Lis Campbell: Uma Segunda Chance

Bem vindos!💖👸👼

Acordei muito agitada e praticamente dei fim sozinha no café da manhã sob os olhares assustados de Edward e da Sra Jones. Iria à minha última consulta e estava completando 8 meses. Marcamos uma cesariana pra daqui a 15 dias e há exatos outros 15 dias, o Edward junto com o Greg, a Danna e o Peter haviam me colocado pra fora da empresa. Eu, porém, sempre abria meus emails e ficava ligando pro Peter e pro Ed pra inferniza-los. Acabaram mudando a senha me obrigando a realmente me desligar de lá. Ódio!
Após a consulta, Edward se despediu me deixando em casa e seguiu para o trabalho. Nada, absolutamente nada pra fazer e eu já estava impaciente. Há uns dois meses vi uns artigos de decoração para quartos infantis no shopping mas acabou que por falta de tempo não voltei lá. Eram completamente diferentes de tudo que eu já tinha visto. Esperei a Sra Jones ir ao mercado pra colocar meu plano em prática e correr pro shopping. Tinha que sair escondida porque os dois, ela e Ed, pareciam dois cães de guarda nesse finalzinho de gravidez. Eu estava ótima, não sentia nada, em uns vinte minutos estaria em casa. O shopping era bem próximo ao prédio.
Peguei a Bri e vi que quase não me cabia mais ali dentro. Gravidez de gêmeos ne, amores... Já tinha uns dois meses que não dirigia e isso me proporcionou uma sensação de liberdade maravilhosa. Eu e meu fusca, meu fusca e eu. Partiu compras! Comprei o que eu queria e mais um pouco, um vestidinho lindo pra Sophia e um tênis pro Ben, tomei sorvete, comi um hambúrguer, dei mais algumas voltas sendo bastante admirada por algumas mulheres pelo meu barrigão e, realmente eu estava uma grávida linda e gostosa, segundo meu marido. Quando me dirigia ao estacionamento veio uma pontada forte na barriga.
- Ow, vocês dois aí! Parem de brigar! -disse ainda me contorcendo de dor. - Aposto que foi a Dona Sophia que começou como sempre. - sabia exatamente a localização dos meus dois filhotes na barriga. - Ai! - mais uma pontada e vi o guardinha correndo até mim.
- Senhora? Precisa de ajuda?
- Não ta tudo b... Porra! Preciso sim! - realmente vi que os meus pestinhas resolveram dar o ar da graça antes do tempo. Mãe ansiosa e pai nervoso, claro! - pode... Por favor... Pegar meu... Celular na bolsa? - disse tentando sorrir pro guarda enquanto o coitado parecia mais nervoso que eu. Por coincidência ele já estava tocando dentro da bolsa e a foto linda que aparecia na tela eu sabia que naquele momento era uma grande, enorme encrenca pra mim.
- Oi, meu amor! - atendi fazendo a fofa.
- Elisa, cadê você? - meu marido parecia meio... Agitado. - Elisa?
- Oi, meu amor. Eu só... Ai!
- Elisa, Você ta aonde? Que ai foi esse? A sra Jones disse que você saiu dirigindo, cacete!
- Deixa eu explic... Ai! Liga pra emergência, moço. - instrui o guarda enquanto tentava explicar pro meu marido o que tava acontecendo. - Ed...
- Lis, onde você ta?
- É ISSO QUE EU TO TENTANDO... EXPLICAR HÁ DUAS HORAS... PRA VOCÊ, MERDA! ME ESCUTA CALADINHO, EDWARD! ... Seus filhos estão... Nascendo... No estacionamento do shopping. Liga pra minha médica e diz que eu to indo... Pro hospital. Pega as bolsas dos bebês... E a minha e vai pra lá.
Ele estava mudo.
- Edward? Ta aí?
- O... Oi! Ta! Eu to indo.
- Avisa as meninas também.
- Nem vou te xingar agora, Elisa mas você foi completam...
- Edward... Eu amo você mas VA PRO INFERNO! EU TO PARINDO!
-Ok, to indo! Eu te amo! - e desligou.

A ambulância chegou e logo já estávamos no hospital. Edward já estava lá. Alguma coisa me diz que ele fez todas as ligações de dentro do carro enquanto dirigia. Nota mental: brigar com ele por isso.
A dor era meio que insuportável, bem mais que do John. A bolsa se rompeu ainda no estacionamento do shopping e eu sabia que não podíamos mais perder tempo a partir dali. Ed segurou minha mão e me deu um beijo na testa, pedindo a equipe que me recebeu pra acompanhar o parto. Óbvio que ele iria fazer isso. Então o levaram pra trocar de roupa e a mim pra me prepararem. Quando vi minha médica quase chorei, pois ela sabia todo o meu quadro. Após a anestesia e ver o Ed a todo tempo preocupado e segurando minha mão, o primeiro bebê foi retirado, berrando.
- Bem vinda, Sophi! - disse a médica. Chorei litros ao ouvir minha menininha. Ed beijava minhas mãos chorando também. Ele foi convidado a cortar o cordão e logo a puseram no meu colo. Não dava ainda pra saber com quem ela se parecia mas era a coisinha mais fofa de todo esse mundo.
- Nossa princesinha, meu amor! - disse Edward ainda soluçando. Um homao daqueles chorando era até divertido.
- Bem vinda a esse mundo doido, Sophia! Que você seja uma guerreira forte e corajosa. - eu disse isso a ela porque eu não queria que ela passasse tudo o que eu passei na vida sendo fraca e medrosa até pouco tempo atrás. Logo ouvimos outro chorinho menos estridente e mais manhoso. Era o meu dorminhoco, o Ben. Ele era bem menos agitado do que a Sophia na barriga. Os mesmos procedimentos e logo o puseram no meu colo.
- Cadê o garotão do papai? - disse meu marido emocionado olhando pra ele.
- Oi, meu amor! Bem vindo! Você vai ser tão lindo e incrível quanto o seu pai, viu. Eu tenho certeza que vai nos dar muito orgulho, meu bebê. - ele abriu a boquinha com cara de sono o que nos fez gargalhar.
- A quem esse garoto puxou? - disse Edward ainda rindo.
- Ele ta bem o estilo do irmaozão dele, o Drew.
- Ah não, papai, precisamos conversar sério sobre isso. - brincou Ed.

