Razão x Emoção 😥

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Cheguei e não vi Edward em sua sala. Estranho, pois ele nunca se atrasa. Deixei o café e o jornal por lá e fui até Danna pra ver se ela sabia do paradeiro dele.
- Também estranhei e o pior é que ele tem reunião em uma hora.
- Aff... Se descobrir me fala. Vou tentar rastrear ele também.
Voltei pra minha sala no intuito de ligar pra Sarah e pegar o número da Cindy pra ligar, mas a própria apareceu na porta com outro jovem que, logo de cara, vi que era o outro filho do Edward. Era a cópia do pai.
- Cindy, eu já ia te ligar. Cadê o seu pai? Ele tem reunião em uma hora e precisamos repassar alguns pontos antes. Entre, por favor.
- Com licença! Lis, esse é meu irmão Drew. Você ta muito ocupada agora?
- Oi, Drew, prazer! Seu pai sempre me mantém ocupada, querida. Mas pode falar.
- Viemos falar justamente sobre o sumiço dele com você.
- Ai, meu Deus... Aconteceu alguma coisa? Ele se acidentou com o Apolo? Foi sequestrado? - nem imaginaria se acontecesse alguma coisa com meu nervosinho idiota.
- Quem é Apolo? - perguntou Drew.
- Deixa pra lá. Aconteceu alguma coisa com ele?
- Elisa, ele ta na academia do prédio que ele ta morando desde às cinco da manhã dando porrada em um saco. - relatou Drew. - o Greg me ligou preocupado e disse pra você ir lá.
- Mas que idiota! - esqueci que estava na frente dos filhotes dele. - desculpem! Mas o que querem que eu faça?
- Lis, ele te ama. - ai, Jesus... Cindy continuou. - olha, a Sarah me explicou os motivos que te levam a não querer nada com ele agora mas ele nunca foi casado de verdade com a nossa mãe. Foi tudo conveniência.
- E vocês vieram como ao mundo?
- Digamos que ele tentou no início. - riu Drew. - Enfim, da uma chance pra ele, Lis. O processo ta correndo e é questão de mais alguns meses pra acabar tudo. Ele nem ta mais morando em casa, Lis. - tudo o que eu não precisava era dos filhos dele me pressionando. Conheci esse homem há três meses e ele já tinha virado minha vida de cabeça pra baixo. Imagina o falatório quando souberem da gente? As pessoas são cruéis e um cara como ele é alvo de todos os tipos de fofoca e especulações. Ele não ta nem aí mas eu estou. Não vou manchar minha honra levando rótulo de amante sendo que eu não sou nada dele. Eu amo o Edward! Eu sei que eu posso me machucar mas eu amo. Mas nosso relacionamento não vai me rotular de interesseira, não mesmo! Já deixei de comer pra alimentar meu filho, já chorei muito sem saber o que eu faria pra pagar o aluguel do mês e comprar comida. Meus empregos anteriores pagavam muito pouco e eu passei muito aperto criando meu filho sozinha. Nunca joguei meu nome na lama, por pior que fosse a crise. Não ia ser agora.
- E então, Lis? - perguntou Cindy.
- Me passa o endereço. - os dois respiraram aliviados.
Após anotar o endereço, pedi à Danna pra avisar ao Greg que pegasse as pastas na mesa do Edward e conduzisse a reunião até a gente chegar.

Quinze minutos depois, estacionei a Brigitte em frente a um prédio luxuoso e mostrei meu crachá da empresa falando que precisava falar com o Sr Bradford com urgência. Após fazer minha carinha mais doce do mundo ele liberou minha entrada. Encontrei Edward sem camisa, todo suado esmurrando um saco de pancadas. Se não fosse a minha preocupação eu estaria amando aquela imagem. Ele não me viu entrando.
- O que acha que ta fazendo, Edward? - ele se virou assustado.
- O que... Ta fazendo aqui?
- Os seus filhos foram me procurar. Estão preocupados com você. Aliás, todo mundo está.
- Menos você, não é?
- E eu to fazendo o que aqui?
- Não sei... Meus filhos costumam ser intimadadores.
- Para de esmurrar essa merda e sobe pro banho. Chega de chamar atenção! Você tem uma reunião importante em meia hora. Desde quando começou a ser um CEO irresponsável? Você tem um conselho administrativo que pode te tirar do cargo em dois tempos.
- Eu não sou irresponsável!
- Está agindo como um. E estamos perdendo tempo aqui. - ele se aproximou de mim e mexeu no meu cabelo me fazendo fechar os olhos e sorrir. - eu me preocupo com você, ok? Agora vai! To te esperando no saguão.
- Achei que fosse fazer o serviço completo e me dar banho.
- Ah, vai te lascar!

Enquanto esperava fiquei pensando no quanto a proximidade com esse homem mexia comigo. Se eu tivesse ficado mais dois minutos sozinha com esse homem na academia ele teria me convencido a subir com ele pro apartamento.

- Senhores, desculpem o atraso! Tive um problema pessoal urgente pra resolver.
- Graças a Deus! - cochichou Greg no meu ouvido. - a Publisher te ama e agradece, garota!
Após duas longas horas estávamos liberados. No período da tarde o ajudei a recuperar o tempo.

Quando cheguei em casa, Sarah estava tirando o tênis.
- Chegando agora também? - perguntei me jogando no sofá.
- Só vim comer e tomar um banho. To na emergência hoje.
- Meus pêsames!
- E como foi o seu dia.
- Melhor não... Você já ta cansada demais. Tem cerveja?
- Óbvio, querida! No dia que faltar uma breja gelada nessa casa pra nos distrair, eu volto a morar com a minha mãe.
- Idiota!
- Uma pena não poder te acompanhar hoje.
- Bom que sobra mais pra mim.
- Isso foi cruel tá.

"Obrigado por hoje! Fui um imbecil. De novo! 😘"

Como resistir a esses ataques de fofura?

"Você não é um imbecil. Só age como um de vez em quando."

"Não desiste de mim, Elisa. Me espera, por favor! 🙏😪"

"Me faz querer te esperar, Edward."

"Eu sei que você quer esperar."

"Então não me faça desistir. Fica bem!😃"

"Vc também. Sonha comigo!💖"

Era um convencido mesmo... O pior é que eu ia sonhar de qualquer jeito com ele, mesmo se ele não me pedisse.

Acordei bem cedo e hoje era sábado, meu aniversário. Ninguém sabia porque eu não falava. Não gosto de aniversário! Ainda mais esse ano que eu to longe do meu filho. Um baixo astral monstro me dominou. Justo hoje a Sarah ia passar o dia inteiro no hospital. Mesmo ela não sabendo que dia é hoje eu queria a companhia dela. Decidi que iria assistir filme o dia inteiro e comer tudo o que engorda. Ao pegar a primeira colherada de sorvete de morango a campainha tocou.
- Ué, cadê o porteiro desse prédio? - ao abrir a porta me deparei com um enorme buquê de rosas vermelhas com pernas.
- Srta. Elisa Campbell?
- Sim.
- Entrega pra senhorita. Assine aqui, por gentileza. - assinei e fui logo conferir o cartão. Não tinha!
- Hey! - gritei antes que o entregador entrasse no elevador. - não tem cartão.
- Pois é...
- Aff!
Será que é de alguém da família? Aqui em Chicago ninguém sabe. Bom, vou continuar meu filme.

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Lis Campbell: Uma Segunda Chance Onde histórias criam vida. Descubra agora