia de culpa, se quiser te levo embora - falei um pouco impaciente.

- Não... claro que não. É que ver essas coisas, me fazem voltar naquela época que deu tudo errado - gesticulou.

- Tudo bem... Você já conheceu o barco, vamos jantar e te levo embora! - falei chateado e sai da cabine em direção a parte inferior. Ficava irritado cada vez que ela insistia em negar nós dois, ela sabia disso e tentou compensar ao me ver arrumando a mesa. Veio até mim.

- Quer ajuda? - sorriu tentando mudar o clima.

- Pega o vinho? - a olhei.

- Claro - enquanto ela foi buscar a bebida, me sentei para esperá-la e me surpreendi quando ela me abraçou por trás a voltar.

- Eu adoro esse vinho - sussurrou em meu ouvido e o coloquei na mesa.

- Eu sei - sorri.

- Eu tento fugir de você, negar e me esconder, mas eu não consigo - passou as mãos por meu peito.

Não se esqueça de mimOnde histórias criam vida. Descubra agora