Logo os bebês e o pai foram retirados e, após todos os procedimentos fui levada pro quarto dormindo. Acordei com dois bercinhos ao lado da cama e um marido sorridente e orgulhoso perto deles. Vi também que uma pediatra toda chorona e ruiva já cuidava dos meus pequenininhos.
- Oi, mamãe mais linda do mundo! - disse meu marido vindo até mim e me beijando leve. - Dorminhoca!
- Oi! Tenha dois filhos de uma vez e depois discuta sobre cansaço comigo. E essa pediatra aí? Não tinha uma mais frouxa pra arrumarem não? - disse olhando pra Sarah e rindo.
- Ai, sua bandida! Vai saber fazer filhos lindos assim lá longe.
- São mesmo! Também com uma mistura dessas... - orgulhou-se Edward.
- E essas duas misturinhas já tão com fome. Vamos relembrar os bons tempos?
- A amamentação do John foi um inferno com minha mãe e a outra avó dele me infernizando a vida falando o que eu deveria ou não fazer. Meu leite secou rapidinho por causa do meu emocional.
- O que não vai acontecer agora. Parece que tem muito leite aí dentro. - disse rindo e pegando o Ben. Edward pegou a Sophia meio desajeitado. Nem parecia que tinha dois filhos.
- Realmente, amor, ta com eles... Enormes e...
- Hey, papai tarado! Sua mulher vai amamentar seus filhos e não você! - disse o olhando feio e eu ri. Foi meio estranho colocar dois bebês pra mamarem ao mesmo tempo. Me senti uma cachorrinha mas depois me acostumei. Ed sentou do meu lado acariciando os bebês bem de leve e Sarah disse que beijinhos nos bebês nem pensar por enquanto. Tivemos que nos contorcer pra obedecê-la. Eram muito cheirosinhos! Ed só permitiu o resto das visitas após a amamentação. Segundo ele, pra não atrapalhar mas no fundo eu sabia que rolava um ciuminho dos meninos me verem com os seios de fora. Mais uma nota mental: conversar muito sério sobre isso com ele. Onde já se viu?

Foi uma farra o momento das visitas. Mas precisei controlar o barulho pra meus filhotes não se assustarem. O Greg, pra variar, era o "tio" mais espalhafatoso. Levou um ursão gigante de presente pros dois.
- Tinha que ser só um pra causar discórdia entre meus filhos daqui uns meses ne, Gregory? - brincou Edward.
- Ah, admite que eu arrasei no presente. Deixei de trocar os pneus do meu possante esse mês pra comprar esse troço pra eles. Sou o padrinho da Sophi, porra!
- Você arrasou sim! - admiti.
- E como você está, amiga?- disse Danna carinhosamente devolvendo o Ben que já dormia pro bercinho enquanto Sophia ainda se remexia elétrica no colo do pai.
- To meio doidona ainda por conta da anestesia mas já consegui amamentá-los e se eles continuarem com esse apetite o Edward vai precisar comprar uma vaca e colocar lá na sala de casa.
- Meu Deus... - Greg olhou espantado.
- A Sophi é a sua cara e o Ben é o Drew novamente quando era bebê. - disse Danna.
- Pra mim ainda não da pra saber. Só o nariz do Ben que eu achei uma cópia do Ed e o queixo da Sophia é o meu. Mas eles mudam. - disse.
- São lindinhos demais! - disse Greg.

Após Cindy, Jake, Drew, Peter, John e Rick também passarem por lá, o quarto já parecia uma loja com tantos presentes e balões. Tanto Ed quanto eu já estávamos esgotados. Mas quem visse o meu marido nem dizia, ele estava impecável no seu posto de pai mais babão do ano. E olha que o Rick e o Jake eram insuportáveis nesse papel também com os bebês deles. Mas, na minha humilde opinião, o cara ali ninando os dois bercinhos, era sem dúvidas o pai mais fofo e charmoso do mundo. Hoje eu entendia a adoração do Drew e da Cindy por ele.
- Hey! Psiu! - chamei baixinho pra não acordar os bebês. Ele olhou e sorriu. - você é o pai mais lindo do mundo inteiro. - ele sorriu mais lindo ainda e sussurrou.
- E você a mãe mais linda, incrível e gostosa do mundo inteiro. E eu vou aí te dar uns beijos agora. - se levantou e veio até mim com cuidado pois cesariana não era brincadeira. E naquele quarto uma parte da nossa família incrível estava completamente feliz. Como eu amo todos eles.